Produção de mudas é tema de Dia de Campo
Produção de mudas é tema de Dia de Campo
Os eventos reuniram mais de 80 pessoas em propriedades rurais na região de Marabá, no Pará.
A produção de mudas interfere diretamente no desenvolvimento de árvores, sejam frutíferas ou essências florestais. Essa prática, foi tema dos Dias de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizados, no dia 2 de dezembro, em Marabá, no sudeste do Pará.
Os 81 participantes, que compareceram nas propriedades Fazenda Souza e Chácara do Prata, receberam informações sobre como preparar substrato, enchimento de sacolas, quebra de dormência da semente e a coleta de sementes. “Todos esses métodos interferem no desenvolvimento de mudas e, consequentemente, no crescimento das árvores sejam essas, frutíferas ou essências florestais”, explica o técnico agropecuário Francisco Jorge de Araújo, ATEC do PRS.
A prática permite a seleção de mudas vigorosas e sadias e contribui para a recomposição florestal. “Para reflorestar precisamos dessa produção de mudas, o que contribui para as atividades técnicas como o Sistema Agroflorestal (SAF)”, comenta Francisco.
Os eventos tiveram a participação de produtores rurais de Canaã dos Carajás, que fazem parte do Programa de Educação Ambiental (PEA), da mineradora Vale. A iniciativa trabalha com a linha de apoio a agricultura familiar em que está inserida a realização de curso sobre o SAF, tecnologia de baixo carbono apoiada pelo Rural Sustentável.
A educadora ambiental do PEA, Rosalha Francisco, espera que os produtores de Canaã saibam mais sobre a tecnologia de baixo carbono. “A expectativa é que eles implantem esses sistemas em suas propriedades. Acreditamos que esse intercambio pode surtir efeito na realidade de nossos produtores, potencializando não só a geração de renda, mas o respeito ao meio ambiente”, afirma a educadora ambiental.
Para o produtor rural Valmir Marques, os dias de campo contribuíram para o conhecimento. “Eu tive um aprendizado que há muito tempo esperava. Eu tinha criação de gado no sistema intensivo. Analisei que o caminho é a fruticultura, principalmente, no sistema consorciado que é o SAF. Pude comprovar nessas duas propriedades”, finaliza o produtor.
Dia de Campo realiza plantio de mudas e sementes em Área de Preservação Permanente em Alta Floresta
Dia de Campo realiza plantio de mudas e sementes em Área de Preservação Permanente em Alta Floresta
Produtores aprenderam como cultivar espécies florestais, frutíferas e vegetais
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou, no dia 25 de novembro, o Dia de Campo (DC) na propriedade rural Sítio Santa Rosa, do produtor Luiz Alcindo Caioni, localizada no município de Alta Floresta, com a temática “Recuperação de Área de Preservação Permanente – Teoria e Prática”. Participaram do evento 51 pessoas.
O produtor Luiz Caioni, desenvolve na Unidade Demonstrativa (UD) duas tecnologias de baixo carbono: em 1 hectare, ele aplicou a Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P) e em 3 hectares a Recuperação de Áreas Degradadas com Florestas (RAD-F), em uma Área de Preservação Permanente (APP).
A tecnologia Recuperação de Áreas Degradadas se propõe a promover ganhos de produtividade, redução de desmatamento além de trazer benefícios ambientais, econômicos e sociais. Os ganhos são ainda mais significativos por se tratar de uma Área de Preservação Permanente (APP), que é o orgulho do seu Luiz.
A principal atividade desse DC foi o plantio de mudas e sementes em 1,2 hectares de APP que apresenta um quadro de degradação. Foram plantadas 19 variedades de sementes e 19 variedades de mudas como: Bordão de Velho, Mutamba, Amendoim Bravo, Caqui do Mato, Gergelim, Urucum do Brejo, Pente de Macaco, Algodãozinho, Feijão de Porco, Amarelinho, Louro, Guandú, Cajazinho, Orelhinha, Mijoleiro, Sumaúma, Jenipapo, Pequi, Ipê Amarelo, dentre outros.
