Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

O evento reuniu 23 participantes no Sítio Sobral

O “Cultivo do açaí” foi o tema do Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado no dia 28 de abril, no Sítio Sobral, em Marabá/PA. O evento teve a participação de 23 pessoas, entre os quais, agricultores da comunidade rural Escada Alta. O objetivo foi mostrar como se ter maior produtividade e melhorar a qualidade da produção.
Os participantes conheceram as variedades de açaí, as condições e período de plantio, adubação e o espaçamento entre as plantas. Para o palestrante, Fernando Araújo, engenheiro florestal e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater/PA), é necessário que os produtores conheçam esses assuntos para que não haja perda na produtividade.
“O manejo e tratos culturais são importantes para assegurar que ao final da produção ele tenha uma quantidade de mudas de açaí produtivas. Com isso, o produtor rural não irá gastar tempo e dinheiro, para ter a quantidade de plantas necessárias para cobrir esses gastos obtidos no início do processo. É necessário que haja sobrevivência de mudas de 80% a 90% do plantio”, comentou o Fernando.
Houve também atividade prática em que foi mostrado aos produtores como utilizar o hidrogel, uma tecnologia já usada por produtores de eucalipto e que garante a sobrevivência das mudas, no período de seca. “Na época do verão, o hidrogel, faz com que a água fixe mais na raiz da planta, com isso, há maior possibilidade de sobreviver ao período seco. É uma tecnologia barata é que não vai suplementar toda a quantidade que é necessária no verão, mas pode garantir a sobrevivência das mudas, principalmente, no primeiro ano”, explica Araújo.
O produtor rural, Osiel Fonseca, já teve perdas de mudas por falta de informação no trato. Agora ele garante que não terá mais. “Pude tirar as minhas dúvidas sobre o açaí. Acho muito importante isso, pois, na zona rural é difícil o acesso a essas informações. Já tivemos perda com a produção, por não conhecer certas técnicas que foram repassadas aqui, como por exemplo, o uso do hidrogel, no período mais seco”, falou o agricultor.
Já a produtora rural, Benilde Pereira da Conceição, viu com outros olhos a produção do açaí. “Por ser uma planta nativa, eu achava que plantar açaí seria fácil. Mas vimos que precisamos ter mais atenção com adubação, espaçamento e outras técnicas que melhoram a produção, inclusive, no plantio das mudas”, finaliza a agricultora.

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Alunos de universidade no Paraná participam de capacitação sobre tecnologias de baixo carbono

Com a perspectiva de disseminar conhecimento sobre a melhoria das práticas de uso da terra e manejo florestal, o Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 26 de abril, em Dois Vizinho, uma aula de campo tratando da implantação e manejo de Florestas Comerciais. Tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto.

O Dia de Campo recebeu alunos dos cursos de engenharia florestal e agronomia da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), campus Dois Vizinhos e contou com 26 participantes, incluindo o professor Laércio Sartor, responsável pelo grupo e também proprietário da Unidade Demonstrativa (UD) beneficiada pelo Rural Sustentável.

O técnico Carlos Mezzalira, destacou que os bons resultados observados na floresta de eucalipto implantada há apenas 3 anos, estavam associados principalmente: a utilização da cobertura de solo deixada pela antiga cultura de pinus; a adubação adequada no momento do plantio e a escolha das mudas, uma espécie “clonada” de alto rendimento. O técnico destacou também a inexistência de processos de erosão na área de tecnologia implantada, devido ao manejo adequado utilizado pelo proprietário.

Para Laércio, o projeto é importante para os pequenos agricultores pois se propõe a transmitir conhecimentos em relação à sustentabilidade nos processos de produção, em especial sob a perspectiva da conservação ambiental: “Um foco muito bacana do projeto é mostrar ao produtor que é possível aumentar o rendimento sem a ideia antiga de utilizar somente o desmatamento. Isso com certeza, ocasionou a perda de solo e aumento dos processos de erosão nas lavouras aqui da nossa região”.

O professor destaca também que as tecnologias apoiadas, como os sistemas de Integração Lavoura Pecuária Florestas (iLPF), ampliam a visão do agricultor que antes, por falta de conhecimento técnico, dependia somente de uma fonte de renda principal, gerada pelos processos de produção agrícola.


