Gestão Rural Sustentável em prol da pecuária de leite e de corte
Gestão Rural Sustentável em prol da pecuária de leite e de corte
Dia de Campo em Itapejara D’Oeste debate a necessidade da implantação das tecnologias de baixo carbono29
Itapejara D’Oeste, sediou, dia 07 de novembro, Dia de Campo que reuniu cerca de 20 participantes entre produtores rurais do município e do entorno e contou com a organização e o apoio de agentes técnicos da SIA (Serviço de Inteligência em Agronegócios) e da ATER ITAPEJARA, empresas que prestam serviços de assistência técnica e extensão rural na região.
A capacitação ocorreu na propriedade do Sr. Alvício de Souza, de 74 anos, que mora na propriedade e trabalha com agricultura e gado para leite e corte há mais de 50 anos. Desde a aprovação da proposta como Unidade Demonstrativa e com apoio do Projeto Rural Sustentável, seu Alvício, intensificou as ações de assistência técnica e a partir daí melhorou os resultados de produção de leite ao utilizar outras sementes para pastejo, equacionar a passagem do gado nos piquetes e controlar o uso dos adubos.
Durante o encontro, além da demonstração em campo das ações de recuperação das áreas degradadas implantadas na propriedade, os técnicos discutiram com os participantes a necessidade da mudança na forma de se fazer agricultura. Como alternativa, Jean Carlos Mezzalira, técnico responsável pelo Dia de Campo, defendeu a implantação dessas novas tecnologias, como meio viável para aumentar os resultados de produção ao mesmo tempo que se preservam as questões ambientais envolvidas nos processos de produção agrícola.
Seu Alvício, descreve também as melhorias que obteve ao longo dos últimos anos na propriedade: “Hoje nós temos ordenhadeira, resfriador, trator, carreta agrícola, ensiladeira, dois silos para armazenagem, minha casa e a casa do meu filho” descreveu orgulhoso. O produtor falou ainda da área de preservação permanente de mata ciliar que costeia o Rio Santana, “essa floresta está aqui desde a época do meu pai e é muito boa para manter o rio limpo e sempre cheio”, diz ele.
O Engenheiro Agrônomo, Diego Gheller, reforça a importância da realização dos eventos de capacitação. “Os dias de campo servem para mostrar na prática que realmente é possível preservar e produzir obtendo lucro, além de mostrar aos demais produtores que as suas propriedades rurais também podem participar do projeto como Unidades Multiplicadoras”, defende ele.
Qualidade do leite é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Qualidade do leite é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Produtores conheceram a Unidade Demonstrativa e receberam orientações sobre o manejo na ordenha.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 11 de novembro, o Dia de Campo (DC) no rural Sítio Santa Rita de Cássia, do produtor Paulo Sérgio Pereira, localizada no município de Alta Floresta, Mato Grosso, com a temática “Qualidade do Leite”. Participaram do evento 36 pessoas.
A propriedade possui 12 hectares e entrou no Projeto Rural Sustentável (PRS) como Unidade Demonstrativa (UD) aplicando a tecnologia Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P) em quatro hectares.
O objetivo dessa tecnologia de baixo carbono é recuperar uma área degradada, promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Seu Paulo, conta que antes de entrar no projeto, o pasto era pobre, com solo exposto e não tinha nenhuma árvore para sombreamento para os animais. “Com esse projeto, nós recebemos incentivo para a implantação de água nos piquetes e fazer outras melhorias, além de receber suporte técnico que nos orientou sobre o manejo das vacas de leite e ensinou outras práticas”, comenta o produtor.
O agente de assistência técnica do PRS, Alexsandro Capeleti, falou sobre a importância de o produtor rural manter a alta qualidade do leite, o que implica em fazer um excelente manejo na ordenha, para reduzir a contaminação microbiana, química e física do leite.
“Dentre as principais práticas de produção que objetivam a melhoria da higiene da ordenha, as principais são evitar lesões nas vacas e a introdução de contaminantes no leite, garantir boas condições higiênicas durante a ordenha e manter uma correta armazenagem do leite após a ordenha”, explica o técnico.
