Agricultores baianos conhecem técnicas de manejo para cacau e seringueira

Agricultores baianos conhecem técnicas de manejo para cacau e seringueira

Evento melhorou os conhecimentos sobre culturas já trabalhadas na região

Agricultores familiares do município de Camamu, no Baixo Sul da Bahia, participaram no dia 24 de maio, de um Dia de Campo sobre Sistema Agroflorestal (SAF). O encontro aconteceu em uma Unidade Demonstrativa do Projeto Rural Sustentável (PRS), na fazenda Boa Esperança, localizada na zona rural do município.
O engenheiro agrônomo Valmar Fernandes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), explicou para um público de 30 pessoas a história do Sistema Agroflorestal na Bahia que teve início em 2010. Também participaram do evento o auditor fiscal do Ministério da Agricultura (MAPA), Luiz Rogerio Barreto e Francimary Maciel também do MAPA. Os dois palestrantes falaram da importância de se ter capacitações dessa natureza na região que tem expressiva produção de cacau.
Divididos em três grupos os agricultores foram conhecer a área de produção de cacau e seringueira do agricultor Ezequeias Narcizo Costa. Para ele, o encontro é uma oportunidade para apreenderem mais sobre esta atividade. “Estamos vivenciando a troca de conhecimento sobre culturas já bem conhecidas por nós agricultores dessa região. O cacau e a seringueira estão presentes em 90% das propriedades familiares do Baixo Sul, mas nem todos sabem fazer o manejo correto para o trato das culturas, por isso é importante ter Dia de Campo”, explicou Ezequias.
Técnicas de enxertia de cacau, abertura de painel de seringueira e coleta de solo para análise foram algumas técnicas demonstradas para os agricultores que buscavam aprender métodos de fácil assimilação. Para o monitor de campo André Luiz, esses são temas atuais que todos gostariam de conhecer. “Há uma carência muito grande em nossa região para o manejo com as culturas, por isso buscamos trazer essas atividades” comentou André.
O agricultor Jozimar Andrade aprendeu sobre a técnica para coleta de amostra de solo. “Já tenho a minha roça e pretendo expandir minha produção, mas para isso eu preciso ter segurança de que tudo está certo. Esperei por esse dia e agora sei que não vou errar. Aprendi que primeiro tenho que coletar uma amostra de solo, levar para fazer análise e depois do resultado iniciar um novo plantio”, explicou Jozimar.
A produtora Ruti Santos buscava mais ensinamentos sobre abertura de painel (sangria) da árvore seringueira que ela já cultiva há mais de 8 anos. “De todos os assuntos que estão sendo apresentados aqui, este é o melhor. Eu não sabia como coletar o látex, porque a árvore exige um cuidado especial. É preciso saber fazer, ou pode comprometer a vida produtiva da seringueira.  Quando eu fiquei sabendo que haveria um Dia de Campo sobre esse tema, me interessei em participar e já está sendo muito bacana”, disse a agricultora.
O Dia de Campo sobre Sistema Agroflorestal contou com a participação da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (COOPAFBASUL).

Rural Sustentável capacita universitários para ampliar o diálogo sobre tecnologias de baixo carbono

Rural Sustentável capacita universitários para ampliar o diálogo sobre tecnologias de baixo carbono

Alunos do curso de agronomia participam de Dia de Campo realizado em Itapejara D’Oeste