Manejo adequado do solo como recurso para a sustentabilidade

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Agricultores do sudoeste do Paraná são capacitados em Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

O Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 25 de abril, em Renascença, região sudoeste do Paraná, capacitação para pequenos e médios agricultores. O evento abordou temas ligados a gestão sustentável das propriedades rurais e o manejo adequado do solo como recurso para a sustentabilidade nos processos de produção.
O Dia de Campo, ocorreu na propriedade do Sr. Idair Rosaneli, uma Unidade Demonstrativa (UD) aprovada pelo Projeto e reuniu cerca de 45 participantes, entre produtores rurais, técnicos da EMATER, agentes da Cresol e o Secretário de Agricultura, Sr. Ricardo Soligo.
O evento organizado pela equipe da EMATER de Renascença, contou com a participação de técnicos da instituição convidados para abordar os principais temas tratados durante a capacitação. Sérgio Carniel e Ericson Marx, especialistas em conservação do solo, abordaram os temas de compactação do solo e manejo integrado de pragas e doenças.
Para Ericson, o manejo integrado com uso adequado de defensivos, em quantidade e qualidade, reduz a contaminação no solo e nos cursos d`água e ajuda na diminuição dos custos do agricultor. “Temos pesquisas na nossa região que comprovam maior rentabilidade por parte de produtores que não fazem uso dos “pacotes tecnológicos” comercializados pelas grandes produtoras de agroquímicos. Com a economia gerada, o agricultor pode investir na fertilidade do solo, na construção de terraços e ainda sobra um pouco para investir em novos animais”, complementa o técnico.
Gilmar Capellari, gerente do Banco do Brasil, que atende o município de Renascença, elogiou a realização do projeto, em especial, o Dia de Campo: “acho louvável a execução do projeto em nosso município e agora, após ter participado desse evento, vou indicar com maior propriedade aos agricultores que visitarem nossa agência”, conclui ele.

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Encontro chamou atenção para a importância do planejamento para a recuperação de uma área.

O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou dia de campo com o tema “Recuperação de área degradada”, no Sítio Zaniboni III, do produtor Lino Zaniboni, localizada no município de Marcelândia. Participaram da atividade 51 pessoas, entre técnicos, produtores rurais e alunos do curso técnico em agropecuária da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec).
O sítio do Seu Lino, tem 60,50 hectares, dos quais 4 hectares foram destinados para a Unidade Demonstrativa, onde foi desenvolvida a tecnologia apoiada pelo Rural, Recuperação de Área Degrada com Pastagem (RAD/P).
Segundo a engenheira agrônoma, Fernanda Schmitt Gregolin, há 25 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil, e muitas dessas áreas estão dentro de propriedades rurais. As principais causas da degradação são: compactação do solo, erosão, pragas e doenças. Para combater esses problemas é preciso ter um bom planejamento que exige três etapas essenciais: análise, preparo do solo e adubação.
Fernanda explicou que “a análise do solo é fundamental para que o produtor consiga diagnosticar as condições de fertilidade e obter orientações corretas sobre os tipos de nutrientes e a quantidade exata que o solo da fazenda precisa para sua atividade. O preparo do solo visa a melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento do capim, ou seja, a alta produtividade e longevidade estão relacionadas com o sucesso desse preparo.”
“A adubação é direciona pela análise do solo e, principalmente, pela demanda do local, o quanto o produtor usa o pasto e as exigências da semente e do capim escolhido. A adubação é feita na implantação da pastagem e, posteriormente, durante a manutenção para que a produtividade seja mantida”, explicou a engenheira agrônoma.
O agente de assistência técnica do Rural Sustentável, Edgar Antônio Rovani, chamou atenção para o fato de o manejo do solo garantir menos custos e proporcionar maior rendimento para o produtor.
“A recuperação da área degradada aliada ao manejo pode ser realizada de forma simples e periódica; em caso de criação de gado, por exemplo, os animais podem ser mantidos em um local, enquanto o produtor recupera outra área da propriedade”, explicou Edgar Rovani.

