Dia de campo prepara produtores no Pará para a submissão de propostas técnicas

Dia de campo prepara produtores no Pará para a submissão de propostas técnicas

O encontro serviu também para esclarecer sobre o manejo do açaí

Com a abertura de mais uma Chamada para Unidades Multiplicadoras (UM), os Dias de Campo se tornam momentos fundamentais para esclarecimentos e a difusão de informações sobre as tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável (PRS). Em dois eventos realizados, no dia 28 de fevereiro, nos Sítios Santa Clara e Sobral, em Marabá, no sudeste do Pará, os produtores rurais tiraram dúvidas e se prepararam para a submissão de propostas técnicas.

No Sítio Santa Clara, o tema abordado foi “Planejamento Ambiental de Propriedades Rurais”, que trouxe aos participantes uma noção de como gerir as atividades nas propriedades sem impactos negativos ao meio ambiente. Os produtores receberam também informações de como melhorar o rendimento da produção e os documentos necessários para as atividades em consonância com a legislação ambiental.

O “Manejo do açaí em Sistema Agroflorestal”, foi apresentado no Sítio Sobral, para agricultores da Comunidade Escada Alta, onde se localiza a Unidade Demonstrativa (UD). Na ocasião, os participantes conheceram os cuidados na colheita e manuseio na produção da polpa. Também foi apresentado como cultivar o açaí consorciado com outras espécies e essências florestais.

“Foi bastante produtivo e esclarecedor o Dia de Campo. O Rural Sustentável é bem interessante, principalmente para a realidade que vivemos hoje sobre a questão ambiental. É uma iniciativa que visa conscientizar produtores e vamos ganhar muito com a participação nele”, comenta o produtor rural, José Maria Martins Cajueiro.

O produtor rural, Manuel Messias Bernardo da Silva, se interessou em participar da Chamada para Unidade Multiplicadora. Produtor de açaí, seu Manuel, quer implantar o Sistema Agroflorestal (SAF) em sua propriedade, além da Recuperação de Área Degradada com Floresta (RAD/F). “Nós sempre estamos em busca de conhecimento e o dia de hoje foi um deles. Aprendi muito e quero aprender mais. A minha intenção é plantar o açaí junto com cupuaçu, mandioca, banana e milho”, finaliza o produtor rural.


Sonhar, planejar, realizar e celebrar

Sonhar, planejar, realizar e celebrar

Termina a primeira rodada das oficinas dos familiares em Minas Gerais

 

Capelinha, município da Mesorregião do Jequitinhonha, recebeu o primeiro módulo da Oficina do Projeto Rural Sustentável, com produtores contemplados também do município de Setubinha, município do Vale do Mucuri.

O evento foi realizado no Galpão Cultural, espaço que proporcionou um dia repleto de ideias, debates e trocas no “Café com Prosa”. Metodologia criada para melhorar a relação entre produtores, mulheres e jovens e construir diálogos permanentes entre os atores que vivem e trabalham no meio rural.

Os facilitadores Daniel Mujalli e Fernanda Rodrigues conduziram os participantes a pensarem como era e como é ser jovem, mulher e homem no campo sob diversos aspectos de suas vidas. Ao final da oficina e em preparação para o segundo encontro, os grupos determinaram seus sonhos e agora terão duas semanas para discutirem em família e na comunidade, quais são suas expectativas e como serão realizadas por eles mesmos.

Elias Santos Carvalho, produtor contemplado do município de Setubinha, destacou que foi muito relevante a troca de ideias entre os produtores. O jovem, que escolheu ficar no campo, conseguiu por meio do projeto, ter sucesso na implantação de um sistema silvopastoril em 7 hectares de sua propriedade.

Alguns assuntos que se destacaram sobre o presente e o passado, foram as dificuldades do trabalho no campo como, por exemplo, falta de recursos financeiros, técnicos, meios de transporte, informações, entre outros.

Muitos produtores sinalizaram o efeito das tecnologias digitais que trouxeram muitos benefícios, porém distanciou as pessoas. Os jovens não têm interesse pelo campo, muitos não querem trabalhar ou estudar, mesmo que seja na cidade,

Para eles houve uma “evolução” com o compartilhamento das atividades entre jovens, mulheres e homens, seja no trabalho no campo ou nas tarefas domésticas. Há maior diálogo entre os filhos e os pais, os pais aceitando os filhos que chegam com o conhecimento acadêmico e os filhos também aceitando a sabedoria dos pais proporcionando uma interação dos saberes entre eles.