Aconteceu dia 23 de maio, no município de Itapejara D’Oeste, no Paraná, Dia de Campo (DC) com foco na participação de alunos do Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) campus de Pato Branco, município da região sudoeste do estado.
O encontro foi realizado na Comunidade Treze de Maio, na propriedade do Sr. Raul Dall’Agnol, aprovada como Unidade Demonstrativa (UD), que no âmbito do projeto serve como referência por já ter implantadas uma ou mais tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável (PRS).
O evento contou com a organização de instituições locais como a SIA – Serviço de Inteligência em Agronegócios, a ATER Itapejara, empresa de assistência técnica e extensão rural, além de outros parceiros locais como a EMATER e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapejara - SINTRAF.
Com a abordagem de temas específicos como integração lavoura-pecuária-floresta a partir do consórcio de cultivo de laranja e pastejo de gado leiteiro na mesma área, além de implantação e gestão de sistemas de irrigação, os participantes puderam conhecer e aprofundar temas relacionados a conservação do solo e à agricultura sustentável.
O Sr. Antônio Edson Azeredo, Secretário Municipal de Agricultura, e o Sr. Diego Ghedini Gheller, auditor fiscal do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), estiveram presentes na abertura do evento e falaram sobre os benefícios e o privilégio da execução do projeto na região sudoeste do Paraná, em especial, para o município de Itapejara.
André Soares, professor do curso de graduação e responsável pelo grupo de alunos, falou sobre a relevância do Dia de Campo, pois promoveu um ambiente de debate importante entre alunos, técnicos da iniciativa pública e privada, e produtores rurais. “Os temas tratados aqui hoje, como a conservação ambiental, manejo de solo e planejamento forrageiro são assuntos fundamentais para o trabalho do agricultor e desses alunos, futuros profissionais da área”, afirmou o professor.
A Cooperativa de Comercialização Integrada da Agricultura Familiar – COOPAFI, aproveitou a ocasião para mostrar seus produtos oferecendo um café colonial aos participantes.
Fernando Lazzaretti, engenheiro agrônomo e monitor de campo do projeto, falou sobre a importância de se valorizar o cooperativismo e principalmente os produtores da região. “O café colonial com produtos da agricultura familiar mostra aos estudantes um outro lado da sustentabilidade, valorizando a produção e o consumo de bens locais, gerando distribuição de renda e principalmente, fortalecendo a autoestima dos pequenos produtores do município e da região”, complementou ele.
O Projeto Rural Sustentável deve manter a agenda de eventos técnicos até agosto de 2018, promovendo ainda mais oportunidades para a troca e a construção de conhecimento sobre a agricultura sustentável e as tecnologias de baixo carbono.

Utilização de plantas medicinais no Sistema Agroflorestal

Utilização de plantas medicinais no Sistema Agroflorestal

Conhecimento passado através de gerações contribui para a cura de diversas doenças

No dia 21 de maio, aconteceu no Município de Santa Luzia do Oeste, o Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável. A propriedade escolhida foi a do Sr. Sebastião Souza Paula, localizada a aproximadamente 13km da cidade e beneficiada pelo projeto com 1 hectare de Sistema Agroflorestal implantado.
O tema do Dia de Campo foi proposto pelos próprios agricultores que sentiram a necessidade de compartilharem o conhecimento com os demais. O Sr. Sebastião disse que a floresta fornece uma infinidade de plantas medicinais e uma grande quantidade delas ainda é desconhecida de muita gente. As propriedades medicinais de cada uma, às vezes, ficam restritas ao conhecimento popular. Para dinamizar o encontro, foi pedido às esposas dos agricultores que cada uma levasse uma ou mais plantas que cultivassem para falarem sobre a utilização e propriedades medicinais.
A Sra. Nirta Ferreira de Souza, é enfermeira aposentada e colheu e identificou várias espécies que cultiva. A esposa do Sr. Ilson Herculano, também um beneficiário do PRS, explicou que cada planta tem uma particularidade, seja em qual parte utilizar ou no modo de preparo. “A utilização de plantas medicinais exige conhecimento e perseverança por parte de quem vai utilizar. Muitas vezes o tratamento é longo e bem diferente dos remédios comprados em farmácias.”
Foram apresentados mais de 40 tipos de ervas, raízes, cipós e cascas de árvores que possuem alguma propriedade medicinal e dessas foi feito um registro por escrito do nome, parte da planta a ser utilizada, quais sintomas e doenças ela combate e o modo de preparo de cada uma.
De acordo com Nirta, o cuidado na preparação é essencial para que a planta não perca o efeito medicinal. “Hoje em dia já existem várias publicações no mercado disponíveis ao publico sobre plantas medicinais, portanto é importante sempre estudar e conhecer para saber quais os sintomas, determinada planta cura e a probabilidade de haver algum efeito colateral, que em alguns casos pode ser muito perigoso”, afirmou.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Alunos de instituição rural discutem Associativismo e Cooperativismo

Alunos de instituição rural discutem Associativismo e Cooperativismo

Encontro debateu a importância da gestão da propriedade rural e organização social

