Dia de campo aborda prevenção a queimadas

Dia de campo aborda prevenção a queimadas

Em um mês foram registrados mais de 12 mil focos de incêndio no Pará

No período mais quente do ano todas as ações de prevenção de queimadas e incêndios florestais são necessárias para proteger a lavoura e os animais. Esse foi um dos assuntos mais debatidos no Dia de Campo, promovido no dia 02 de agosto, no Sítio do Caju, em Tucumã, no sudeste paraense. O evento que também debateu sobre a pragas e doenças do cacau, reuniu 29 produtores rurais.

Foram duas palestras que abordaram assuntos ligados as necessidades dos produtores da região. A primeira palestras abordou os cuidados com o cacaueiro e as “Pragas e doenças do cacau”, onde os produtores conheceram meios de prevenção a males como a vassoura-de-bruxa, um fungo que afeta o crescimento dos frutos.

Já a segunda palestra foi sobre a prevenção a queimadas. De acordo com o monitoramento do Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de 1º de julho a 1º de agosto desse ano, foram registrados 12.043 focos de incêndio em todo o Pará. Só em Tucumã, foram 35 focos.

As queimadas são motivo de preocupação na região, principalmente, entre os produtores, já que ano passado o fogo causou graves danos a produção. Em 2017, uma área de, aproximadamente, 10 hectares de plantio de cacau, foi totalmente queimada. Além disso, animais domésticos e silvestres também correram perigo. Uma vaca morreu e um tatu foi resgatada com queimaduras pelo corpo.

Na palestra, os produtores foram orientados a como promover ações de prevenção as queimadas irregulares. De acordo com o inciso I da Lei 12.651/2012, o uso do fogo em atividades agropastoris é permitido, mediante a aprovação do órgão estadual ambiental, do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).


Propriedade é fonte de conhecimento sobre plantas, tratamento de resíduos e manejo animal

Propriedade é fonte de conhecimento sobre plantas, tratamento de resíduos e manejo animal

Dia de Campo trouxe informações à produtores do norte gaúcho

Aprender sobre o uso das plantas como remédio, a melhor forma para a limpeza da caixa de água, como fazer uma composteira, além de cuidados com a higiene das vacas leiteiras. Estes foram alguns dos aprendizados adquiridos pelos 45 participantes do Dia de Campo, realizado em 20 de junho na propriedade de André Henirch, no município de Boa Vista das Missões, norte do Rio Grande do Sul.

André recuperou áreas degradadas que estavam em processo de erosão, melhorando a pastagem com a tecnologia Recuperação de Área Degradada com pastagem (RAD-P), com apoio do Projeto Rural Sustentável. “É possível perceber a diferença no solo, que agora está rico em nutrientes. O açude tem peixes depois que as nascentes foram protegidas”, destacou Leonidas Piovesan, agente de assistência técnica (ATEC) do projeto e técnico da Emater.

Durante a programação os produtores da região presentes ao evento, receberam dicas de cuidados com a higiene do rebanho leiteiro no espaço onde ele ordenha 44 vacas. Os animais tem à sua disposição 12 piquetes com pasto farto inclusive no inverno - um dos frutos da recuperação da área que estava degradada.

Ludomila Trentin Dalbianco, da Pastoral da Saúde, apresentou os cuidados na hora de colher as plantas a serem usadas como medicamento, dicas para seu armazenamento além das propriedades e nutrientes presentes nas mais usadas. “Elas são importantes para fazer o corpo reagir e assim não deixar que a doença aja” explicou Ludomila. Para ela, as plantas medicinais já foram muito comuns no auxílio as doenças, mas com o tempo o hábito de usar o que se tinha no próprio quintal para tratar problemas de saúde foi perdendo espaço.

Leonidas explicou como construir uma composteira com tambor, ação útil para descarte dos produtos orgânicos da propriedade, podendo produzir adubo para ser usado em hortas e afins.

O prefeito do município, Carlos Reginaldo Santos Bueno, presente ao evento, valorizou a bacia leiteira. “O retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM) de um produtor de leite frente ao de grãos por exemplo, é bem maior.” Para ele, esses encontros são uma oportunidade de informação sobre como produzir com menos impacto.


