Última oficina do Projeto Rural Sustentável aconteceu na região central gaúcha

Última oficina do Projeto Rural Sustentável aconteceu na região central gaúcha

Participantes debateram sobre protagonismo feminino e sucessão rural

 

A propriedade de Arlito Strahl e Ida Pfeifer, no município de Agudo, recebeu cerca de 15 produtores para a última oficina do Projeto Rural Sustentável, no Rio Grande do Sul, em 27 de novembro. Arlito resgatou sua história, do trabalho com fumo até a criação de vacas de leite, incentivado pelo pai, que concedeu um espaço com alguns pés de fumo para que ele cuidasse e tomasse gosto pela terra.

Dos quatro irmãos, foi o único que se manteve no campo. Em uma área pedregosa ele e Ida venceram as dificuldades e hoje se sentem orgulhosos da bem cuidada propriedade que é uma Unidade Demonstrativa do Projeto Rural Sustentável, realizando Recuperação de Área Degradada com Pecuária (RAD-P).

O nascimento de um filho, a chuva na hora certa, um copo de vinho. Estes foram alguns dos momentos lembrados pelos produtores como de intensa felicidade, no primeiro módulo em 12 de novembro. O passado também foi trazido à tona, destacado por uma educação mais rígida, mais trabalho braçal, menos espaço para as mulheres, entre outros.

Sobre os tempos atuais, os temas citados foram mais oportunidade de estudo para os jovens, mas custos maiores de produção e uso exagerado de agrotóxicos. Já os desejos para o futuro passaram por valorização da produção rural, menos burocracia, mais diálogo e escolas rurais conectadas com a realidade do campo.

No 27 de novembro foi o momento de listar ações para tirar estes sonhos do papel e transformá-los em realidade. Para ter mais escolas rurais, os participantes apontaram a necessidade de reuniões para engajamento de outros produtores e promover mais diálogo com o poder público. “Se todos tivessem o curso de gestão sustentável da propriedade tudo seria mais viável”, afirmou Sergio Mello sobre um dos temas levantados para serem discutidos.

A importância da permanência do jovem no campo foi discutida por um dos grupos, que apontou como um dos caminhos para melhora do acesso à tecnologia. “Quando estamos terminando o colégio, há uma pressão para sair do campo, todo mundo pergunta qual curso vai fazer, qual universidade e não se vamos ficar na propriedade”, afirmou Jardel Doss. A atividade encerrou com o plantio de um ipê branco na propriedade, simbolizando o desejo de plantar as sementes para que os sonhos germinem.

As oficinas foram ministradas pela pós doutoranda Alessandra Matte, pela mestranda Carmynie Xavier e o doutorando Anderson Sartorelli, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Voltadas para o protagonismo feminino e a inclusão de jovens do meio rural a atividade reuniu mais de 600 produtores ao longo de dez oficinas entre outubro e novembro, nos municípios gaúchos de Círiaco, Frederico Westphalen, Vacaria, Machadinho e Agudo.


Produtores de Boa Vista e Frederico Westphalen planejam ações para o futuro

Produtores de Boa Vista e Frederico Westphalen planejam ações para o futuro

Oficina reuniu pequenos produtores rurais na segunda etapa da atividade

 

Depois de fazer uma retrospectiva e analisar as diferenças para o presente os agricultores de Boa Vista das Missões e Frederico Westphalen se reuniram novamente para traçar ações para tornar seus sonhos realidade, no segundo módulo da oficina do projeto Rural Sustentável voltada para o protagonismo feminino e inclusão de jovens do meio rural. A atividade aconteceu em 24 de novembro, na comunidade da Linhas Pedras Brancas, no município de Frederico Westphalen.

Menos tecnologia, dificuldade de acesso à educação e maior oferta de mão de obra em função das famílias grandes, foram algumas das recordações que vieram à tona em 31 de outubro, na primeira parte da oficina. Para o futuro, os cerca de 50 produtores esperam mais saúde, menos corrupção e igualdade de direito para as mulheres, entre outros.

Cooperação, valorização da produção rural, gestão sustentável da propriedade rural, permanência dos jovens no campo, melhores canais de comercialização e um ambiente rural com mais respeito às famílias foram os grandes temas agrupados. Os produtores foram incentivados a contar sobre os sonhos e pensar em como torná-los realidade.

A não observância de leis que implicam em perda de produtividade, como pulverização de agrotóxicos, alergias e a não observância de leis foi um dos grandes entraves apontados pelos participantes.