Alunos e professores do Centro Técnico de Educação Rural Abaitará (CENTEC) participaram de Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável, no dia 19 de maio. O encontro aconteceu em Santa Luzia do Oeste, em Rondônia, abordando o tema Associativismo e Cooperativismo.
A propriedade escolhida para o evento foi a do Sr. Antonio dos Santos Bezerra, que fica a 15km da cidade de Santa Luzia do Oeste e possui uma área total de 96 hectares com 4 hectares escolhidos para abrigar o Sistema Agroflorestal, onde estão plantados o cupuaçu, cacau, bandarra, açaí, banana entre outras.
O Centro Técnico de Educação Rural Abaitará (CENTEC), localizado na RO 010, KM 33 em Pimenta Bueno, é uma instituição de educação rural ligada ao Instituto de Educação Profissional do Estado de Rondônia (IDEP). O Centro forma técnicos nas áreas de Agronegócios, Agroecologia e Agropecuária e atende alunos de 38 municípios, integrando filhos de agricultores, quilombolas e indígenas. Os técnicos saem formados e certificados pelo CREA para atuarem nas respectivas áreas.
Segundo o professor Paulo Dimer Justo, que ministra Administração de Empresa Rural, o tema do Dia de Campo veio em bom momento. “Os alunos têm que entender que a gestão da propriedade rural é como a gestão de uma empresa.”
O proprietário rural Sr. Ilson Herculano Souza, que também é um beneficiário do PRS e esteve presente no evento, falou aos alunos sobre as suas conquistas na propriedade rural. Com área total de 175 hectares e 4 hectares de Sistema Agroflorestal contemplado pelo projeto, o Sr Ilson agora investe na piscicultura e vê um mercado em ascensão. “Quando fiz o primeiro plantio da teca (árvore para extração de madeira) várias pessoas me disseram que eu nunca veria aquilo dar algum lucro. Recentemente fiz o primeiro corte e obtive aproximadamente R$ 100.000,00 de lucro”, ressaltou. Para ele, uma das principais qualidades do gestor rural é a paciência e a persistência.
Os 70 participantes, ouviram o ATEC Fagner Richter, reforçar a importância das Associações e Cooperativas para maximizar os lucros e melhorar o escoamento da produção. Os agricultores presentes se interessaram em participar da associação já existente na localidade para reforçar os temas e tentar se reorganizarem, uma vez que muitos estavam ausentes das pautas da associação.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos Biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Adubação orgânica é tema de dia de campo em Marabá

Adubação orgânica é tema de dia de campo em Marabá

Adubos orgânicos melhoram a qualidade do solo

A adubação orgânica foi tema de Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido em Marabá, no sudeste do Pará. No evento, realizado no dia 12 de maio, foi mostrado como essa prática pode diminuir os impactos negativos no solo bem como, produzir adubo orgânico a partir da compostagem. A capacitação reuniu 13 produtores rurais.
A programação começou com uma palestra sobre os benefícios da adubação orgânica, que melhora as características físicas e biológicas do solo. Adubos orgânicos podem atuar como fertilizantes e ajudar no crescimento das plantas já que melhoram a composição do solo e assim, reduzem os efeitos tóxicos de outras substâncias.
Em seguida, houve a parte prática com apresentação de como fazer a compostagem a partir de materiais orgânicos, como restos de folhas, galhos e cascas. A compostagem contribui para redução de resíduos orgânicos, porque permite a utilização de restos de comida.
SOBRE O RURAL SUSTENTÁVEL – O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),  com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Agricultores da Bahia contemplados por Unidade Multiplicadora recebem orientações técnicas

Agricultores da Bahia contemplados por Unidade Multiplicadora recebem orientações técnicas

Orientações incluíram atividades de adequação ambiental

Com o objetivo de prestar uma assistência técnica para os agricultores familiares contemplados pelo Projeto Rural Sustentável, técnicos da cooperativa Agroambiental, realizaram no dia 08 de maio, no município de Presidente Tancredo Neves, uma visita técnica a uma Unidade Multiplicadora (UM). A propriedade escolhida foi a do Sr. Josenilton Roma, localizada no município Presidente Tancredo Neves, na Bahia.
A propriedade possuía uma área vazia com solo fraco, degradado e sem produtividade. Josenilton foi orientado a implantar uma área de produção com tecnologias e atividades de adequação ambiental a agora ele já usufrui dos benefícios de adotar um modelo de agricultura sustentável.
“Escolhi implantar um Sistema Agroflorestal (SAF), com feijão, banana da terra e cacau. Culturas que eu já conheço e já sei a forma de cultivo. Tive muita sorte em ser contemplado por esse projeto que além do recurso financeiro, me ajudou também na compra de insumos. Além disso, recebo assistência técnica que me motiva a usar compostos orgânicos e diminuir o uso de agrotóxicos”, explicou Josenilton.
Mateus Estevam, técnico responsável em prestar assessoria técnica da propriedade, afirmou que depois de aprovada a proposta, o agricultor já realizou o Cadastramento Ambiental e fez análises de solo para garantir que as recomendações de adubação fossem feitas da forma correta. “É importante garantir que o produtor realize as adubações com as necessidades das plantas e deficiências na terra, afirma Mateus.
O diretor da cooperativa Agroambiental, Júlio Santana, explica que o trabalho de Assistência Técnica (ATER), segue os princípios e diretrizes voltados para o desenvolvimento sustentável. “Por meio do PRS, pequenas ações estão acontecendo na região e que juntas estão contribuindo para o fortalecimento e crescimento da agricultura sustentável. O melhor é que os protagonistas desse cenário estão sendo os agricultores locais de Presidente Tancredo Neves, que é reconhecido por sua diversificação agrícola”, comentou Júlio

Manejo de pastagem é apresentado para estudantes de curso técnico em agropecuária

Manejo de pastagem é apresentado para estudantes de curso técnico em agropecuária

Alunos aprenderam como calcular o consumo de forragem a partir do capim usado na propriedade.