Alunos de agronomia conhecem as práticas do Projeto Rural Sustentável

Alunos de agronomia conhecem as práticas do Projeto Rural Sustentável

Evento se realizou em Unidade Demonstrativa no Recôncavo Baiano

No dia 01 de agosto, foi realizado Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), na propriedade do Sr. Alexandre de Jesus, em Presidente Tancredo Neves, na Bahia, com a presença de alunos do curso de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

A atividade foi mediada pela estudante de Agronomia e também técnica do PRS, Camila Silva, que abordou temas sobre a diversificação de culturas e assistência técnica para agricultores familiares da região.

A policultura, ou seja, o plantio de várias culturas perenes e semi perenes em uma mesma propriedade mostraram as possibilidades para o desenvolvimento sócio econômico de uma unidade familiar, resultando na oferta de produtos e entrada de recursos financeiros durante todo o ano na propriedade.

Após as palestras foi realizada uma visita a propriedade que além de ter implantada uma das tecnologias apoiadas pelo projeto, o Sistema Agroflorestal, possui uma diversificação de cultivo que se soma ao plantio de banana, mamão, urucum, graviola, guaraná, cacau, cupuaçu entre outros. A associação de variáveis culturas propicia a redução de desmatamento, risco de erosão, conservação de solo e facilidade de manejo.

A atividade contou com a participação de três estudantes intercambistas internacionais da Alemanha e Rússia e México, que puderam observar a riqueza da região da Mata Atlântica. "É uma satisfação poder conhecer a realidade desta região, com muita potencialidade e que pode promover o desenvolvimento rural sustentável. Este projeto poderia ser permanente na vida desses agricultores”, disse o estudante mexicano, Miguel Mancila Morales.

A atividade contou com a participação de 48 pessoas entre produtores rurais e estudantes da UFRB.


Projeto Rural Sustentável reúne membros do Comitê Técnico Estadual no Paraná

Projeto Rural Sustentável reúne membros do Comitê Técnico Estadual no Paraná

Encontro serviu para expor ações que serão realizadas ainda em 2018

A equipe do Projeto Rural Sustentável realizou no dia 10 de agosto, reunião com o Comitê Técnico Estadual na sede da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Paraná, em Curitiba.

O encontro contou com representantes do Ministério da Agricultura, Seab, Embrapa, Banco do Brasil, Apepa, além de entidades convidadas como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), Universidade Tecnológica do Paraná– Campus Dois Vizinhos (UTFPR), além da equipe do IABS no Paraná e da coordenadora do Bioma Mata Atlântica, Patrícia Reis.

A reunião se iniciou com uma apresentação sobre o Projeto para contextualizar os participantes convidados sobre as etapas já concluídas e aquelas que ainda deverão ser executadas até o final o do contrato.

Entre essas ações, estão o acompanhamento das Unidades Multiplicadoras aprovadas na segunda chamada, visando garantir a qualidade das tecnologias aplicadas, a realização dos treinamentos aos familiares dos agricultores contemplados e a realização de cursos presenciais para capacitação dos agentes técnicos cadastrados no projeto.

Outro assunto debatido foi a possibilidade da realização dos Eventos Especiais por parte das entidades integrantes do comitê, incluindo as convidadas, com a prerrogativa de estarem relacionadas às ações do projeto e estarem ligadas a agricultura sustentável e de baixo carbono.

A próxima reunião do comitê acontecerá no dia 12 de novembro, às 10:00 horas, também na sede do Ministério de Agricultura, em Curitiba.


Beneficiamento do cacau evita o desperdício

Beneficiamento do cacau evita o desperdício

Perda de amêndoas afeta a renda do produtor

O “beneficiamento primário do cacau” foi o tema central do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido na sexta-feira (27/07/18), no Sítio Pequeno Paraíso, em Tucumã no Pará. Um dos focos do evento, que contou com a presença de 32 participantes, foi mostrar como as etapas da cacauicultura podem contribuir para minimizar perdas e desperdícios de amêndoas e ampliar a renda do produtor.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o equivalente a 1,300 bilhões de toneladas de alimentos se perdem ou são desperdiçados no planeta, e ocorre em toda cadeia produtiva. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, sejam: grãos, carnes; frutas; açúcar e cacau. No entanto, é um dos que mais desperdiçam alimentos.