Agricultores baianos conhecem práticas sustentáveis de cultivos agrícolas
Agricultores baianos conhecem práticas sustentáveis de cultivos agrícolas
Propriedade modelo foi palco para o Dia de Campo
Agricultores e técnicos participaram, na terça-feira (14) de um dia de Campo sobre o Projeto Rural Sustentável, em uma propriedade modelo para a preservação do meio ambiente. O evento aconteceu no município de Nilo Peçanha, as margens da BA001, na propriedade do senhor, Remo Zucchi.
A agente técnica, Samile Aguiar apresentou as tecnologias sustentáveis apoiadas pelo Projeto, assim como a proposta de trabalho e como funcionam as práticas.
Recuperação de área degradada com Pastagem (RAD-P), Recuperação de Área Degrada com Floresta (RAD-F), Integração Lavoura Pecuária e Florestas, incluindo Sistemas Agroflorestais (SAFs), Plantio de Florestas Comerciais e Manejo de Florestas Nativas, foram os temas abordados no encontro. Os agricultores também tiraram dúvidas sobre como funciona a proposta técnica, seus critérios e o apoio financeiro dado pelo Projeto.
O produtor rural, Remo Zucchi, é um dos contemplados e contou como está sendo participar do projeto. “Ouvi falar no Projeto Rural Sustentável e suas ações, fui buscar uma ATEC para conhecer minha propriedade e dizer que eu queria fazer parte do Projeto. Já fazia uma agricultura profissional e sustentável, a intenção era manter e melhorar o que já tinha. Logo recebi o bônus financeiro e empreguei nas culturas que eu já cultivava, a exemplo do SAF, cacau, banana e seringueira. Hoje eu indico e estimulo meus vizinhos a abrirem as porteiras e deixar que esse projeto faça a diferença na propriedade deles”, explicou Remo.
Ao final dos trabalhos, os agricultores fizeram o agendamento da visita técnica em suas propriedades.
Sistema Agroflorestal é destaque em Valença na Bahia
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Receita de biofertilizante é alternativa para melhorar produção da lavoura
Agricultores familiares de Valença, da comunidade do Camborja, participaram na tarde da última segunda-feira (13), de um Dia de Campo sobre as ações do Projeto Rural Sustentável. O encontro aconteceu em uma casa de farinha tradicional, e reuniu 30 participantes entres produtores e técnicos agrícolas.
Com a apresentação do Projeto, os agricultores puderam entender como funciona as tecnologias de baixo carbono trabalhadas no Rural Sustentável e o objetivo de cada uma delas. Na ocasião eles ficaram sabendo como funcionam as Unidades Multiplicadoras (UMs), Unidades Demonstrativas (UDs), Recuperação de Área Degradada com floresta (RAD-F) e Recuperação de Área de Pastagem.
O Sistema Agroflorestal (SAF), é encontrado em boa parte das propriedades dos agricultores daquela região, o que despertou a intenção dos produtores em aderir ao Projeto. Seu Alexandre de Jesus Santos, de 49 anos, é um beneficiário do projeto e já tem uma UD e produz cacau, banana e seringa, em seus 2 hectares de SAF.
“Para mim é uma alegria enorme, fazer parte de um trabalho grandioso como esse. Tem oito meses que estou trabalhando de forma sustentável, com vontade de fazer o uso consciente da terra e assim ficar para sempre na lembrança”, revelou seu Alexandre.
O técnico Rogério de Matos, da Cooperativa de Presidente Tancredo Neves (Copatam), apresentou uma receita de biofertilizante conhecida como biocalda de cacau, a substância elaborada de forma caseira e que ativa a propagação microbiológica do solo. “A intenção é fazer com que o agricultor deixe de comprar agrotóxicos, e faça uso dessas alternativas que permite o aumento da produtividade da lavoura, com uma planta mais bem nutrida, forte e sofrendo menos ataques de agentes externos”, assegurou Rogério.
