Utilização de plantas medicinais no Sistema Agroflorestal

Utilização de plantas medicinais no Sistema Agroflorestal

Conhecimento passado através de gerações contribui para a cura de diversas doenças

No dia 21 de maio, aconteceu no Município de Santa Luzia do Oeste, o Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável. A propriedade escolhida foi a do Sr. Sebastião Souza Paula, localizada a aproximadamente 13km da cidade e beneficiada pelo projeto com 1 hectare de Sistema Agroflorestal implantado.
O tema do Dia de Campo foi proposto pelos próprios agricultores que sentiram a necessidade de compartilharem o conhecimento com os demais. O Sr. Sebastião disse que a floresta fornece uma infinidade de plantas medicinais e uma grande quantidade delas ainda é desconhecida de muita gente. As propriedades medicinais de cada uma, às vezes, ficam restritas ao conhecimento popular. Para dinamizar o encontro, foi pedido às esposas dos agricultores que cada uma levasse uma ou mais plantas que cultivassem para falarem sobre a utilização e propriedades medicinais.
A Sra. Nirta Ferreira de Souza, é enfermeira aposentada e colheu e identificou várias espécies que cultiva. A esposa do Sr. Ilson Herculano, também um beneficiário do PRS, explicou que cada planta tem uma particularidade, seja em qual parte utilizar ou no modo de preparo. “A utilização de plantas medicinais exige conhecimento e perseverança por parte de quem vai utilizar. Muitas vezes o tratamento é longo e bem diferente dos remédios comprados em farmácias.”
Foram apresentados mais de 40 tipos de ervas, raízes, cipós e cascas de árvores que possuem alguma propriedade medicinal e dessas foi feito um registro por escrito do nome, parte da planta a ser utilizada, quais sintomas e doenças ela combate e o modo de preparo de cada uma.
De acordo com Nirta, o cuidado na preparação é essencial para que a planta não perca o efeito medicinal. “Hoje em dia já existem várias publicações no mercado disponíveis ao publico sobre plantas medicinais, portanto é importante sempre estudar e conhecer para saber quais os sintomas, determinada planta cura e a probabilidade de haver algum efeito colateral, que em alguns casos pode ser muito perigoso”, afirmou.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Alunos de instituição rural discutem Associativismo e Cooperativismo

Alunos de instituição rural discutem Associativismo e Cooperativismo

Encontro debateu a importância da gestão da propriedade rural e organização social

Alunos e professores do Centro Técnico de Educação Rural Abaitará (CENTEC) participaram de Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável, no dia 19 de maio. O encontro aconteceu em Santa Luzia do Oeste, em Rondônia, abordando o tema Associativismo e Cooperativismo.
A propriedade escolhida para o evento foi a do Sr. Antonio dos Santos Bezerra, que fica a 15km da cidade de Santa Luzia do Oeste e possui uma área total de 96 hectares com 4 hectares escolhidos para abrigar o Sistema Agroflorestal, onde estão plantados o cupuaçu, cacau, bandarra, açaí, banana entre outras.
O Centro Técnico de Educação Rural Abaitará (CENTEC), localizado na RO 010, KM 33 em Pimenta Bueno, é uma instituição de educação rural ligada ao Instituto de Educação Profissional do Estado de Rondônia (IDEP). O Centro forma técnicos nas áreas de Agronegócios, Agroecologia e Agropecuária e atende alunos de 38 municípios, integrando filhos de agricultores, quilombolas e indígenas. Os técnicos saem formados e certificados pelo CREA para atuarem nas respectivas áreas.
Segundo o professor Paulo Dimer Justo, que ministra Administração de Empresa Rural, o tema do Dia de Campo veio em bom momento. “Os alunos têm que entender que a gestão da propriedade rural é como a gestão de uma empresa.”
O proprietário rural Sr. Ilson Herculano Souza, que também é um beneficiário do PRS e esteve presente no evento, falou aos alunos sobre as suas conquistas na propriedade rural. Com área total de 175 hectares e 4 hectares de Sistema Agroflorestal contemplado pelo projeto, o Sr Ilson agora investe na piscicultura e vê um mercado em ascensão. “Quando fiz o primeiro plantio da teca (árvore para extração de madeira) várias pessoas me disseram que eu nunca veria aquilo dar algum lucro. Recentemente fiz o primeiro corte e obtive aproximadamente R$ 100.000,00 de lucro”, ressaltou. Para ele, uma das principais qualidades do gestor rural é a paciência e a persistência.
Os 70 participantes, ouviram o ATEC Fagner Richter, reforçar a importância das Associações e Cooperativas para maximizar os lucros e melhorar o escoamento da produção. Os agricultores presentes se interessaram em participar da associação já existente na localidade para reforçar os temas e tentar se reorganizarem, uma vez que muitos estavam ausentes das pautas da associação.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos Biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Adubação orgânica é tema de dia de campo em Marabá