Aproximadamente, 54% do desperdício ocorre na fase inicial da produção onde se pratica a colheita e armazenamento. Por isso, é tão importante qualificar o beneficiamento primário do cacau e suas etapas: colheita, quebra, fermentação e secagem."

A colheita e a quebra são essenciais para minimizar perdas e desperdícios de amêndoas. “A colheita mal feita provoca perda de amêndoas. Pois, quando o produtor apanha o cacau do chão, ele perfura com facão e começa a fermentar. Esta forma é inadequada. Os produtores então, foram orientados a realizar a colheita sem quebra da casca evitando a fermentação precoce da amêndoa e o desperdício”, explica o engenheiro agrônomo Frederico Nascimento, agente técnico do PRS.

Outro item que merece atenção é na hora da seleção e colheita de frutos para evitar perda de amêndoas e, consequentemente, diminuição da renda do produtor de cacau, já que após a secagem, as amêndoas diminuem de peso.

Mil frutos maduros rendem 40 kg de amêndoas secas enquanto que a mesma quantidade de frutos colhidos verdes ou quase maduros causam a perda de 10% a 20% de amêndoas secas. “São etapas em que o produtor pode perder qualidade e peso”, finaliza Nascimento.10


Alternativas ao uso de agrotóxicos é tema de Dia de Campo em Teófilo Otoni

Alternativas ao uso de agrotóxicos é tema de Dia de Campo em Teófilo Otoni

Agricultores recebem orientação para melhorar o solo por meio técnicas naturais

Jane Couto Damacena e seu marido Renê são produtores no município de Teófilo Otoni, região do Vale do Mucuri, em Minas Gerais e são responsáveis por uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Rural Sustentável.

A Fazenda Bela Vista tem 22,4 hectares e está inscrita no projeto pela recuperação de áreas degradadas com plantio de mogno. Foram plantadas 7.000 mudas dessa espécie em consórcio com pastagem, árvores frutíferas e hortaliças.

Para o casal de agricultores, a floresta que tem 2 anos trouxe vida para o local e já se verifica o retorno da biodiversidade e o restabelecimento de nascentes. Além disso, o trabalho das pessoas que fazem o manejo da propriedade está servindo de exemplo para a comunidade, como é o caso do produtor Anderson, presente no evento, que pretende utilizar o modelo da Fazenda Bela Vista em sua propriedade.

De acordo com a engenheira agrônoma Deliene Gutierrez, responsável técnica nesta propriedade, os encontros promovidos pelo Projeto Rural Sustentável são uma ótima oportunidade para difundir técnicas agroecológicas na região, apresentar novas tecnologias, promover a troca de saberes entre produtores.

Nos eventos realizados dias 20 e 21 de julho, os 60 participantes aprenderam sobre o cuidado no uso indiscriminado de agrotóxicos, a diferença entre sementes híbridas e crioulas, pragas que podem prejudicar a produção e insetos que podem combatê-los.

As palestras abordaram também duas técnicas para enriquecer o solo de forma natural que são o Bokashi e o EM (Micro-organismos Eficazes). Elas são importantes na introdução de matéria orgânica, micro-organismos e alguns nutrientes no solo, aumentando sua vitalidade.

Os participantes receberam cartilhas com as receitas das duas técnicas e foram incentivados a produzirem os compostos para utilizar em suas propriedades.


O sistema de produção que se transformou em um estilo de vida

O sistema de produção que se transformou em um estilo de vida

Benefícios da produção de orgânicos e o manejo de frutíferas dentro dos Sistemas Agroflorestais

O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 24 de julho, em Dois Vizinhos, no Paraná, Dia de Campo na propriedade do Sr. Waldir Reck, única Unidade Demonstrativa (UD) aprovada no estado com a tecnologia de Sistema Agroflorestal (SAF).

O Dia de Campo reuniu 30 participantes e pelo conteúdo diferenciado, atraiu público variado. Desde universitários, professores, consumidores de alimentos sem agrotóxicos e produtores rurais da região.

Seu Waldir, proprietário da área, trabalha desde o ano 2000 com produção de hortaliças e frutas orgânicas, vendendo direto ao consumidor. “Nunca dependi de veneno nenhum para produzir minhas verduras. Temos clientes que compram comigo toda semana, faz 18 anos”, destacou ele.