Reposição florestal aquece comércio de mudas em Cotriguaçu no Mato Grosso
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Produtores esclareceram dúvidas sobre as tecnologias de Agricultura de Baixo Carbono.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 11 de novembro, o Dia de Campo (DC) no Sítio Ecológico, do produtor Monzés Vieira da Rocha, localizada no Projeto de Assentamento (PA) Juruena, no município de Cotriguaçu, no Mato Grosso, com a temática “Reposição Florestal com Sistemas Agroflorestais (SAFs)”. Participaram do evento 17 pessoas.
O produtor Monzés, tem uma Unidade Demonstrativa (UD) com quatro hectares onde desenvolveu um Sistema Agroflorestal (SAF), que favorece a recuperação da produtividade de solos degradados através de espécies florestais, frutíferas e hortaliças.
Os Sistemas Agroflorestais são consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que podem ser utilizados para restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. O plantio das espécies agrícolas e florestais deve ser realizado na mesma área.
A engenheira florestal e assistente técnica do PRS, Silvana Fuhr, explicou sobre legislação ambiental, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) e como trabalhar as tecnologias de Agricultura de Baixo Carbono no Projeto Rural Sustentável.
“Em relação as tecnologias, um dos grandes desafios para os produtores interessados no Rural Sustentável é reorganizar seu sistema de modo a atender a expectativa de criar gado e produzir floresta, por exemplo, uma vez que ele precisa isolar uma área da propriedade para que as mudas incorporadas na pastagem e vigorem”, explica Silvana.
Algumas alternativas estão sendo debatidas com os produtores, como o isolamento das mudas individualmente, o isolamento das mudas em fileiras com cerca elétrica e o isolamento total da área recuperada com cerca elétrica. “As alternativas com cerca elétrica tem sido a mais econômica, porém, o gado manejado neste sistema, na maioria das vezes, é da raça Nelore, que não respeita a cerca e invade a área, destruindo as mudas em formação”, comenta Silvana.
A reposição florestal está sendo, bastante, discutida pela Secretaria de Meio Ambiente e pelo Ministério Público por meio do projeto Reflorestamento Afirmativo, em que os infratores de crimes ambientais são convidados, extrajudicialmente, a recuperar a área que desmataram. Esta foi uma medida encontrada pela promotoria para efetivar a recuperação proativa em Cotriguaçu.
Essa ação, além de ter o ganho ambiental com a reposição florestal de áreas desmatadas, criou uma demanda para compra de mudas e sementes na região, gerando renda aos produtores que têm espécies com porte adequado para fornecer.
“A gente observa que as tecnologias integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs), favorecem a produção de mudas e a coleta de sementes, incentivando o comércio dessas mudas e se transformando em outra atividade econômica para o produtor”, finaliza Silvana.
Muitos produtores estão interessados em entrar no PRS como Unidade Demonstrativa (UD) e/ou Unidade Multiplicadora (UM), cujo prazo para submissão de propostas encerra no próximo dia 30/11. Mais informações acesse http://www.ruralsustentavel.org/participe/.
Suplementação mineral de animais é abordada em dia de campo de Tucumã no Pará
Suplementação mineral de animais é abordada em dia de campo de Tucumã no Pará
Produtores rurais conheceram formas de garantir a saúde do rebanho.
A suplementação mineral foi tema do dia de campo, realizado nesta sexta-feira (10), no Sítio Manelin, unidade demonstrativa do Projeto Rural Sustentável (PRS), localizada em Tucumã, no sudeste do Pará. O evento reuniu 27 participantes, entre os quais, produtores rurais do município que conheceram formas de garantir os minerais necessários ao gado, principalmente o de leite, e promover o bem-estar animal.
Funções, fontes e fisiologia dos minerais foram alguns dos pontos abordados na palestra. A suplementação mineral tem a finalidade de suprir necessidades nutricionais dos animais que influenciam em fatores, como por exemplo, crescimento, equilíbrio hormonal e a produção regular de leite.
Segundo o médico veterinário Thiago Farias, além dos minerais, outros fatores no pasto contribuem para a nutrição do animal, como a existência de árvores no local para o gado descansar. É o que ocorre no Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um das tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo PRS.