“O Plantio foi feito em sulcos, conhecidos como berços, lugar onde vai ser depositada as sementes para germinação. Nas sementes que apresentam dormência, foram feitas a quebra com água quente e um resfriamento em água gelada, o que faz com que seu envoltório, que é resistente, seja quebrado e facilite a entrada de água para iniciar o processo de germinação dessas sementes”, explica a agente de assistência técnica do Rural Sustentável, Darline Trindade Carvalho.
O produtor rural, Luiz Alcindo, também orientou o plantio das mudas, que foram feitas em linhas em um sistema conhecido como muvuca. “Esse sistema muvuca, mistura sementes de espécies agrícolas com espécies de sementes florestais, formando uma agrofloresta com diversidade de espécies e ocupando espaços diferentes em um mesmo local, aumentando a resistência deste sistema tão inovador”, explica o produtor.
Cotriguaçu sedia Dia de Campo sobre cuidados com a pastagem
Cotriguaçu sedia Dia de Campo sobre cuidados com a pastagem
Produtores receberam orientações sobre fertilidade do solo, calagem, adubação e código florestal.
Com o tema “Transferência de tecnologia sobre a atividade leiteira”, o Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou no dia 02 de dezembro, o Dia de Campo (DC), no Sítio 3 Irmãos, em Cotriguaçu, no Mato Grosso. A propriedade desenvolve a atividade leiteira e utiliza a tecnologia Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD-P), em quatro hectares da propriedade.
Seu José e a esposa Vera Lúcia, são referência na produção de leite em Cotriguaçu e tem conseguido desenvolver a atividade, graças aos recursos recebidos do Rural Sustentável, do projeto “Semeando Novos Rumos”, da Secretaria de Meio Ambiente do município e do projeto “Nosso Leite” do Sebrae.
Em cinco anos de atividade, Dona Vera reconhece a importância do acompanhamento técnico para o sucesso da produção. “Nossa família gosta de trabalhar com produção de leite, mesmo sendo uma atividade cansativa. Sabemos que não basta apenas gostar, precisamos saber como fazer, daí a importância de se ter uma boa assistência técnica”, analisa Vera Lúcia.
O técnico agropecuário da Empaer, Welsley Thiago, falou sobre a fertilidade dos solos para pastagem e explicou a necessidade de se fazer calagem e adubação. “Essas técnicas diminuem a acidez do solo e fornecem nutrientes como magnésio e cálcio, que promove o crescimento de raízes, aumentando a capacidade da planta de absorver água e minerais do solo. A calagem eleva o pH, diminuindo a acidez e o alumínio tóxico, resultando em melhor disponibilidade dos nutrientes para serem absorvidos pelas raízes”, explica.
Já o engenheiro florestal, Felipe Citadella, falou da importância de se preservar as nascentes. “É preciso conhecer bem o Código Florestal, pois as propriedades que foram desmatadas antes de 2008, devem se adequar aos critérios para a recuperação de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, de acordo com o tamanho da propriedade”, comenta Felipe.
Irrigação aumenta produtividade na cacauicultura
Irrigação aumenta produtividade na cacauicultura
O sistema de irrigação foi abordado em dia de campo, promovido em Tucumã, no Pará
O período de estiagem é um momento que preocupa qualquer produtor rural. A falta de chuvas pode prejudicar o plantio. Uma das soluções para o problema é a implantação de um sistema de irrigação. Esse foi o tema do dia de campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado em 23 de novembro, no Sítio Pai e Filho, em Tucumã, no sudeste do Pará.
De acordo com o técnico agropecuário, Valdemir Lima, Agente de Assistência Técnica (ATEC), do PRS, o períodos de estiagem têm aumentado a cada ano, o que aumentou o uso de sistemas de irrigação por produtores rurais. “O tempo de seca esta cada vez mais se prolongando e a consequência é o aumento da utilização do sistema de irrigação pelos produtores”, explica Lima.
O evento teve a participação de 26 pessoas que conheceram sistemas de irrigação e como podem melhorar a produtividade na propriedade. No caso do Sítio Pai e Filho, uma das Unidades Demonstrativas do PRS, o sistema foi implantado e contribuiu para produção do cacau, cultivo no Sistema Agroflorestal, uma das tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo Projeto.