Muito consciente da importância do seu trabalho, ele acrescentou: “Se você come produto bom, você tem saúde. Se você come produto ruim, você vai na farmácia. E é isso que eu entrego, alimento bom, saúde e também um pouco de carinho e afeto”.

Foi a partir deste desse “estilo de vida” que seus filhos mais novos, Maycon (21) e Cleiton (26), ganharam gosto pelo processo de produção de baixo impacto ambiental. Com a possibilidade de acesso à informação, buscaram por conta própria conhecer as melhores alternativas de cultivo agroflorestais.

Hoje eles são responsáveis pelos 8 hectares da produção de banana orgânica, que desde o ano de 2014, tornou-se exemplo de Sistema Agroflorestal. Com o tempo, os irmãos adquiriram conhecimento por meio da observação e da vivência prática. Tal iniciativa nem sempre foi vista com bons olhos. “No início, quando demos início ao projeto, sofremos muito preconceito, até mesmo da nossa família”, desabafou Cleiton.

Maycon ressaltou que “a vontade de trabalhar com produtos orgânicos já vinha de berço. O que nos fez mudar de forma mais intensa para o SAF foi a preocupação com a conservação do solo. Com o passar do tempo, percebemos que só o sistema de produção de orgânicos não garantia totalmente a saúde da terra”.

O antigo bananal então tornou-se área de experimentação, dando espaço ao feijão guandu, erva mate, goiabeiras, araucárias, limoeiros, abacateiros, pés de mandioca, eucaliptos, entre outras espécies plantadas pelos irmãos e que agora aparecem por conta própria e passam a compor todo o sistema.

O Dia de Campo contou com a apresentação do SAF e também de algumas ações de manejo, em especial das espécies frutíferas presentes no sistema.

Para a ocasião, o Sr, Décio Cagnini, técnico do Centro e Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) com sede em Verê, outro município contemplado pelo Projeto, foi convidado para demonstrar as técnicas de poda da erva mate, da goiaba, da banana e também das parreiras. Outros temas relacionados foram citados, como a produção de mel de abelhas nativas, ampliando ainda mais as discussões sobre agricultura sustentável, biodiversidade e conservação da natureza.

Jhony Luchmann, coordenador do CAPA e convidado do evento, falou sobre a importância do Projeto, dando destaque a transferência de conhecimento através das Unidades Demonstrativas: “O Projeto Rural Sustentável é um diferencial na linha de sustentabilidade. Ele multiplica para os produtores a possibilidade de conhecer formas diferentes de se fazer agricultura, que impactam menos”.

Até o final de agosto, a propriedade receberá mais 2 eventos técnicos, ampliando as discussões sobre agricultura de baixo carbono na região sudoeste do Paraná, em especial, no município de Dois Vizinhos.


ILPF é apresentada para agricultores do nordeste de Minas Gerais

ILPF é apresentada para agricultores do nordeste de Minas Gerais

Tecnologia possibilitou aumento da produção e da renda

 

A propriedade de Edgar Lima Rocha é uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Rural Sustentável, com 166,1 hectares, onde ele recuperou parte desta área degradada com o plantio de floresta de eucalipto utilizando a tecnologia Recuperação de Área Degradada com Floresta.

Produtores, professoras e alunos do ensino fundamental e médio da rede municipal de ensino da cidade de Padre Paraíso, no nordeste de Minas Gerais, estiveram presentes no Dia de Campo, realizado em 09 de julho, na Fazenda Córrego Cumprido. O tema abordado na ocasião foi a tecnologia Integração Lavoura Pecuária e Floresta.

Para o agente técnico, Cristiano Costa de Moura da EMATER de Minas Gerais, o Projeto Rural Sustentável faz um elo importante entre as tecnologias, a questão ambiental e a assistência técnica para a produção agrícola.

Ele destacou que, regiões como o Vale do Mucuri e Jequitinhonha, onde as tecnologias e as informações demoram a chegar, os dias de campo são fundamentais para que vários produtores tenham acesso às informações e vejam a relevância do cuidado ao meio ambiente, principalmente com o manejo adequado dos solos para o aumento da produção e da renda.