“Produtor precisa ter atitude para cooperar e trocar informações”, afirma Vinicius Mazanetto. Seu grupo também apontou a importância da iniciativa de divulgar os produtos nas redes sociais para valorização dos produtos além da busca por assistência técnica, para qualificar a produção.

A última oficina no estado ocorreu em Agudo, em 27 de novembro.


Mais cooperação e consciência ambiental

Mais cooperação e consciência ambiental

Machadinho e Erechim realizaram a oitava oficina dos familiares no Rio Grande do Sul

 

Arlindo e Adelaide tinham tentado de tudo: porco, gado, eucalipto. Até que descobriram a erva mate, que finalmente deu a renda esperada pela família. Intercalando com noz pecã e mandioca, eles produzem erva do tipo cambona 4, conhecida por ter ótima produtividade. Foi esta realidade que os 40 produtores de Machadinho e Erechim puderam conhecer em mais uma oficina do Projeto Rural Sustentável, no dia 22 de novembro, em uma unidade multiplicadora.
O passado, presente e futuro de homens, mulheres e jovens rurais foi tratado na primeira parte, no dia 6 de novembro. Os produtores lembraram que, nos tempos dos pais e avós, o trabalho era mais braçal, porém  haviam mais escolas no campo, menos criminalidade, maior respeito e convivência com os mais velhos.
Atualmente as questões apontadas como diferentes por eles foram as facilidades de acesso, redução no número de filhos, igualdade maior entre homens e mulheres e maquinário auxiliando na colheita.
Na quinta-feira 22, o foco foi traçar um plano de ação para os sonhos levantados na primeira parte. Cooperação, oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, consciência ambiental, melhores canais de comercialização, valorização da produção, permanência dos jovens e crianças como sucessores foram os grandes temas discutidos.
Dentro destes assuntos foram analisadas quais ações eram necessárias para colocar em prática a ideia.  “A base de toda a cooperação são as famílias”, afirmou Edson Klein, de Erechim.
Busca por divulgação a fim de valorizar os produtos, melhora na qualidade e menos burocracia para comercialização dos produtos e o diálogo entre pais e filhos, foram apontadas como algumas necessidades.
A cidade, um polo de produção de erva mate, foi representada no plantio de uma muda de erva mate pelos participa¬ntes. Além do sentido figurado, os sonhos também foram plantados de forma prática.
No Rio Grande do Sul, Frederico Westphalen e Agudo também receberam oficinas do Rural Sustentável. No país, Bahia, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Paraná e Minas Gerais também realizaram as atividades.

Pequenos produtores se reúnem para traçar planos de ação

Pequenos produtores se reúnem para traçar planos de ação

Atividade é o segundo módulo de oficinas realizadas pelo Rural Sustentável

 

A propriedade de Vasco Biasus, no quinto distrito de Vacaria, no interior do Rio Grande do Sul, foi o palco para receber, no dia 20 de novembro, os sonhos e planos dos 50 agricultores de Vacaria e Lagoa Vermelha, que estiveram presentes em mais uma oficina do Projeto Rural Sustentável. Os encontros são voltados para o protagonismo feminino e inclusão de jovens do meio rural.

A área é uma Unidade Multiplicadora do projeto e fez a recuperação de áreas degradadas com pecuária. Vasco e a esposa, Zulene, também plantaram árvores e protegeram as nascentes. Os participantes começaram o dia com uma visita à propriedade, guiada pelo agente técnico Ivandro Zamboni e pelos proprietários.

Os participantes resgataram as discussões feitas no módulo 1, em 9 de novembro, no centro da cidade, que tratou do passado, presente e futuro desses moradores do campo. No dia 20, foi a hora de debater como realizar as propostas para o futuro planejados por eles.

Idarci Orsatto era um dos participantes que esteve nos dois módulos. “É muito boa essa troca, aprendemos cada vez mais, conseguimos ver a viabilidade e a força de realizar nossos sonhos”, afirmou ele ao final da atividade.

Menos agrotóxico, jovens voltando ao campo, busca por mais canais de comercialização foram alguns dos temas pontuados pelos agricultores. Louise Bertoni era uma das jovens participantes. “Aprendemos com as pessoas mais velhas, que distribuíram os conhecimentos. Gostaria que fosse feito mais vezes, pois é uma forma de juntar as pessoas e saber como está o campo hoje em dia, além de trazer de volta aqueles que saíram pra cidade”, avaliou.