Adubação orgânica é tema de dia de campo em Marabá

Adubos orgânicos melhoram a qualidade do solo

A adubação orgânica foi tema de Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido em Marabá, no sudeste do Pará. No evento, realizado no dia 12 de maio, foi mostrado como essa prática pode diminuir os impactos negativos no solo bem como, produzir adubo orgânico a partir da compostagem. A capacitação reuniu 13 produtores rurais.
A programação começou com uma palestra sobre os benefícios da adubação orgânica, que melhora as características físicas e biológicas do solo. Adubos orgânicos podem atuar como fertilizantes e ajudar no crescimento das plantas já que melhoram a composição do solo e assim, reduzem os efeitos tóxicos de outras substâncias.
Em seguida, houve a parte prática com apresentação de como fazer a compostagem a partir de materiais orgânicos, como restos de folhas, galhos e cascas. A compostagem contribui para redução de resíduos orgânicos, porque permite a utilização de restos de comida.
SOBRE O RURAL SUSTENTÁVEL – O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),  com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Agricultores da Bahia contemplados por Unidade Multiplicadora recebem orientações técnicas

Agricultores da Bahia contemplados por Unidade Multiplicadora recebem orientações técnicas

Orientações incluíram atividades de adequação ambiental

Com o objetivo de prestar uma assistência técnica para os agricultores familiares contemplados pelo Projeto Rural Sustentável, técnicos da cooperativa Agroambiental, realizaram no dia 08 de maio, no município de Presidente Tancredo Neves, uma visita técnica a uma Unidade Multiplicadora (UM). A propriedade escolhida foi a do Sr. Josenilton Roma, localizada no município Presidente Tancredo Neves, na Bahia.
A propriedade possuía uma área vazia com solo fraco, degradado e sem produtividade. Josenilton foi orientado a implantar uma área de produção com tecnologias e atividades de adequação ambiental a agora ele já usufrui dos benefícios de adotar um modelo de agricultura sustentável.
“Escolhi implantar um Sistema Agroflorestal (SAF), com feijão, banana da terra e cacau. Culturas que eu já conheço e já sei a forma de cultivo. Tive muita sorte em ser contemplado por esse projeto que além do recurso financeiro, me ajudou também na compra de insumos. Além disso, recebo assistência técnica que me motiva a usar compostos orgânicos e diminuir o uso de agrotóxicos”, explicou Josenilton.
Mateus Estevam, técnico responsável em prestar assessoria técnica da propriedade, afirmou que depois de aprovada a proposta, o agricultor já realizou o Cadastramento Ambiental e fez análises de solo para garantir que as recomendações de adubação fossem feitas da forma correta. “É importante garantir que o produtor realize as adubações com as necessidades das plantas e deficiências na terra, afirma Mateus.
O diretor da cooperativa Agroambiental, Júlio Santana, explica que o trabalho de Assistência Técnica (ATER), segue os princípios e diretrizes voltados para o desenvolvimento sustentável. “Por meio do PRS, pequenas ações estão acontecendo na região e que juntas estão contribuindo para o fortalecimento e crescimento da agricultura sustentável. O melhor é que os protagonistas desse cenário estão sendo os agricultores locais de Presidente Tancredo Neves, que é reconhecido por sua diversificação agrícola”, comentou Júlio

Manejo de pastagem é apresentado para estudantes de curso técnico em agropecuária

Manejo de pastagem é apresentado para estudantes de curso técnico em agropecuária

Alunos aprenderam como calcular o consumo de forragem a partir do capim usado na propriedade.