Com o tema “Manejo de Pastagem”, o Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou mais um Dia de Campo (DC) no Sítio Zaniboni III, do produtor Lino Zaniboni, localizado no município de Marcelândia.
A atividade contou com a presença de 48 pessoas entre técnicos, produtores rurais da região e 24 alunos do Curso de Técnico em Agropecuária da Secitec (Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação).
A palestra do médico veterinário, Edgar Antônio Rovani, explicou a importância de calcular o uso e ocupação do pasto da propriedade, através do índice UA/ha (Unidade de Animal por hectare) e o consumo de forragem que determina o desempenho de animais em pastejo.
“O consumo médio de forragem deve ser planejado de acordo com o capim que o produtor tem plantado na propriedade. Aqui na região, por exemplo, se utiliza bastante os capins divididos nos grupos da Brachiaria e Panicum”, explicou Edgar.
O capim do grupo Brachiaria apresenta como características, a reprodução por racemo (atinge diferentes alturas e apresenta presença de flores que se abrem em cachos), alta produtividade, baixo porte e maior capacidade de se espalhar na área. Já o capim Panicum apresenta reprodução por panícula (ramos que decrescem da base para o ápice, assumindo forma cônica ou piramidal),  capim nobre, alta produtividade, porte alto e permanece no sistema como plantas individuais com mais dificuldades de se espalhar.
“O pasto é o alimento mais barato para o rebanho e um bom pastejo pode diminuir os custos da produção em 50 a 60%”, afirma o produtor rural Lino Zaniboni.
O sítio do Seu Lino, tem 60,50 hectares, dos quais 4 hectares foram destinados para a Unidade Demonstrativa, onde foi desenvolvida a tecnologia apoiada pelo Rural Sustentável, Recuperação de Área Degrada com Pastagem (RAD/P).

Dia de campo em Rondônia aborda tecnologias de baixo carbono

Dia de campo em Rondônia aborda tecnologias de baixo carbono

Encontro reuniu produtores e palestrantes da Universidade Federal de Rondônia.

O Projeto Rural Sustentável(PRS), realizou no dia 1º de Maio, em Machadinho do Oeste, no estado de Rondônia, Dia de Campo (DC) para falar das tecnologias de baixo carbono. O evento foi realizado em parceria com a Embrapa, EMATER e Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e a participação de agricultores moradores de assentamentos da região.
Foram montadas tendas onde em cada uma foi abordado um assunto diferente e todos participaram em sistema de rodízio dos palestrantes.
Os palestrantes foram o engenheiro agrônomo da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Jhony Vendruscolo, que falou sobre Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P)  e Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta (RAD-F); o engenheiro florestal da UNIR, Ricardo Pereira Soteli, que falou sobre os Sistemas Agroflorestais (SAF´s) e utilização de agrotóxicos e defensivos agrícolas; o engenheiro florestal da UNIR, Diogo Martins Rosa, que  falou sobre Manejo de Produtos Florestais não Madeireiros, o técnico agropecuário, Emerson Vieira Silva, da EMATER,  falando sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e o gestor ambiental, Eliomar Silva Marques, que falou sobre o Plantio de Florestas Comerciais.
Estiveram presentes no evento agricultores dos Projetos de Assentamento Machadinho, Cedro Jequitibá, Santa Maria, Belo Horizonte, Santa Maria ll e Tabajara ll. Os agricultores trouxeram de suas propriedades frutas, mandioca, biscoitos, pães e sucos feitos com frutas locais para a realização do encontro.
O agricultor beneficiado pelo projeto, Edgar Francisco Lopes, cultiva em sua propriedade a pupunha, espécie de coco que se come cozido. Outro agricultor, Ederson Chaves Dias, além da pupunha, planta também café e o guaraná. Já o Sr Gerson Francisco de Souza, tem as culturas do café, o cacau e a bandarra que serve para retirada de madeira. Eles falaram sobre os benefícios do projeto e sobre os bons resultados alcançados.
“Um evento desse porte, realizado no dia em que se comemora o Dia do Trabalhador e com um público expressivo como o que tivemos aqui, fortalece cada vez mais a parceria dos moradores da região” concluiu o Sr Gerson.
Representantes da EMATER, finalizaram o evento falando sobre o cooperativismo e organização social.

Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

Cultivo do açaí é tema em dia de campo em Marabá

O evento reuniu 23 participantes no Sítio Sobral

O “Cultivo do açaí” foi o tema do Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado no dia 28 de abril, no Sítio Sobral, em Marabá/PA. O evento teve a participação de 23 pessoas, entre os quais, agricultores da comunidade rural Escada Alta. O objetivo foi mostrar como se ter maior produtividade e melhorar a qualidade da produção.
Os participantes conheceram as variedades de açaí, as condições e período de plantio, adubação e o espaçamento entre as plantas. Para o palestrante, Fernando Araújo, engenheiro florestal e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater/PA), é necessário que os produtores conheçam esses assuntos para que não haja perda na produtividade.
“O manejo e tratos culturais são importantes para assegurar que ao final da produção ele tenha uma quantidade de mudas de açaí produtivas. Com isso, o produtor rural não irá gastar tempo e dinheiro, para ter a quantidade de plantas necessárias para cobrir esses gastos obtidos no início do processo. É necessário que haja sobrevivência de mudas de 80% a 90% do plantio”, comentou o Fernando.
Houve também atividade prática em que foi mostrado aos produtores como utilizar o hidrogel, uma tecnologia já usada por produtores de eucalipto e que garante a sobrevivência das mudas, no período de seca. “Na época do verão, o hidrogel, faz com que a água fixe mais na raiz da planta, com isso, há maior possibilidade de sobreviver ao período seco. É uma tecnologia barata é que não vai suplementar toda a quantidade que é necessária no verão, mas pode garantir a sobrevivência das mudas, principalmente, no primeiro ano”, explica Araújo.
O produtor rural, Osiel Fonseca, já teve perdas de mudas por falta de informação no trato. Agora ele garante que não terá mais. “Pude tirar as minhas dúvidas sobre o açaí. Acho muito importante isso, pois, na zona rural é difícil o acesso a essas informações. Já tivemos perda com a produção, por não conhecer certas técnicas que foram repassadas aqui, como por exemplo, o uso do hidrogel, no período mais seco”, falou o agricultor.
Já a produtora rural, Benilde Pereira da Conceição, viu com outros olhos a produção do açaí. “Por ser uma planta nativa, eu achava que plantar açaí seria fácil. Mas vimos que precisamos ter mais atenção com adubação, espaçamento e outras técnicas que melhoram a produção, inclusive, no plantio das mudas”, finaliza a agricultora.

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Sistemas de produção geram renda e conservam os recursos naturais

Alunos de universidade no Paraná participam de capacitação sobre tecnologias de baixo carbono

Com a perspectiva de disseminar conhecimento sobre a melhoria das práticas de uso da terra e manejo florestal, o Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 26 de abril, em Dois Vizinho, uma aula de campo tratando da implantação e manejo de Florestas Comerciais. Tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto.

O Dia de Campo recebeu alunos dos cursos de engenharia florestal e agronomia da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), campus Dois Vizinhos e contou com 26 participantes, incluindo o professor Laércio Sartor, responsável pelo grupo e também proprietário da Unidade Demonstrativa (UD) beneficiada pelo Rural Sustentável.

O técnico Carlos Mezzalira, destacou que os bons resultados observados na floresta de eucalipto implantada há apenas 3 anos, estavam associados principalmente: a utilização da cobertura de solo deixada pela antiga cultura de pinus; a adubação adequada no momento do plantio e a escolha das mudas, uma espécie “clonada” de alto rendimento. O técnico destacou também a inexistência de processos de erosão na área de tecnologia implantada, devido ao manejo adequado utilizado pelo proprietário.

Para Laércio, o projeto é importante para os pequenos agricultores pois se propõe a transmitir conhecimentos em relação à sustentabilidade nos processos de produção, em especial sob a perspectiva da conservação ambiental: “Um foco muito bacana do projeto é mostrar ao produtor que é possível aumentar o rendimento sem a ideia antiga de utilizar somente o desmatamento. Isso com certeza, ocasionou a perda de solo e aumento dos processos de erosão nas lavouras aqui da nossa região”.

O professor destaca também que as tecnologias apoiadas, como os sistemas de Integração Lavoura Pecuária Florestas (iLPF), ampliam a visão do agricultor que antes, por falta de conhecimento técnico, dependia somente de uma fonte de renda principal, gerada pelos processos de produção agrícola.