“O sistema de irrigação é um modelo, apesar de recente, muito indicado no cultivo do cacau em SAFs, aumentando a produção em ate 50%”, ressalta Valdemir, que acrescenta que a irrigação ainda contribuiu para evitar a morte de plantas por conta da falta de água.
Resultado parcial das propostas de UDs e UMs foi pauta de reunião do CTE no Paraná
Resultado parcial das propostas de UDs e UMs foi pauta de reunião do CTE no Paraná
Equipe do PRS abordou também as próximas etapas do projeto
O Projeto Rural Sustentável, realizou, no dia 30 de novembro, em Curitiba, reunião com o Comitê Técnico Estadual, para apresentar os resultados parciais das chamadas de submissão das propostas para Unidades Multiplicadoras e de Unidades Demonstrativas, cujo prazo se encerrou naquela mesma data.
Realizado na sede da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Paraná, o encontro contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura, SEAB, IAPAR e EMATER, além da coordenadora do Bioma Mata Atlântica, Patrícia Reis e da representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento, órgão executor do projeto, Mariana Vilar.
Na ocasião, Mariana destacou os avanços relacionados aos encaminhamentos do último encontro, com destaque para a articulação feita com representantes do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, no intuito de facilitar a doação de mudas nativas aos proprietários das Unidades Multiplicadoras que apresentem em seus projetos, tecnologias com componentes florestais, como Recuperação de Áreas Degradadas com Florestas (RAD – F) e integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF).
O estado do Paraná obteve, nos últimos 06 meses de trabalho: 25 instituições de ATER cadastradas; 70 agentes de assistência técnica (ATECs); 20 Dias de Campo realizados; 25 Unidades Demonstrativas (UDs) aprovadas na primeira chamada; 04 UDs submetidas na chamada complementar a espera de avaliação; 159 Unidades Multiplicadoras (UMs) submetidas aguardando avaliação; 68 UMs submetidas com cadastro incompleto; e 1 UM aprovada.
Outro assunto debatido foi a possibilidade da realização de Dias de Campos com temáticas especiais, que atendam a demandas específicas e contem com envolvimento e interesse dos produtores na execução destas ações, as quais serão encaminhadas à coordenação do projeto para análise.
A coordenadora apresentou ainda, os principais marcos do PRS que se realizarão nos próximos 3 meses, com destaque à divulgação das propostas aprovadas até meados de dezembro. Após essa data, os técnicos terão 45 dias para entregar os relatórios parciais, no final de janeiro, para então fazerem a entrega dos relatórios finais no mês de março.
A próxima reunião do comitê está marcada para dia 05 de março e terá como principal pauta o acompanhamento da execução dos projetos nas Unidades Multiplicadoras aprovadas e a avaliação dos cursos presenciais previstos para serem realizados nos primeiros meses do próximo ano.
Agricultores baianos conhecem alternativas sustentáveis para a produção agrícola
Agricultores baianos conhecem alternativas sustentáveis para a produção agrícola
Agricultura de Baixo Carbono vem ganhando força nas comunidades rurais
Estudantes e agricultores familiares conheceram, no dia 30 de novembro, as ações do Projeto Rural Sustentável, em Valença, na Bahia. O evento foi realizado em parceria com Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e teve como objetivo difundir tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono.
Em uma propriedade agrícola na zona rural do município, os participantes receberam explicações de como participar do Projeto, as tecnologias aplicadas e as bonificações para os contemplados no processo. Durante a apresentação, muitos estavam interessados sobre como funcionam as tecnologias do Projeto e como elas se aplicariam a realidade local das propriedades rurais
A Fazenda Tucurumin, na comunidade Derradeira, já é contemplada pelas ações do PRS, com uma Unidade Demonstrativa (UD). As palestras abordaram também o processo de bonificações para os contemplados no processo.
Luziane de Cristo Souza, professora do Colégio Estadual Bomfim, comentou que atividades como estas são imprescindíveis para os estudantes, que na grande maioria são filhos de agricultores. “Essa é uma oportunidade de aprendizado para a conservação do solo e florestas, bem como de gerenciamento sustentável da propriedade rural. É preciso incluir cada vez mais os estudantes em atividades como esta’, disse Luziane.