Cidade de Parecis em Rondônia recebe Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

Cidade de Parecis em Rondônia recebe Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

Recuperação de Áreas Degradadas com floresta foi a tecnologia utilizada na Unidade Demonstrativa

O município de Parecis, em Rondônia, recebeu no dia 24 de abril, o Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável, na propriedade do Sr Célio Siminhuk. O tema foi a Organização Social, o Cooperativismo e a Administração Rural.
A propriedade de Célio, está localizada no Centro Oeste do estado de Rondônia, região de solo rico de terra roxa, porém com grandes áreas de solo arenoso. Estas áreas quando desmatadas, causam graves erosões que podem acabar com nascentes de rios, extinguir a vegetação ao redor, além do risco de queda de animais nas valas.
Por ter uma nascente de rio em sua propriedade, Célio considerou importante preservar a mata nativa na região. A condução da vegetação natural já é feita há mais de 20 anos e hoje ele colhe os frutos da sua decisão, principalmente após a perda de animais nas valas, ressecamento do leito do rio, diminuição do volume de água da nascente e perda de áreas de pastagem.
“Antigamente, quando meu pai chegou a essa região, os órgãos governamentais incentivavam a derrubada da floresta para se criar áreas de pastagens. Por isso quase tudo foi derrubado” afirma Célio. “Hoje em dia a história é diferente, pois se não preservarmos agora nossas futuras gerações não terão o que fazer com a terra”.
O Engenheiro Florestal Everton Barboza, sugeriu o cercamento das áreas que ainda estão em recuperação para evitar o trânsito do gado, o que poderia agravar o processo.
Everton falou também sobre o Cooperativismo e enfatizou a importância dos agricultores da região se organizarem para melhorar o escoamento da produção e a rentabilidade ao fim do processo. O município já tem local destinado para a operação da cooperativa, bastam os agricultores se organizarem.
O Dia de Campo promoveu uma visita as áreas em recuperação e a floresta que já apresenta bons resultados, com o retorno de animais silvestres na propriedade nos últimos tempos. “É um trabalho lento, mas que vamos colher os frutos nas próximas gerações, com a diminuição da erosão e diminuição da produção de gases de efeito estufa (GEE)” afirmou Célio.

Beneficiamento primário do cacau melhora a qualidade das amêndoas secas

Beneficiamento primário do cacau melhora a qualidade das amêndoas secas

O tema foi abordado em três dias de campo, realizados, em Tucumã, no Pará.

Colheita, quebra, fermentação e secagem. Essas são as etapas do beneficiamento primário do cacau, que afetam diretamente a qualidade das amêndoas do fruto, matéria-prima do chocolate, tão apreciado em boa parte do mundo. O tema foi abordado em Dias de Campo, realizados em três propriedades rurais de Tucumã, nos dias 24, 25 e 26 de abril. Os eventos reuniram 87 produtores rurais.
Nos dias de campo, os produtores conheceram formas de garantir um produto de maior qualidade, além de aumentar a produção. “Nós já temos um produto natural de primeira. Falta é fazer a colheita, a fermentação e a secagem adequada para ter um produto melhor ainda”, ressalta o produtor rural, Fernando Kuhn, beneficiário do Projeto Rural Sustentável (PRS).
Fernando conseguiu obter mais rendimento seguindo a primeira etapa, de colheita, ao selecionar frutos maduros, o que aumenta a quantidade de amêndoas. Mil frutos maduros colhidos rendem 40 kg de amêndoas secas, enquanto que a mesma quantidade de frutos colhidos verdes ou quase maduros, causam uma perda de 10% a 20% de amêndoas secas.
Após a colheita, vem a quebra, em que se deve ter habilidade para atingir a casca sem prejudicar as sementes. Em seguida, as sementes vão para uma das etapas principais, a fermentação, onde as amêndoas são colocadas em caixas de madeira (cochos), num período que varia de 10 a 15 dias.
Na fermentação as sementes começam a incorporar aroma e sabor do chocolate. Por isso, são necessários cuidados com o ambiente onde ocorre o beneficiamento.
“Essas etapas são essenciais e uma depende da outra. É como uma cadeia. Esse processo também interfere na qualidade da amêndoa de cacau quando é utilizada para outras aplicações, como a produção de cosméticos”, explica Erikson Bernardo da Mota, técnico em agroecologia, que palestrou nos dias de campo.
Para o produtor Nilton José da Silva, o momento foi  de conhecer a importância do beneficiamento primário do cacau. “Foi muito proveitoso esse dia de campo. Haviam muitas coisas que não tínhamos atenção e agora vamos ter para garantir um cacau de qualidade”, finaliza o produtor.