O segundo módulo acontecerá no dia 22 de novembro no Sítio Santa Luzia, Comunidade Gouveia, no município de Capelinha/MG.

As próximas oficinas por microrregião acontecerão conforme agenda. Os contemplados do projeto que desejam participar devem procurar seu ATEC e fazer sua inscrição.

Itambacuri Mod 2 – R2 – 10/11
Padre Paraíso Mod 2 – R3 – 13/11
Malacacheta Mod 2 – R4 – 20/11
Capelinha Mod 1 – R5 – 08/11
Mod 2 – R5 – 22/11


Irrigação garante a produção em período de estiagem

Irrigação garante a produção em período de estiagem

Sistema pode representar economia de até 80% de economia de água

Os primeiros meses do ano, no Pará, é um período de maior volume de chuvas, momento em que os produtores rurais aproveitam para intensificar o plantio. No entanto, a partir de maio a estiagem cresce e o agricultores são obrigados a recorrer a alternativas como os sistemas de irrigação. Este foi o tema abordado no Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido no dia 21 de fevereiro, na Chácara Plano de Deus, localizada em Marabá, no sudeste do estado.
De maio a novembro, as altas temperaturas são constantes e a irrigação passa a ganhar um papel fundamental na produção ao proporcionar ao solo, umidade suficiente capaz de suprir as necessidades hídricas que as plantas necessitam para crescer e ampliar a produtividade.
No dia de campo, que teve a participação de 14 pessoas, foram apresentados os tipos de sistemas de irrigação, as características e a importância de cada um. A irrigação por gotejamento foi o destaque da apresentação.
O produtor rural Celso Pereira Silva, presente no evento, ficou interessado em implantar o sistema. Nos períodos de pouca chuva, ele recorre ao regador para molhar o plantio, o que traz um gasto na mãe de obra. “Eu gostei do que foi apresentado e acredito que o sistema poderia melhorar a minha produção de hortaliças”, comenta o produtor.
No sistema por gotejamento, a água é colocada sobre a zona da raiz da planta, em alta frequência e baixa intensidade. O método diminui o desperdício de água e quando implantado na forma certa, o produtor pode ter uma economia de até 80% de água. O sistema protege o solo, dá resistência as plantas durante o período de seca e aumenta a produtividade.
Jovair Soares Silveira, já passou pela realidade do uso de regador. Há alguns anos, ele adotou a irrigação por aspersão e há um ano utiliza o sistema de gotejamento. Jovair viu principalmente, a diminuição do consumo de água. “Eu utilizo o gotejamento nas hortas e se fosse no sistema de aspersão, com certeza gastaria 50% a mais do que se gasta hoje”, afirmou o produtor rural.
Apesar de já ter implantado o sistema de irrigação em sua propriedade, Jovair achou que o Dia de Campo, voltado ao tema, foi mais um momento de aprendizado. “Foi importante porque, mesmo já tendo irrigação, nós aprendemos como tornar o sistema mais eficiente e melhorar a produção”, finaliza o produtor.

Sistema Agroflorestal contribui com a adequação ambiental de agricultores familiares paraenses

Sistema Agroflorestal contribui com a adequação ambiental de agricultores familiares paraenses