“Essa parte do ILPF é indicada tanto para o gado de leite quanto de corte. A partir do momento que o animal tiver a alimentação adequada terá uma parte do dia que ele terá que descansar de baixo do sombrite, formada por árvores, que disponibilizam a melhor sombra. Hoje temos as espécies teca, a seringueira e o oiti que crescem muito rápido. Então, é adequado para o animal esse repouso”, explica o médico veterinário.
Além disso, Farias recomenda, que a suplementação mineral seja indicada quando não há nutrientes no pasto. No entanto, se o produtor fizer a adubação adequada não há necessidade da reposição de nutrientes na ração o que implica em menor gasto para o produtor, com suplementos.
A adubação foi uma das ações que o produtor rural, Lindomar José de Oliveira, beneficiário do PRS, fez quando recuperou a área degradada em sua propriedade, o Sítio Manelin. Para ele, a adubação garantiu a proteção ao capim, sem o uso de métodos químicos contra pragas, como a cigarrinha das pastagens, uma incidência comum na região.
“A adubação contribuiu tanto para recuperação quanto para a disponibilidade folhagem. Nós seguimos as orientações do técnico. Fizemos análise de solo e as correções necessárias. Nós percebemos que a área onde não havia sido feita a correção, era mais frágil. Com a correção no capim, gastamos menos na suplementação mineral, pois o pasto bem adubado já disponibiliza esses minerais”, finaliza o produtor rural.
Adubação orgânica é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Adubação orgânica é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Processo torna as plantas mais resistentes às pragas e doenças, protege e melhora a vida do solo.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 03 de novembro, o Dia de Campo na propriedade rural Sítio Sombra da Mata, do produtor Alisson Pilege Oliveira, localizada Vicinal 3 Leste, no município de Alta Floresta, com o tema “Adubação Orgânica”. Participaram do evento 38 pessoas.
Alisson Pilege nasceu em família de agricultores, em Mato Grosso, e há anos tenta fazer dar certo a criação de gado leiteiro. A maior dificuldade era manter a produtividade do leite em alta, uma vez que na propriedade o pasto era degradado, sem adubação e sem sombreamento, uma vez que, não se discutia o conforto térmico animal, na época.
“Depois de muitas dificuldades e a oportunidade de ter assistência técnica, produzimos, em uma área de 1 hectare, 120 litros de leite/dia, com 10 vacas em lactação. Com o Projeto Rural Sustentável, ainda compramos mais vacas leiteiras e mecanizamos a sala de ordenha”, comenta o produtor.
O tema do DC chamou a atenção dos produtores da região que queriam entender o que é a adubação orgânica e saber sobre as vantagens. A técnica torna as plantas mais resistentes às pragas e doenças, protege e melhora a vida do solo, ajuda a restaurar a biodiversidade, mantém a fertilidade do solo ao longo do tempo e ainda produz frutas e hortaliças mais saborosas e nutritivas.
A agente de assistência técnica (ATEC), Darline Trindade Carvalho, do Rural Sustentável, explicou que a matéria orgânica é a parte do solo que já foi ou ainda é viva. É constituída de resíduos de origem vegetal ou animal, como: estercos, restos de cultivos que ficam no campo, palhadas, folhas, cascas e galhos de árvores, raízes das plantas e animais que vivem no solo. Estes podem estar vivos, como os pequenos animais ou já em decomposição, como os resíduos de plantas incorporados ao solo ou em cobertura. As hortaliças são as que mais respondem à aplicação de adubos orgânicos” esclareceu Darline.
O composto orgânico, que é o adubo ideal para ser utilizado na agricultura orgânica, não polui o meio ambiente e, ainda, pode ser produzido na própria propriedade. Além de ser uma boa fonte de macronutrientes, possui micronutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas e, ainda reduz a acidez do solo. Existe também a adubação verde, que é uma outra maneira de cultivar e tratar o solo, princípio básico da agricultura orgânica. Esse tipo de adubação consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal, semeadas em rotação, sucessão e até em consórcio com culturas de interesse econômico.