Com o tema “Manejo de Pastagem”, o Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou mais um Dia de Campo (DC) no Sítio Zaniboni III, do produtor Lino Zaniboni, localizado no município de Marcelândia.
A atividade contou com a presença de 48 pessoas entre técnicos, produtores rurais da região e 24 alunos do Curso de Técnico em Agropecuária da Secitec (Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação).
A palestra do médico veterinário, Edgar Antônio Rovani, explicou a importância de calcular o uso e ocupação do pasto da propriedade, através do índice UA/ha (Unidade de Animal por hectare) e o consumo de forragem que determina o desempenho de animais em pastejo.
“O consumo médio de forragem deve ser planejado de acordo com o capim que o produtor tem plantado na propriedade. Aqui na região, por exemplo, se utiliza bastante os capins divididos nos grupos da Brachiaria e Panicum”, explicou Edgar.
O capim do grupo Brachiaria apresenta como características, a reprodução por racemo (atinge diferentes alturas e apresenta presença de flores que se abrem em cachos), alta produtividade, baixo porte e maior capacidade de se espalhar na área. Já o capim Panicum apresenta reprodução por panícula (ramos que decrescem da base para o ápice, assumindo forma cônica ou piramidal),  capim nobre, alta produtividade, porte alto e permanece no sistema como plantas individuais com mais dificuldades de se espalhar.
“O pasto é o alimento mais barato para o rebanho e um bom pastejo pode diminuir os custos da produção em 50 a 60%”, afirma o produtor rural Lino Zaniboni.
O sítio do Seu Lino, tem 60,50 hectares, dos quais 4 hectares foram destinados para a Unidade Demonstrativa, onde foi desenvolvida a tecnologia apoiada pelo Rural Sustentável, Recuperação de Área Degrada com Pastagem (RAD/P).

Dia de campo em Rondônia aborda tecnologias de baixo carbono

Dia de campo em Rondônia aborda tecnologias de baixo carbono

Encontro reuniu produtores e palestrantes da Universidade Federal de Rondônia.

O Projeto Rural Sustentável(PRS), realizou no dia 1º de Maio, em Machadinho do Oeste, no estado de Rondônia, Dia de Campo (DC) para falar das tecnologias de baixo carbono. O evento foi realizado em parceria com a Embrapa, EMATER e Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e a participação de agricultores moradores de assentamentos da região.
Foram montadas tendas onde em cada uma foi abordado um assunto diferente e todos participaram em sistema de rodízio dos palestrantes.
Os palestrantes foram o engenheiro agrônomo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Jhony Vendruscolo, que falou sobre Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P)  e Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta (RAD-F); o engenheiro florestal da UNIR, Ricardo Pereira Soteli, que falou sobre os Sistemas Agroflorestais (SAF´s) e utilização de agrotóxicos e defensivos agrícolas; o engenheiro florestal da UNIR, Diogo Martins Rosa, que  falou sobre Manejo de Produtos Florestais não Madeireiros, o técnico agropecuário, Emerson Vieira Silva, da EMATER,  falando sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o gestor ambiental, Eliomar Silva Marques, que falou sobre o Plantio de Florestas Comerciais.
Estiveram presentes no evento agricultores dos Projetos de Assentamento Machadinho, Cedro Jequitibá, Santa Maria, Belo Horizonte, Santa Maria ll e Tabajara ll. Os agricultores trouxeram de suas propriedades frutas, mandioca, biscoitos, pães e sucos feitos com frutas locais para a realização do encontro.
O agricultor beneficiado pelo projeto, Edgar Francisco Lopes, cultiva em sua propriedade a pupunha, espécie de coco que se come cozido. Outro agricultor, Ederson Chaves Dias, além da pupunha, planta também café e o guaraná. Já o Sr Gerson Francisco de Souza, tem as culturas do café, o cacau e a bandarra que serve para retirada de madeira. Eles falaram sobre os benefícios do projeto e sobre os bons resultados alcançados.
“Um evento desse porte, realizado no dia em que se comemora o Dia do Trabalhador e com um público expressivo como o que tivemos aqui, fortalece cada vez mais a parceria dos moradores da região” concluiu o Sr Gerson.
Representantes da EMATER, finalizaram o evento falando sobre o cooperativismo e organização social.

Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

O evento reuniu 23 participantes no Sítio Sobral

O “Cultivo do açaí” foi o tema do Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado no dia 28 de abril, no Sítio Sobral, em Marabá/PA. O evento teve a participação de 23 pessoas, entre os quais, agricultores da comunidade rural Escada Alta. O objetivo foi mostrar como se ter maior produtividade e melhorar a qualidade da produção.
Os participantes conheceram as variedades de açaí, as condições e período de plantio, adubação e o espaçamento entre as plantas. Para o palestrante, Fernando Araújo, engenheiro florestal e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater/PA), é necessário que os produtores conheçam esses assuntos para que não haja perda na produtividade.
“O manejo e tratos culturais são importantes para assegurar que ao final da produção ele tenha uma quantidade de mudas de açaí produtivas. Com isso, o produtor rural não irá gastar tempo e dinheiro, para ter a quantidade de plantas necessárias para cobrir esses gastos obtidos no início do processo. É necessário que haja sobrevivência de mudas de 80% a 90% do plantio”, comentou o Fernando.
Houve também atividade prática em que foi mostrado aos produtores como utilizar o hidrogel, uma tecnologia já usada por produtores de eucalipto e que garante a sobrevivência das mudas, no período de seca. “Na época do verão, o hidrogel, faz com que a água fixe mais na raiz da planta, com isso, há maior possibilidade de sobreviver ao período seco. É uma tecnologia barata é que não vai suplementar toda a quantidade que é necessária no verão, mas pode garantir a sobrevivência das mudas, principalmente, no primeiro ano”, explica Araújo.
O produtor rural, Osiel Fonseca, já teve perdas de mudas por falta de informação no trato. Agora ele garante que não terá mais. “Pude tirar as minhas dúvidas sobre o açaí. Acho muito importante isso, pois, na zona rural é difícil o acesso a essas informações. Já tivemos perda com a produção, por não conhecer certas técnicas que foram repassadas aqui, como por exemplo, o uso do hidrogel, no período mais seco”, falou o agricultor.
Já a produtora rural, Benilde Pereira da Conceição, viu com outros olhos a produção do açaí. “Por ser uma planta nativa, eu achava que plantar açaí seria fácil. Mas vimos que precisamos ter mais atenção com adubação, espaçamento e outras técnicas que melhoram a produção, inclusive, no plantio das mudas”, finaliza a agricultora.

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Alunos de universidade no Paraná participam de capacitação sobre tecnologias de baixo carbono

Com a perspectiva de disseminar conhecimento sobre a melhoria das práticas de uso da terra e manejo florestal, o Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 26 de abril, em Dois Vizinho, uma aula de campo tratando da implantação e manejo de Florestas Comerciais. Tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto.

O Dia de Campo recebeu alunos dos cursos de engenharia florestal e agronomia da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), campus Dois Vizinhos e contou com 26 participantes, incluindo o professor Laércio Sartor, responsável pelo grupo e também proprietário da Unidade Demonstrativa (UD) beneficiada pelo Rural Sustentável.

O técnico Carlos Mezzalira, destacou que os bons resultados observados na floresta de eucalipto implantada há apenas 3 anos, estavam associados principalmente: a utilização da cobertura de solo deixada pela antiga cultura de pinus; a adubação adequada no momento do plantio e a escolha das mudas, uma espécie “clonada” de alto rendimento. O técnico destacou também a inexistência de processos de erosão na área de tecnologia implantada, devido ao manejo adequado utilizado pelo proprietário.

Para Laércio, o projeto é importante para os pequenos agricultores pois se propõe a transmitir conhecimentos em relação à sustentabilidade nos processos de produção, em especial sob a perspectiva da conservação ambiental: “Um foco muito bacana do projeto é mostrar ao produtor que é possível aumentar o rendimento sem a ideia antiga de utilizar somente o desmatamento. Isso com certeza, ocasionou a perda de solo e aumento dos processos de erosão nas lavouras aqui da nossa região”.