No Rio Grande do Sul, os municípios de Machadinho, Frederico Westphalen e Agudo receberam o segundo módulo das oficinas. Os estados da Bahia, Pará, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Rondônia também realizaram atividades semelhantes.


Protagonismo dos Jovens foi tema central da Oficina dos Familiares

Protagonismo dos Jovens foi tema central da Oficina dos Familiares

Malacacheta e Franciscópolis em Minas Gerais finalizam ciclo de encontros do Projeto Rural Sustentável

 

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Malacacheta, em Minas Gerais, recebeu no dia 20 de novembro, a oficina com familiares dos produtores contemplados pelo projeto. Dando continuidade ao trabalho do primeiro encontro, os participantes foram divididos em grupos e discutiram quais ações seriam propostas para se chegar aos objetivos propostos na primeira oficina.

O evento contou com a presença de vários jovens da Escola Família Agrícola de Setubal, localizada em Malacacheta, enriquecendo o debate e expondo seus sonhos e quais ações estariam dispostos a fazerem para alcançá-los.

Para os estudantes Egídio Nascimento e Ryan Santos, o dia foi muito proveitoso, pois puderam trocar experiências e obter novos conhecimentos. Segundo eles, conseguiram trazer algumas coisas que estão aprendendo na escola e agora levam também muita coisa nova para compartilhar com os outros alunos.

Na oportunidade, o produtor Vinícius responsável por uma Unidade Demonstrativa do projeto, explicou sobre a tecnologia que ele implantou na propriedade e com os recursos do projeto melhorou ainda mais o sistema de piquete rotacionado e o curral da propriedade. Houve ganhos significativos na produção de leite quando inicialmente produzia 20 litros de leite e hoje já passa de 100 litros.

Sua apresentação gerou um debate muito interessante, pois os participantes puderam tirar algumas dúvidas e outros produtores contemplados também puderam falar um pouco de outras tecnologias implantadas.

Todos saíram satisfeitos com a oficina e com a responsabilidade de buscarem soluções e recursos para melhorarem as condições em suas propriedades e também em suas comunidades e cidades.

Para saber mais informações, entre em contato pelos números: (31) 9 91923146 (Renato) ou (61) 9 99785223 (Maria Cecília)


Oficinas de familiares no Pará reúnem mais de 380 pessoas

Oficinas de familiares no Pará reúnem mais de 380 pessoas

Os eventos foram realizados em cinco municípios

“Nós convivemos com outras pessoas e conhecemos outras coisas. Cada experiência que foi contada aqui, podemos levar para a vida da gente. Aqui tinha homens, mulheres e jovens e cada um pôde se expressar da sua maneira”, comentou Aurizete de Sousa, participante do módulo I da oficina para famílias beneficiadas pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido em cinco municípios paraenses. Os eventos tiveram a participação de 389 produtoras e produtores rurais.

Após os dois módulos de Medicilândia, realizados nos dias 1º e 9 de outubro, o projeto promoveu, de 30 de outubro a 13 de novembro, mais quatro oficinas nos municípios de Tailândia, Marabá, Tucumã e Santana do Araguaia. Foram momentos de integração em que os participantes expressaram as necessidades, desafios e o que esperam para a agricultura familiar e sustentável.

Para o produtor rural, Laerci Correia Ferreira, uma das questões levantadas na oficina é assistência técnica aos trabalhadores rurais. “Os governos devem ter mais atenção conosco. Fazer com que chegue tecnologia, apoio e incentivo para que a gente possa permanecer no campo”, ressaltou o agricultor familiar.

A saída do jovem do campo também foi tema abordado nas oficinas. “Muitos jovens estão saindo da agricultura para irem para a zona urbana. Sem o desenvolvimento na zona rural, eles estão buscando novas áreas. Isso não era para esta acontecendo”, comenta o estudante Elias Souza Ribeiro.

Filho de agricultores familiares, Elias acredita que o jovem pode buscar conhecimento e ajudar a desenvolver o campo. “O jovem pode sim vir para zona urbana para buscar conhecimento e aplicar na zona rural. Buscar o desenvolvimento e a tecnologia que está faltando na zona rural”, finaliza o estudante.