No espaço do Senar, o público pode participar de uma palestra sobre gerenciamento e fortalecimento da atividade rural, utilizando as boas práticas de cultivo de forma sustentável e sem agredir o meio ambiente.
Houve ainda visita a área de produção da fazenda, que tem como principal atividade agrícola o Sistema Agroflorestal (SAF), banana, cacau e seringueira.
O agente técnico, Edivaldo Maia, apresentou as possibilidades de cultivo do SAF utilizando uma agricultura limpa, livre agrotóxicos e gerenciável, com todas as culturas em produção. “Para mim esse momento mais importante, porque os participantes visualizam na prática tudo que foi apresentado em teoria nos stands. Aqui, eu consigo explicar os tratos culturais, o espaçamento para as culturas, possibilidades de novos cultivos, áreas de mata nativa, além de mostrar a importância de se preservar uma nascente na propriedade”, concluiu Edivaldo.
Adubação e fertilidade do solo é tema de dia de campo
Adubação e fertilidade do solo é tema de dia de campo
O evento foi realizado em Tucumã no Pará com a presença de 55 participantes
A Adubação e Fertilidade do solo foi o tema do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado em 29 de novembro, em Tucumã, no sudeste do Pará. Os 55 participantes do evento conheceram os benefícios do Sistema Agroflorestal (SAF) para o solo, bem como condições adequadas para melhora a produtividade do cacau.
O SAF consiste no consórcio entre a fruticultura e espécies arbóreas e traz benefícios ambientais e econômicos. “Sobretudo na questão da preservação da matéria orgânica, na condição física do solo e de retenção de água que o Sistema Agroflorestal traz, reduzindo assim a necessidade de manejo do solo”, explica Frederico Nascimento, Agente de Assistência Técnica do PRS.
Além disso, também foi ensinado como realizar a coleta e análise do solo para reposição da fertilidade ao verificar necessidade nutricional das plantas. Além dos produtores rurais, o dia de campo teve a presença de estudantes da Casa Familiar Rural de Tucumã e Ourilândia, entidade que capacita jovens em atividades do campo.
Para saber mais sobre o Sistema Agroflorestal e outras tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável acesse: www.ruralsustentavel.org
Sistema Agroflorestal é tema de encontro de produtores rurais em Nilo Peçanha, na Bahia
Sistema Agroflorestal é tema de encontro de produtores rurais em Nilo Peçanha, na Bahia
Agricultores conheceram na prática manejo e cultivo do SAF
Agricultores familiares da comunidade do Areal, município de Nilo Peçanha, na Bahia, distante 150 km da capital, participaram no dia 28 de novembro, de um Dia de Campo sobre as Boas Práticas do Sistema Agroflorestal (SAF). O evento aconteceu em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Estiveram presentes, estudantes da Escola Familiar Agrícola do município, e agricultores que buscavam conhecer o Projeto Rural Sustentável. No primeiro momento, o público foi recepcionado com o tradicional café da manhã nordestino, rico em frutas e raízes cultivadas na própria fazenda.
O Dia de Campo foi realizado na propriedade do agricultor Ronivaldo Araujo Assunção, já contemplada pelo Projeto, por se tratar de uma Unidade Demonstrativa (UD).
O primeiro trabalho foi de apresentação do Projeto Rural Sustentável e das tecnologias de baixo carbono. O técnico Gilson Liberato, do Senar, apresentou o Programa Pró Senar, que tem como objetivo melhorar a produtividade e rentabilidade da atividade rural. “Essa parceria PRS e Senar, será de grande valia para tornar o agricultor um gestor de excelência, incentivando e promovendo a sustentabilidade rural” comentou Gilson.
A última atividade foi de conhecimento prático com a demonstração de como funciona o SAF e os tratos culturais que a tecnologia exige. Adubação, mudas, balizamento, poda, colheita, sombreamento, espécies de plantas e distribuição de culturas foram alguns dos temas abordados pelo Atec do PRS, Gileno de Araujo. “Esse é o momento mais esperado por todos, em especial para os estudantes, que ficam animados por conhecerem de forma técnica, o SAF. Os agricultores puderam tirar dúvidas e conferir na prática os resultados,” relatou Gileno.