O professor destaca também que as tecnologias apoiadas, como os sistemas de Integração Lavoura Pecuária Florestas (iLPF), ampliam a visão do agricultor que antes, por falta de conhecimento técnico, dependia somente de uma fonte de renda principal, gerada pelos processos de produção agrícola.


Manejo adequado do solo como recurso para a sustentabilidade

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Agricultores do sudoeste do Paraná são capacitados em Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

O Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 25 de abril, em Renascença, região sudoeste do Paraná, capacitação para pequenos e médios agricultores. O evento abordou temas ligados a gestão sustentável das propriedades rurais e o manejo adequado do solo como recurso para a sustentabilidade nos processos de produção.
O Dia de Campo, ocorreu na propriedade do Sr. Idair Rosaneli, uma Unidade Demonstrativa (UD) aprovada pelo Projeto e reuniu cerca de 45 participantes, entre produtores rurais, técnicos da EMATER, agentes da Cresol e o Secretário de Agricultura, Sr. Ricardo Soligo.
O evento organizado pela equipe da EMATER de Renascença, contou com a participação de técnicos da instituição convidados para abordar os principais temas tratados durante a capacitação. Sérgio Carniel e Ericson Marx, especialistas em conservação do solo, abordaram os temas de compactação do solo e manejo integrado de pragas e doenças.
Para Ericson, o manejo integrado com uso adequado de defensivos, em quantidade e qualidade, reduz a contaminação no solo e nos cursos d`água e ajuda na diminuição dos custos do agricultor. “Temos pesquisas na nossa região que comprovam maior rentabilidade por parte de produtores que não fazem uso dos “pacotes tecnológicos” comercializados pelas grandes produtoras de agroquímicos. Com a economia gerada, o agricultor pode investir na fertilidade do solo, na construção de terraços e ainda sobra um pouco para investir em novos animais”, complementa o técnico.
Gilmar Capellari, gerente do Banco do Brasil, que atende o município de Renascença, elogiou a realização do projeto, em especial, o Dia de Campo: “acho louvável a execução do projeto em nosso município e agora, após ter participado desse evento, vou indicar com maior propriedade aos agricultores que visitarem nossa agência”, conclui ele.

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Encontro chamou atenção para a importância do planejamento para a recuperação de uma área.

O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou dia de campo com o tema “Recuperação de área degradada”, no Sítio Zaniboni III, do produtor Lino Zaniboni, localizada no município de Marcelândia. Participaram da atividade 51 pessoas, entre técnicos, produtores rurais e alunos do curso técnico em agropecuária da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec).
O sítio do Seu Lino, tem 60,50 hectares, dos quais 4 hectares foram destinados para a Unidade Demonstrativa, onde foi desenvolvida a tecnologia apoiada pelo Rural, Recuperação de Área Degrada com Pastagem (RAD/P).
Segundo a engenheira agrônoma, Fernanda Schmitt Gregolin, há 25 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil, e muitas dessas áreas estão dentro de propriedades rurais. As principais causas da degradação são: compactação do solo, erosão, pragas e doenças. Para combater esses problemas é preciso ter um bom planejamento que exige três etapas essenciais: análise, preparo do solo e adubação.
Fernanda explicou que “a análise do solo é fundamental para que o produtor consiga diagnosticar as condições de fertilidade e obter orientações corretas sobre os tipos de nutrientes e a quantidade exata que o solo da fazenda precisa para sua atividade. O preparo do solo visa a melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento do capim, ou seja, a alta produtividade e longevidade estão relacionadas com o sucesso desse preparo.”
“A adubação é direciona pela análise do solo e, principalmente, pela demanda do local, o quanto o produtor usa o pasto e as exigências da semente e do capim escolhido. A adubação é feita na implantação da pastagem e, posteriormente, durante a manutenção para que a produtividade seja mantida”, explicou a engenheira agrônoma.
O agente de assistência técnica do Rural Sustentável, Edgar Antônio Rovani, chamou atenção para o fato de o manejo do solo garantir menos custos e proporcionar maior rendimento para o produtor.
“A recuperação da área degradada aliada ao manejo pode ser realizada de forma simples e periódica; em caso de criação de gado, por exemplo, os animais podem ser mantidos em um local, enquanto o produtor recupera outra área da propriedade”, explicou Edgar Rovani.