Cada oficina terá o módulo II nas seguintes datas:
Tailândia: 20/11
Marabá:   24/11
Tucumã:  27/11
Santana do Araguaia: 30/11


Mobilização comunitária para fortalecer o trabalho no campo

Mobilização comunitária para fortalecer o trabalho no campo

Produtores(as) rurais e jovens assumem papéis de liderança na região Sudoeste do Paraná

 

Dois Vizinhos e Renascença, municípios da região sudoeste do Paraná, receberam nos dias 12 e 14 de novembro, mais 2 edições do Café com Prosa, oficina direcionada para o envolvimento da família no meio rural e ao empoderamento da mulher e do jovem no dia a dia do campo.

Os cerca de 120 participantes (75 de Dois Vizinhos e 45 de Renascença) puderam retomar os conteúdos trabalhados nas oficinas anteriores e a partir de temas extraídos dos sonhos compartilhados por eles mesmos, passaram a projetar ações (mais práticas) para atingir esses patamares de mudança.

Em ambas oportunidades, lideranças locais se destacaram e assumiram a responsabilidade de receber e transmitir os dados coletados nas oficinas, mobilizando assim outras famílias em cada comunidade. A participação das mulheres e dos jovens foi fundamental para o alcance desse resultado.

Com os grupos de trabalho que se formaram, a expectativa da equipe executora do projeto e também dos facilitadores é que os conteúdos construídos durante as rodas de conversa cheguem a mais produtores(as) e que a partir desse movimento, as atividades sejam realmente aplicadas.

Rosemari Gonçalves, produtora rural de Dois Vizinhos, ressaltou a importância do comprometimento dos participantes na mobilização comunitária: “Nós temos a responsabilidade de transmitir o aprendizado adquirido aqui. E se possível, com esse grupo que formamos, realizar encontros entre as comunidades para trocar ideias e fortalecer as nossas associações”, apontou ela ao grupo.

Além dos resultados obtidos em ambas oficinas, os participantes de Dois Vizinhos foram presenteados, na abertura dos trabalhos, com canções que remontam a vida no campo, interpretadas por Maycon Reck, jovem produtor agroflorestal da comunidade de Canoas.

Para saber mais, acesse: http://www.ruralsustentavel.org/ ou fale com nossa assessoria: (41) 9 91377322 (Marcus Vinícius) ou (61) 9 99785223 (Maria Cecília)


Mais dois municípios finalizam oficinas com familiares de produtores rurais de Minas Gerais

Mais dois municípios finalizam oficinas com familiares de produtores rurais de Minas Gerais

Beneficiários do Projeto Rural Sustentável de Padre Paraíso/MG e Araçuaí/MG participaram do evento

 

O Espaço Nova Vida, propriedade localizada na comunidade Corguinho, em Padre Paraíso/MG, recebeu o segundo módulo da oficina, com cerca de 60 crianças, jovens e adultos de 21 localidades da região.

O proprietário Moisés Lima falou sobre a história da propriedade onde já é dono há cinco anos e com pouco tempo já conseguiu recuperar uma grande área que antes era utilizada para pecuária e até mesmo garimpo. Hoje tem trabalhado com a piscicultura e com a reorganização da área com paisagismo, instalação de brinquedos e outras estruturas. Moisés aluga para eventos gerando mais renda para a família.

Além de conhecerem a propriedade e suas tecnologias, os participantes se dividiram em cinco grupos para discutir e elencar as ações e como alcançar os sonhos propostos na primeira oficina. O sonho do jovem Maycon Alves é ter mais acesso à assistência técnica, maior conscientização pelo meio ambiente e a recuperação das nascentes para que o campo possa prover o sustento às famílias.

Os pontos mais destacados pelos participantes foi a necessidade de maior conhecimento e envolvimento em cooperativas, associações e grupos de interesse, especialmente jovens e mulheres, práticas mais sustentáveis, participação dos jovens na produção, trabalho melhor remunerado, mais tecnologia no campo. As mulheres foram incentivadas na busca por mais conhecimento, sejam protagonistas também nos grupos que trabalham no meio rural e mais reconhecidas pelo trabalho que já fazem.

A produtora Valdecy Soares participou dos dois encontros e ficou muito satisfeita. “Espero que esses eventos sejam mais frequentes na região e desejo compartilhar o conhecimento adquirido com minha família e minha comunidade.”