A propriedade do Sr. Alisson Pilege, tinha o pasto muito pobre e desgastado. Ele implantou a Unidade Demonstrativa (UD) com a tecnologia de Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD-P) em 1 hectare; e Recuperação de Área Degradada com Florestas (RAD-F) em 3 hectares. Com a tecnologia RAD, aliada à adubação orgânica, o Sr. Alisson recuperou uma área degradada, promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Dia de campo tem participação de crianças e adolescentes
Dia de campo tem participação de crianças e adolescentes
Filhos e filhas de produtores rurais conheceram sobre a produção de mudas.
A produção de mudas é a primeira etapa para grande parte da prática agrícola e essencial para desenvolvimento da cultura com maior qualidade. Meninos e meninas que já desenvolvem essa prática na Escola Escada Alta, tiveram um conhecimento a mais no dia de campo com a seleção de sementes e os nutrientes necessários para o crescimento da planta.
“Já tenho atividades como essa na escola. Mas, ainda não sabia outras técnicas, como relar e quebrar a dormência das sementes,” disse Hellen Vitória de 15 anos, que mora com os avós, produtores rurais, e com quem irá compartilhar o que aprendeu.
Wesley Nayron, de 14 anos, é filho de agricultor e pensa em ajudar os pais quando crescer. Para ele, o dia de campo também contribuiu para ampliar o conhecimento no cultivo de plantas. “Gostei, pois, mostrou como selecionar as sementes e como podem ser mais produtivas”, comenta o adolescente que também se interessou pelo PRS. “Aprendi que devemos plantar com respeito ao meio ambiente. Plantar castanheiras [árvore nativa da Amazônia], por exemplo e não queimar a mata”.
Para a diretora da Escola Escada Alta, Zilda Elizalde, o momento é de grande importância para os meninos e meninas como atores do campo, além de desenvolver uma consciência ambiental entre eles. “Acho o Projeto [Rural Sustentável] imprescindível, já que são filhos de agricultores e residem no campo. Eles não podem ficar alheios as programações que os pais estão participando. Eu acredito que mesmo que não se tornem produtores, eles jamais irão esquecer que lidar com a terra é lidar com a própria vida. O cuidado com a terra é cuidado com a mãe natureza”, finaliza a diretora.
Recuperação de pastagens ajuda pequeno pecuarista a manter produção leiteira em área do leste de Minas Gerais
Recuperação de pastagens ajuda pequeno pecuarista a manter produção leiteira em área do leste de Minas Gerais
O município de Poté, no Vale do Mucuri, recebeu o Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável.
Trabalhando com gado leiteiro há muito anos, Edson Gomes Neto, o Dilsinho, dono do Sítio Alvorada, começou a perceber que suas pastagens estavam ficando cada vez mais degradadas devido a falta de chuvas e de conhecimento técnico. “Nessa nossa região, muitos agricultores ainda não entendem a importância de trabalhar as pastagens, fazendo rotatividade ou piqueteando e o que vemos são áreas muito destruídas, o que reduz a produtividade do gado por causa da queda na quantidade de alimento em períodos de seca”, disse.
A palavra "sustentabilidade" e sua importância, são conhecidas por Dilsinho, e de acordo com o produtor é o que pode salvar a atividade agropecuária na região de Poté.“Hoje a maioria das nascentes que corriam pelas redondezas estão secas, temos o Rio Mucuri que ainda sobrevive, mas se continuarmos a desmatar e queimar as florestas provavelmente se acabará, por isso, é tão importante preservar a vegetação das Áreas de Proteção Permanente (APPs) e recuperar as áreas que ainda restam de pastagem”, avaliou.
A técnica utilizada no Sítio Alvorada, foi a Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagens (RAD-P), uma das tecnologias apoiadas pelo Rural Sustentável e que está inserido no Plano Nacional de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).
Edson avalia os Dias de Campo, como um encontro indispensável para que os produtores da região se sensibilizem e revertam os problemas que as mudanças climáticas e a falta de conhecimento causam na zona rural do município. “O PRS e esses eventos são muito bons, pois os vizinhos tem a possibilidade de entender melhor porque estamos passando por esses períodos difíceis e como amenizar as consequências. Claro que o incentivo financeiro também ajuda muito, até porque investimos na própria atividade, então que venham outros projetos assim”, disse.