Produtor aumentou produção de açaí com a utilização da tecnologia

Sistema Agroflorestal (SAF), contribui para a produtividade e conservação florestal. No entanto, a tecnologia de baixo carbono também influência na “Adequação ambiental da agricultura familiar”. Este foi o tema abordado em Dia de Campo realizado, no dia 07 de fevereiro, no Sítio São Raimundo, em Marabá, no sudeste do Pará.
A Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Rural Sustentável (PRS), recebeu 31 participantes, a maioria produtores rurais, assistiram palestra sobre a legislação ambiental dirigida a agricultores familiares. O destaque foi a importância do Sistema Agroflorestal para a recuperação de reservas legais incluindo Áreas de Preservação Permanente (APP).
“O Sistema utiliza essências florestais que ajudam a criar um microclima que restaura, parcialmente, a floresta. A tecnologia reproduz a função da floresta ao mesmo tempo que produz alimentos”, explica Donner Pontes, engenheiro florestal, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA), e Agente de assistência técnica (ATEC), do PRS.
Os participantes também conheceram o SAF adotado, no Sítio São Raimundo, onde foram plantadas espécies de açaí, cupuaçu, banana consorciadas a essências florestais, como por exemplo, castanheiras, samaúmas e ipês. Árvores que contribuíram com a proteção ao solo e garantiram o crescimento adequado das árvores frutíferas, além de ampliar cobertura florestal na propriedade.
“Essas árvores dão sombreamento as outras plantas e contribuem com um melhor crescimento”, comentou o produtor rural, Raimundo Sobral, proprietário do Sítio, que também obteve maior rentabilidade ao adotar o SAF. “A gente aumentou a produção com esse sistema e participando do Projeto Rural Sustentável, pudemos comprar uma máquina de bater açaí e um refrigerador. Isso possibilitou utilizar o açaí que produzimos aqui. Além disso, é uma produção que respeita a natureza”, finaliza o produtor rural.

Produtores do extremo norte de Mato Grosso aprendem sobre boas práticas na produção de leite

Produtores do extremo norte de Mato Grosso aprendem sobre boas práticas na produção de leite

Cuidados básicos na ordenha podem valorizar o produto

O Sítio Estância Caçula, do produtor Roberto Zaura, sediou o Dia de Campo com o tema Higienização de ordenhadeira e qualidade do leite. A propriedade é uma Unidade Demonstrativa (UD) e desenvolve a tecnologia Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD/P).
Roberto e a agente de assistência técnica (ATEC), do Projeto Rural Sustentável (PRS), Jenyffer Lopes, receberam 29 pessoas entre produtores da região e técnicos de Ater.
Jenyffer ressaltou a importância dos cuidados básicos na ordenha para que o produtor de leite consiga atingir os parâmetros mínimos de qualidade, valorizando seu produto, tornando-o seguro para o consumidor e contribuindo para o desenvolvimento da cadeia do leite na região.
“É necessário que produtor cuide da higienização na ordenha, limpeza dos equipamentos, controle da qualidade da água, controle da mastite, entre outros, para atingir um alto padrão de qualidade do produto”, explica Jenyffer Lopes.
Na ocasião, foi explicado também a diferença da remoção de sujeira inorgânica, que são resíduos minerais (como cálcio, magnésio e ferro) e orgânica, composto pela proteína, gordura e lactose do leite.
“Os resíduos orgânicos podem se aderir à tubulação do equipamento de ordenha, e por isso, devem ser retirados o mais rápido possível. A limpeza deve ser iniciada logo após o término da ordenha. E os resíduos inorgânicos, caso não sejam removidos corretamente, se precipitam e também aderem ao equipamento. Quando ocorre precipitação dos minerais, partes dos resíduos orgânicos ficam retidos e formam um filme, que após certo período de tempo é conhecido como pedra do leite. Este filme é um local propício para o desenvolvimento de bactérias contaminantes, caso haja umidade suficiente”, explica a ATEC.
A limpeza e remoção efetiva dos resíduos de leite do interior do equipamento de ordenha são obtidas pela combinação da ação mecânica e química. “Usa-se detergentes alcalinos para atuar quimicamente na remoção de compostos orgânicos das superfícies dos equipamentos. E os detergentes ácidos, removem os fatores inorgânicos como a pedra do leite”, finaliza Jenyffer.

Produtores paraenses conhecem técnicas para melhorar fertilidade do solo

Agroecologia influencia produção orgânica em Tucumã, no Pará

Dia de Campo mostra como diminuir aditivos químicos na produção

A “Fertilidade do Solo” foi tema de dois dias de campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovidos no dia 24 de fevereiro, na Fazenda Souza e Chácara Prata, localizadas em Marabá, no sudeste paraense. Os eventos contaram com a participação de 76 pessoas, entre estudantes universitários e produtores rurais.

Nas Unidades Demonstrativas (UD), que sediaram os dias de campo, os participantes conheceram a importância de ações fundamentais como a análise de solo e a adubação necessária para as plantas, tendo em visto o custo benefício para qualificar a produção.