Os recursos financeiros recebidos pelo produtor possibilitaram um melhor manejo das pastagens e o aumento de investimentos em outras áreas da propriedade, seguindo as orientações da assistência técnica.

O Projeto Rural Sustentável promove incentivo financeiro e assistência técnica por meio de uma parceria do Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).


Dia de Campo mostra aproveitamento da pupunha

Dia de Campo mostra aproveitamento da pupunha

Fruto é amplamente produzido no Bioma Amazônico

O manejo da Pupunha (Bactrisgasipaes), espécie nativa da região, pertencente a família das Palmeiras (Arecaceaeas), foi o tema do Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável, realizado no dia 14 de julho, no Sítio Bragança, localizado na Vila Vale Verde no município de Cotriguaçu, Mato Grosso. Na propriedade do Sr. Silvio José Bragança de Souza, os 17 participantes aprenderam diferentes formas de aproveitamento do fruto da pupunha.

Com grande potencial nutricional a pupunha é um produto de pouco aproveitamento na região. Além de ser rico em óleo, amido e proteínas, o fruto da pupunha possui também uma boa dose de vitaminas, em especial a vitamina “A” da qual grande parte da população é carente. Em pratos que utilizam macaxeira, mandioca, farinha de milho ou de trigo, aconselha-se substituí-las pelo fruto da pupunha cozido, picado ou moído. Além de ser muito mais nutritivo, a utilização da pupunha é abundante na região amazônica.

Nas palestras, os participantes aprenderam como preparar o pirão de pupunha e a farinha, que são utilizados para fazer as receitas. Na ocasião foi mostrado o cuidado no preparo deste prato, pois não se deve fazer o consumo da pupunha crua devido a presença de cristais de oxalato de cálcio que picam a língua e inibem a digestão especialmente em crianças. O cozimento do fruto deve ser feito em água e sal de 50 a 80 minutos.

Cotriguaçu é um dos municípios contemplados pelo Projeto Rural Sustentável, está localizado ao norte do estado de Mato Grosso e com predominância da floresta amazônica. O manejo de espécies nativas em sistemas agroflorestais é muito importante para conservação do Bioma, do desenvolvimento econômico da região e com potencial de melhoria na qualidade de vida das populações.

 

 


Saneamento básico e gestão sustentável são assuntos de Dia de Campo

Saneamento básico e gestão sustentável são assuntos de Dia de Campo

Evento mostrou como aplicar práticas mais naturais na propriedade

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a recuperação de áreas degradadas está ligada à ciência da restauração ecológica, que é o processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído. Um ecossistema é considerado recuperado – e restaurado – quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais.

A Política Nacional de Meio Ambiente prevê “a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida”. Ainda segundo o MMA, estima-se que o Brasil possua um déficit de cerca de 43 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de 42 milhões de hectares de Reserva Legal (RL).

Foi essa recuperação que foi feita na propriedade de José Roberto Lemos de Almeida, por meio do Projeto Rural Sustentável, que promove incentivo financeiro e assistência técnica aos produtores rurais.

A área, no interior de Lagoa Vermelha, no estado do Rio Grande do Sul, distante cerca de 300 quilômetros da capital gaúcha, é uma Unidade Demonstrativa (UD), espécie de sala de aula que mostra como uma das tecnologias apoiadas – Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Área Degradada com Pecuária ou Recuperação de Área Degradada com Floresta, Floresta Comercial ou Manejo de Floresta Nativa.

A propriedade do Sr. José sediou o Dia de Campo e contou com 45 participantes que conheceram mais sobre a gestão sustentável da propriedade, as formas de utilização dos recursos naturais, a racionalização da mão de obra, o uso de insumos, a qualificação do saneamento básico rural e a necessidade ou não de incorporar mudanças tecnológicas.

Outro tema abordado no dia de campo foi o saneamento básico. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – PNAD 2013) o país possui aproximadamente 31 milhões de habitantes morando na área rural e comunidades isoladas. Deste total, somente 22% tem acesso a serviços adequados de saneamento básico e existem quase 5 milhões de brasileiros que não possuem banheiro. Cerca de 24 milhões de brasileiros ainda sofrem com o problema crônico e grave da falta de saneamento básico. Na atividade, a monitora de campo Jacqueline Jackes, também apresentou dados do Projeto Rural Sustentável.

O projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).