Agricultoras com perfil empreendedor participam de capacitação na Bahia

Agricultoras com perfil empreendedor participam de capacitação na Bahia

Compotas e frutas desidratadas são alternativas para comercialização

Aproveitar o excedente da produção de frutas ganhando uma renda extra por meio da produção de compotas e geléias de frutas tem sido uma boa oportunidade de negócio para as mulheres agricultoras da comunidade Antônio Rocha, no município de Igrapiúna, no Baixo Sul da Bahia.
O curso realizado na Associação Comunitária de Antônio Rocha, no dia 23 de abril, foi promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), e teve como facilitadora a agricultora Antônia Francisca de Araújo, que já conhece a técnica de produção e explicou para uma turma de 20 mulheres também agricultoras. Acompanharam a atividade o monitor de campo do PRS André Luiz e o agente de assistência técnica, Joeli Neres.
Durante o curso as alunas aprenderam a selecionar os frutos que serão usados na fabricação dos doces, práticas de higienização, materiais para a confecção, armazenamento, embalagem e comercialização.  Para o monitor André Luiz, essa capacitação visa o desenvolvimento social e econômico das mulheres que trabalham na agricultura familiar. “A região é rica em frutos que por muitas vezes são descartados por causa do excesso, então a nossa proposta é não se perder nada. Trouxemos esse curso que soma positivamente para a vida dessas mulheres que buscam autonomia financeira através do empreendedorismo”, comentou André.
O curso prático teve duração de 6 horas e foi feito em uma cozinha comunitária onde as agricultoras selecionaram a fruta da goiaba e a jaca, para fazerem as compotas. Foram utilizados ingredientes fáceis de serem encontrados como: canela em pau, água e açúcar cristal.
 “As compotas e doces são processos simples de se fazer e podem ser uma alternativa de trabalho e comercialização bastante rentável. A agricultora que se dedicar a produção de doces vai encontrar um mercado consumidor aberto a apreciar seus produtos”, disse a facilitadora Antônia Francisca.
A capacitação abordou também a desidratação de pimenta e banana da prata uma vez que a associação comunitária, possui um equipamento desidratador que serve gratuitamente a população local. “A pimenta desidratada é muito utilizada para a culinária, então é um produto facilmente comercializado.  A agricultora que optar em fazer a desidratação tem um campo de trabalho amplo” comenta o agente de assistência técnica da Organização de Conservação de Terras (OCT), Joeli Neres.
As agricultoras também aprenderam a desidratar banana da prata que é aceita no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Programa compra diretamente do agricultor produtos da agricultura familiar para alunos de escola públicas. A presidente da associação comunitária, Cleudes de Andrade Silva Rosa, assegurou que o curso oferecido pelo Projeto Rural Sustentável é uma excelente oportunidade de crescimento econômico para nossas mulheres. “Essa capacitação chegou em boa hora. Estamos com um desidratador novo e pronto para servir a nossa população”, comentou Cleudes.