O Dia de Campo de Boas Práticas do Sistema Agroflorestal fez parte de uma ação desenvolvida pelo SENAR Bahia, Sindicatos dos Produtores Rurais e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS). O evento ainda percorreu mais sete municípios do Baixo Sul da Bahia.
Tecnologias de baixo carbono como estratégia para aumentar a produtividade com equilíbrio ambiental
Tecnologias de baixo carbono como estratégia para aumentar a produtividade com equilíbrio ambiental
Temática abordada em Dia de Campo atraiu produtores rurais de Renascença, no Paraná
A propriedade do seu Pedro e da Dona Marlene foi sede de mais um Dia de Campo para a difusão de tecnologias de agricultura de baixo impacto ambiental. O evento aconteceu, no dia 23 de novembro, e atraiu mais de 30 agricultores do município de Renascença, região sudoeste do Paraná.
Os temas abordados durante o Dia de Campo, trataram da difusão de conhecimentos para a Gestão Rural Sustentável. Além dos conhecimentos técnicos compartilhados, o encontro serviu para divulgar as chamadas de submissão das propostas técnicas para Unidades Multiplicadoras e Demonstrativas, no âmbito do Projeto Rural Sustentável.
O evento contou a participação de técnicos da EMATER local e regional, entidade parceira responsável pela execução deste encontro e de autoridades locais, como o Secretário de Agricultura, Ricardo Soligo Biscaro e Adenir De Barba, gestor ambiental do escritório regional da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Seu Pedro, que há 15 dias se recuperava de um acidente de trabalho no campo, estava muito animado com a realização do Dia de Campo, mostrando sua vontade de recuperar-se logo e voltar ao trabalho.
Ele contou orgulhoso, dos avanços obtidos na produção de leite, que passou de 8 litros por animal em 2012, para 18 litros por animal em 2017. “Grande parte desse resultado veio das correções de solo que fizemos nos últimos anos, do melhoramento da pastagem e principalmente, do conforto que demos para as vacas, com o sistema de integração do pasto com os eucaliptos”, reforça seu Pedro.
Após ouvir sobre o histórico da propriedade, os agricultores foram convidados a visitar as quatro estações de estudo, cada qual com temas específicos, todos relacionados a boas práticas de gestão rural, voltadas a sustentabilidade. Os temas foram divididos em: sistema de produção silvipastoril, implantação e manejo de florestas comerciais, energias renováveis e preservação das águas.
Adenir de Barba, gestor ambiental da SEMA, falou sobre a importância ambiental e social da água (conservação das nascentes, mata ciliar e lençóis freáticos) e destacou a importância do evento aos participantes. “Acredito que hoje o grande desafio seja a produção agrícola caminhando junto com a sustentabilidade. “O Projeto contribui muito com esse equilíbrio entre a produção a o ambiental, o que traz muito benefício ao produtor rural que participa do projeto, em especial dos Dias de Campo”, argumenta ele.
Renascença é um dos 10 municípios no Paraná contemplados pelo projeto, sendo parte dos 20% que atingiu a meta de unidades demonstrativas aprovadas. Os dias de campo são realizados para divulgar as tecnologias apoiadas pelo Projeto, os benefícios oferecidos e os resultados alcançados para produtores rurais com perfil de ingressar no projeto como beneficiários.
Pequenas propriedades rurais e o ciclo natural da terra e das águas
Pequenas propriedades rurais e o ciclo natural da terra e das águas
Adoção das tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável para o equilíbrio do sistema
Um evento climático ilustrou na prática os conteúdos teóricos de um Dia de Campo. Assim foi a capacitação realizada em outubro, pelo Instituto EMATER na propriedade do Sr. Izidoro e da Dona Lucila Itcak, localizada na comunidade do Plano Azul em Verê, região sudoeste do Paraná.
A atividade teria como tema principal, o sistema de produção silvipastoril e a importância da conservação e manejo do solo como instrumentos de bom trato ao gado leiteiro. Porém, a tempestade que atingiu todo município naquela manhã, foi responsável pela alteração dos planos da equipe da EMATER.
Impossibilitados de irem a campo para ver na prática os resultados da implantação em 2010, das linhas de eucalipto na propriedade, utilizaram da vivência composta pela ação daquela chuva no solo para demonstrar todo o conteúdo associado aos ciclos das águas e a conservação do solo. Os técnicos deram ênfase também à relação entre os elementos naturais e humanos necessária para manter o equilíbrio ambiental.