Tendo como umas das parceiras a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater – MG), o Rural Sustentável tem levado a vários pequenos e médios agricultores familiares do Vale do Mucuri, a oportunidade de conhecer e aplicar técnicas de recuperação de áreas que antes estavam em amplo processo de erosão e em via de se tornarem inférteis.
O agrônomo Edson Geraldo Pinto, técnico da Emater, buscou alguns produtores da região com o intuito de apresentar o PRS e a importância da promoção de uma Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. “Já vinha acompanhando a intervenção feita pelo Dilsinho há alguns anos. Posso dizer que era uma área improdutiva e por meio de correção, piquetes e plantação de capim Mombaça, ele conseguiu regredir com o processo de degradação que estava se instalando”, afirmou.
Hoje toda a produção leiteira da propriedade é desenvolvida na área recuperada. “Idéias como essa do Projeto Rural Sustentável, são importantes para nossa região, porque temos uma pecuária extensiva, que depreda as florestas e o solo sem medir consequências futuras, e quando temos a oportunidade de estar com o produtor, mostrar as vantagens de se preservar e recuperar, além de pagá-lo por isso, observamos que há um interesse maior”.
Edson Geraldo, afirma que o Dia de Campo fortalece a imagem e ações de empresas de assistência técnica como a Emater, pois mostra ao agricultor que ele não está sozinho. “Mais do que a questão financeira, o quesito assistência técnica é um dos grandes trunfos dessa parceria, pois dinheiro é bom, mas acaba, já o conhecimento pode fazer com que a atividade das fazendas da região, perdure por muito tempo”, ressaltou.
Cacau orgânico é protagonista de Dia de Campo em Cotriguaçu
Cacau orgânico é protagonista de Dia de Campo em Cotriguaçu
O evento funcionou como laboratório gastronômico, onde os participantes trocaram receitas e outras experiências no preparo de doces.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou, no dia 03 de novembro, o Dia de Campo (DC) na propriedade rural Sítio Resplendor, do produtor Antônio Carlos da Silva Tomaz, localizada à 25 km do Distrito de Nova União, no município de Cotriguaçu, com a temática “Cacau, suas delícias e utilidades”.
Cerca de 17 pessoas participaram do evento onde a culinarista Diomira Dreher, conduziu a parte prática de beneficiamento artesanal do cacau orgânico. O produto foi extraído da agrofloresta implantada na Unidade Demonstrativa, que aplicou a tecnologia Sistema Agroflorestal consorciado com café, cacau e espécies florestais.
A culinarista Diomira Dreher
Os SAFs proporcionam tanto benefício econômico quanto ambiental, permitindo que o agricultor diversifique seus produtos.
As experiências no preparo de doces variados, feitos a partir da amêndoa do cacau, foram a grande atração do dia de campo. A culinarista Diumara, deu as dicas para fazer o doce:
“Em relação ao ponto do doce de cacau, é interessante sempre fazê-lo na lua minguante, porque ele faz menos espuma, alcançando a textura desejada. A cozinha é como um laboratório gastronômico e os ingredientes são elementos químicos. É preciso entender o solstício e a influência da Lua, para alcançar o ponto de determinado preparo”.
O produtor rural, Adão da Silva Filho, 73 anos, um dos pioneiros na produção de cacau em Cotriguaçu, estava muito empolgado em ver o cacau ser reconhecido na região. “Poder ver as várias possibilidades gastronômicas que o cacau pode alcançar, me emociona, principalmente, porque é uma forma de gerar renda na comunidade”, comenta o produtor.
O proprietário da UD, Antônio Carlos da Silva Tomaz, enfatizou o retorno positivo que teve com o SAF: “é uma grande satisfação ver a minha propriedade conservada e ainda poder tirar uma boa renda com a venda do café e do cacau. E, agora aprender outras formas de gerar renda com a produção de doces”, finaliza.