Culturas de ciclo curto contribuem para implantação do SAF

Culturas de ciclo curto contribuem para implantação do SAF

O tema foi abordado em Dias de Campo realizados em Marabá no Pará

“O feijão é um adubo natural que ajuda no preparo da terra”. Há mais de 20 anos, o Sr. José de Nazareno Alves Cavalcante, planta o feijão, uma das culturas de ciclo curto como a mandioca e o milho. O cultivo é comumente praticado por pequenos e médios produtores rurais paraenses que, além de gerar renda durante todo o ano, tem papel fundamental na implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF).
As culturas de ciclo curto ou culturas anuais, como também são chamadas, são plantas com ciclo de no máximo um ano, e foram temas de Dias de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizadas no dias 21 e 22 de abril ,na Fazenda Souza, Chácara Prata e Sítio Vale do Paraíso, localizadas em Marabá, no estado do Pará. Os eventos tiveram a participação de 120 pessoas, entre produtores rurais e estudantes de agronomia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
Nas propriedades rurais que são Unidades Demonstrativas do projeto, os participantes conheceram formas diferentes de produção das culturas como: o plantio de milho consorciado com o feijão e mandioca; o cultivo da mandioca, utilizada para o sombreamento do cupuaçu; o plantio adequado da mandioca e o feijão como preparo da terra para culturas permanentes entre elas, o açaí e o cupuaçu.
Nas Unidades Demonstrativas, as culturas de ciclo curto foram adotadas como meio de geração de renda durante o ano, já que as culturas permanentes, como o cupuaçu e o açaí têm o ciclo médio de cinco anos.
“Para implantar o SAF nós temos que introduzir as culturas de ciclo curto como as temporárias, porque são elas que dão a manutenção nos primeiros anos antes da cultura principal (açaí e cupuaçu), começarem a produzir. Por exemplo, com 40 dias se colhe o feijão, o milho com 70 dias e a mandioca com oito, dez meses. É uma renda rápida para a manutenção daquele trabalho que é demorado”, ressalta Francisco Jorge de Araújo, técnico agropecuário e ATEC do PRS.
Além da geração de renda, as culturas anuais tem uma grande contribuição na adoção de SAF, associadas com as culturas permanentes e essências florestais. Um exemplo é o plantio do feijão, que absorve nitrogênio para o solo, o que contribui para o crescimento de culturas permanentes. Não é à toa, que o produtor José Nazareno considera a leguminosa um adubo natural.
“O feijão tem muito nitrogênio. A gente planta a cultura de ciclo longo e depois o feijão, para quando entrar o verão a terra está coberta. Além de colher o feijão, eu estou beneficiando a terra”, explica o produtor rural.
Joaquim Roque Fonseca pretende replicar a experiência, na sua propriedade, apresentada nos Dias de Campo. “Eu não sabia que o feijão poderia ser importante para outras plantas, agora vou plantar e consorciar com o milho e outras culturas”, comenta o produtor rural.
Para Geicy Kelly Pereira, estudante de agronomia, as capacitações foram importantes para compreensão de como as culturas de ciclo curto podem ser produzidas e contribuir com a produção sustentável. “Eu me surpreendi ao ver que se pode produzir três culturas utilizando a mesma área. Assim como aqui na Chácara Prata, onde o produtor está implantando uma nova tecnologia, cobrindo o cupuaçu para auxiliar na germinação”, finaliza a estudante.

2ª Chamada de Unidades Multiplicadoras

2ª Chamada de Unidades Multiplicadoras

Atenção para a prorrogação de data para avaliação das propostas

Atenção ATECs e ATERs, considerando que:
- a quantidade de propostas recebidas;
- as prioridades de municípios estabelecidas em edital; e
- o limite orçamentário do Projeto Rural Sustentável,
o prazo de avaliação das propostas será prorrogado para o dia 25 de maio de 2018. 
Somente após essa data, os relatórios parciais poderão ser submetidos no Portal.
As novas datas limites para o envio dos relatórios serão:
-Relatório Parcial da 2ª Chamada de UM- até 09 de julho de 2018
-Relatório Final 2ª Chamada de UM- até 14 de setembro de 2018

Theobroma em Rondônia recebe Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

Theobroma em Rondônia recebe Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

Evento abordou o Sistema Agroflorestal e formas de aplicação

No dia 19 de abril, aconteceu no município de Theobroma, em Rondônia, o Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável (PRS). O encontro foi realizado no Assentamento Vale Encantado, na propriedade do Sr Oseias Souza da Silva e teve como tema principal a Organização Social, Cooperativismo e Administração Rural.
Estiveram presentes, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da região de Theobroma, Adelson Pereira, o vice-presidente do Sindicato, Paulo César, o Diretor de Políticas Sociais do Sindicato, Rogério Oliveira e o presidente da Associação dos Produtores do Vale Encantado Nivaldo Souza.
A tecnologia presente na propriedade do Sr Oseias, é um Sistema Agroflorestal com plantações de urucum, cacau, banana, graviola, cupuaçu entre outras. O engenheiro Everton Barboza, destacou que o sistema é o tipo de manejo da terra considerado o mais correto, pois diminui a degradação do solo e mantém o meio ambiente em equilíbrio. A importância da administração rural para uma melhor obtenção de lucros e escoamento da produção, também foi outro tema abordado pelo engenheiro.
O Presidente da Associação dos Produtores do Vale Encantado, Nivaldo, falou sobre cooperativismo e a importância da agricultura familiar. “Os pequenos produtores estão colocando no mercado o que os grandes produtores não conseguem, que são produtos com qualidade superior e sem uso de defensivos agrícolas a preços competitivos”, destacou. Nivaldo salientou as vantagens da organização social dentro do assentamento e da união dos produtores.
O Projeto Rural Sustentável incentiva a agricultura de baixo carbono e a conservação da biodiversidade para a proteção do clima.