Os mais de 30 participantes que marcaram presença no Dia de Campo, puderam perceber a importância da adoção das tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável para melhorar as condições de nutrição do solo, em especial, o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e a manutenção de áreas de conservação florestal.
O Eng. Agrônomo e técnico da EMATER, Ericson Maxc, destacou que o produtor que almeja obter resultados econômicos e ambientais, seja na produção de grãos ou de leite, precisa mudar seu modo de fazer agricultura, afirmando também que “o Projeto Rural Sustentável, com as tecnologias que apoia, vem ao encontro de um sistema de produção mais equilibrado e menos degradante”.
Como exemplo, o técnico apontou a influência negativa do processo convencional de produção agrícola sobre a extinção das nascentes, em especial com a derrubada das matas ciliares e das encostas de morros, utilizado historicamente pelo homem nos cultivos dos últimos anos. “Há 10 ou 15 anos atrás, vocês percebem que existiam mais ou menos nascentes? Sim, existiam mais e o desmatamento é um dos motivos disso. Mas, também temos que olhar para o processo de compactação do solo que impede a água da chuva de penetrar na terra e atingir os lençóis freáticos, que por consequência, deveria alimentar as nascentes e todo o ciclo da água. Vocês já tinham pensando nisso?”, questionou ele, durante sua palestra.
Fábio Souza, de 39 anos, participante do Dia de Campo, elogiou os conteúdos replicados e disse que vai procurar algum agente cadastrado para submeter uma proposta como Unidade Multiplicadora na sua propriedade, “as palestras foram muito interessantes, a gente pode aplicar as informações sobre pastagem, proteção do solo... tem bastante coisa que a gente pode usar. Muito boa a palestra.” Comenta ele.
Além dos produtores rurais, o evento contou com a participação de autoridades locais, como o secretário de agricultura do município, Sr. Rodrigo Gabossa. Segundo o secretário, é notório os resultados que o projeto já trouxe para o município e ressalta a importância da adesão de mais produtores para aplicação das tecnologias apoiadas nas chamadas que estão abertas: “Sabemos que Verê possui muitos agricultores que se enquadram nos critérios do projeto e queremos muito atingir a meta de propostas aprovadas no nosso município. Afinal, um projeto como o Rural Sustentável que traz benefícios nos pilares da sustentabilidade, da parte econômica, social e também ambiental, é raro e deve ser aproveitado ao máximo”, argumenta ele.
Para Neuri Beche, Eng. Agrônomo da Emater, que submeteu a proposta técnica da Unidade Demonstrativa que sediava o evento, lamentou a impossibilidade de visita ao campo com as tecnologias, pois além dos 3 hectares aprovados na proposta com o sistema silvipastoril, a propriedade possui também 1 ha de área com manejo de floresta nativa associada a produção de mel. “Seria importante essa experiência ser demonstrada, pois há diversos produtores na região que possuem áreas de conservação florestal, porém não utilizam totalmente o potencial econômico dessas áreas”, explica Neuri.
Há 40 anos trabalhando com agricultura na propriedade, o Sr. Izidoro e Dona Lucila, reforçaram esse benefício e contam com orgulho o rendimento obtido em 2016 com as abelhas. “Ano passado nós tiramos quase R$15 mil com a produção do mel, isso é muito bom pra gente. Estamos pensando em incentivar o Adriano, meu afilhado, que hoje é nosso braço direito, doamos pra ele, 10 das nossas caixas de abelha”, comenta Dona Lucila, sorridente.
Ela também se mostrou atenta as melhorias que precisam fazer na propriedade e afirmou, “estamos muito felizes em fazer parte do projeto, foi uma grande ajuda o recurso que veio. A gente está se empenhando em melhorar a propriedade e já investimos parte do dinheiro que ganhamos para isso”.
Saiba mais sobre a Chamada de Unidades Multiplicadoras http://www.ruralsustentavel.org/chamada_um/
Saiba mais sobre a Chamada de Unidades Demonstrativas http://www.ruralsustentavel.org/chamada_direcionada/