Estudantes e produtores rurais aprendem técnicas para recuperação de área degradada

Encontro chamou atenção para a importância do planejamento para a recuperação de uma área.

O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou dia de campo com o tema “Recuperação de área degradada”, no Sítio Zaniboni III, do produtor Lino Zaniboni, localizada no município de Marcelândia. Participaram da atividade 51 pessoas, entre técnicos, produtores rurais e alunos do curso técnico em agropecuária da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec).
O sítio do Seu Lino, tem 60,50 hectares, dos quais 4 hectares foram destinados para a Unidade Demonstrativa, onde foi desenvolvida a tecnologia apoiada pelo Rural, Recuperação de Área Degrada com Pastagem (RAD/P).
Segundo a engenheira agrônoma, Fernanda Schmitt Gregolin, há 25 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil, e muitas dessas áreas estão dentro de propriedades rurais. As principais causas da degradação são: compactação do solo, erosão, pragas e doenças. Para combater esses problemas é preciso ter um bom planejamento que exige três etapas essenciais: análise, preparo do solo e adubação.
Fernanda explicou que “a análise do solo é fundamental para que o produtor consiga diagnosticar as condições de fertilidade e obter orientações corretas sobre os tipos de nutrientes e a quantidade exata que o solo da fazenda precisa para sua atividade. O preparo do solo visa a melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento do capim, ou seja, a alta produtividade e longevidade estão relacionadas com o sucesso desse preparo.”
“A adubação é direciona pela análise do solo e, principalmente, pela demanda do local, o quanto o produtor usa o pasto e as exigências da semente e do capim escolhido. A adubação é feita na implantação da pastagem e, posteriormente, durante a manutenção para que a produtividade seja mantida”, explicou a engenheira agrônoma.
O agente de assistência técnica do Rural Sustentável, Edgar Antônio Rovani, chamou atenção para o fato de o manejo do solo garantir menos custos e proporcionar maior rendimento para o produtor.
“A recuperação da área degradada aliada ao manejo pode ser realizada de forma simples e periódica; em caso de criação de gado, por exemplo, os animais podem ser mantidos em um local, enquanto o produtor recupera outra área da propriedade”, explicou Edgar Rovani.