As últimas oficinas por microrregião acontecerão conforme agenda. Os contemplados do projeto que desejam participar devem procurar seu ATEC e fazer sua inscrição.
Malacacheta Mod 2 – R4 – 20/11
Capelinha Mod 2 – R5 – 22/11

Para saber mais informações, entre em contato pelos números: (1) 9 91923146 (Renato) ou (61) 9 99785223 (Maria Cecília)


Manejo intensivo da pastagem melhora produção animal

Manejo intensivo da pastagem melhora produção animal

Clima influencia no crescimento da pastagem

 

A beneficiária do Projeto Rural Sustentável, Margarete, recebeu os 31 convidados, no dia 27 de outubro, para o Dia de Campo em sua propriedade de 25 ha e explicou aos presentes, como a adoção de tecnologia com rotação de pastagem melhorou muito sua vida e facilitou o manejo dos animais.

Sem a adoção dessa tecnologia, segundo ela, era necessário percorrer quase toda a propriedade reunindo os animais para ordenhar, o que causava muito cansaço. Com esse sistema, os animais ficam concentrados em único local.

A médica veterinária Helen Corradi Gumieiro, chamou para a troca de experiências com os produtores sobre a temática “como planejar o piqueteamento”. O primeiro ponto abordado foi sobre a importância da realização da análise de solo. A partir daí, se pode realizar a correção da fertilidade e garantir a boa produção de forragem para os animais.

Helen informou também que a divisão e tamanho dos piquetes, dependem da quantidade de animal e o tipo de pastagem que se quer fornecer. Esses detalhes devem ser avaliados de acordo com cada propriedade e o clima local, pois o clima influência no hábito de crescimento da pastagem.

Com a formação dos piquetes os produtores aprenderam como manejar o espaço de acordo com sua produção de capim, como realizar a rotação dos animais e qual o momento de entrada e saída dos animais, dentro de cada piquete.

Para intensificar a pastagem é aconselhável o uso de irrigação nos sistemas o que se traduz em bom aliado na produção. É importante fazer uma análise com técnicos responsáveis para garantir um bom funcionamento do sistema de irrigação, pois a técnica exige um manejo sem erros para que não leve o produtor a perder dinheiro com seu próprio negócio.

Além da formação das áreas de pastagens, Helen também abordou a importância do fornecimento de sombra e água limpa para os animais, principalmente em se tratando de animais para produção de leite. O calor e falta de água para os animais podem causar perdas significativas na produção.

Após a conversa com os produtores houve espaço para perguntas e dúvidas.


Região central do Rio Grande do Sul recebe oficina com foco em mulheres e jovens rurais

Região central do Rio Grande do Sul recebe oficina com foco em mulheres e jovens rurais

Atividade provoca reflexão entre produtores rurais

 

Agudo, na região central do Rio Grande do Sul, recebeu a última oficina da primeira fase de uma série de dez a serem realizadas no estado gaúcho, com foco no protagonismo feminino e na inclusão dos jovens do meio rural. Promovida pelo Projeto Rural Sustentável, a atividade acontece também na Bahia, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Paraná.

Os produtores participantes - beneficiários de Unidades Demonstrativas e Multiplicadoras do projeto - foram convidados a refletir sobre o passado, presente e futuro de suas vidas. Dificuldades de transporte, preço mais baixo dos alimentos, trabalho mais penoso e com menos tecnologia, famílias mais numerosas e alimentos com menos agrotóxicos, foram algumas questões citadass pelos participantes que se reuniram em grupo para trocar idéias.

A comida era produzida quase toda na propriedade e pouco se comprava fora era a realidade para muitos deles. “A gente sempre aprende muito quando resolve fazer essas reflexões”, afirmou Debora Taise, produtora rural presente no encontro.

E hoje, o que permanece? As diferenças sentidas estão entre a tecnologia – que separa as famílias, mantendo os jovens ligados as telas, o aumento do êxodo rural, entre outros. Para o futuro os produtores desejam um acesso melhor a internet, ressurgimento de grupos de jovens, mais escolas no interior, diversificação das propriedades, agroindústrias locais e um maior cuidado com as águas.

Os próximos módulos no Rio Grande do Sul, vão ser realizados em unidades Multiplicadoras ou Demonstrativas, para que os produtores possam também visitar áreas em que o projeto acontece na prática. Vacaria (reunindo também Lagoa Vermelha) em 20/11, Machadinho (e Erechim) 22/11; Frederico Westphalen (e Boa Vista das Missões) em 24/11 eAgudo em 27/11. Mais de 400 pessoas já participaram das oficinas no estado.