O Sistema Agroflorestal (SAF), tecnologia apoiada pelo PRS, contribui para a fertilidade do solo, fazendo com que o produtor rural diminua o uso de aditivos químicos na produção. “A rotatividade nas culturas permanentes e temporárias, com uso de leguminosas, melhoram a fertilidade”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Henrique e Agente de Assistência Técnica (ATEC), do PRS.

O consórcio com essências florestais, além de proteger o solo, fertiliza de forma natural o terreno. “As folhas dessas espécies que caem, entram em decomposição e se tornam matéria orgânica o que melhora as características físicas dos solos, assim como a fertilidade também”, finaliza o ATEC.


Agroecologia influencia produção orgânica em Tucumã, no Pará

Agroecologia influencia produção orgânica em Tucumã, no Pará

O tema foi abordado em Dia de Campo do Rural Sustentável

A produção rural relacionada a agroecologia foi tema do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado no Sítio Pequeno Paraíso, em Tucumã, no Pará, no dia 01 de fevereiro. O evento reuniu 39 pessoas, que conheceram formas de produção orgânica, livre de agrotóxicos.
De área de garimpo a produção orgânica de frutas, verduras e hortaliças. Essa é a história do Sítio Pequeno Paraiso, de Josefina e José Nelson Ferro. Depois da exploração de minério na propriedade, eles iniciaram a Recuperação de Área Degradada (RAD) com o plantio de espécies nativas. O objetivo era recuperar e proteger o rio que passa por dentro do sítio.
Os cuidados com a adubação incluem húmus de minhoca e esterco bovino. “Há um sistema agroecológico de produção que dispensa defensivos químicos. É um produção sem o uso de agrotóxico”, explica Frederico Nascimento, agrônomo e Agente de Assistência Técnica (ATEC), que acompanhou a implantação da RAD.
As técnicas de produção orgânica, inseridas na agroecologia, foram apresentadas no Dia de Campo. No evento, foram mostrados também, os ganhos ambientais, os benefícios econômicos e sociais como por exemplo, menor risco a saúde do produtor e dos consumidores.
“O que nos levou a adotar essa forma de produção, em primeiro lugar, foi a nossa saúde e a da população. Nós não podemos produzir, sem pensar na saúde dos consumidores. E isso trouxe uma procura maior pelos nossos produtos que são livres de agrotóxico”, finaliza o produtor rural José Nelson Ferro.

Bonificação por área preservada valoriza produtor gaúcho

Bonificação por área preservada valoriza produtor gaúcho

Com os recursos, propriedade ganhou estufa e reservatório de adubo orgânico

Celso Teles dos Santos produz hortaliças orgânicas no interior de Lagoa Vermelha, no noroeste gaúcho, a 320 quilômetros da capital, Porto Alegre. A propriedade é uma Unidade Demonstrativa(UD) do projeto Rural Sustentável e recebeu bonificação pela área preservada que mantém.
Para Celso, o recurso é uma premiação por seu cuidado com a natureza e foi investido na reforma de uma estufa e na construção de um reservatório para adubo orgânico. A família - a esposa, uma filha e o genro - também trabalha junto em uma agroindústria de doces e polpas, coordenada pela esposa Suzana. A família ainda trabalha com a criação de ovelhas em campo nativo, plantação de arroz, feijão e milho e gado de leite e corte, mantendo assim um sistema integrado de lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Os produtos são vendidos diretamente ao consumidor final, que recebe semanalmente os produtos fresquinhos em casa. A família é a primeira a produzir hortaliças orgânicas no município de 27 mil habitantes. A filha, Neiva Grando dos Santos, trabalhou em uma das instituições de assistência técnica credenciadas no Rural Sustentável. A partir do Projeto, ela  orientou a família e auxiliou na transição agroecológica. Neiva decidiu voltar para a propriedade dos pais para continuar na atividade e assim “fazer na prática o que estava apenas falando”, salienta ela. O outro filho do casal trabalha na cidade.
O produtor conta que mora na propriedade há 25 anos, antes disso trabalhou como funcionário em outras áreas, até conseguir adquirir a sua. “O Projeto é para ajudar, incentivar quem preserva. Quem conhece essas técnicas,  não pensa mais em produzir sem pensar também na conservação”, destaca Celso.