Oficina conscientiza para a importância da unidade familiar no campo
Oficina conscientiza para a importância da unidade familiar no campo
Produtores de Alta Floresta participam de conversa sobre o valor das mulheres e jovens na propriedade rural.
O primeiro módulo da Oficina dos Familiares do Projeto Rural Sustentável no estado do Mato Grosso, aconteceu no município de Alta Floresta, no dia 05 de outubro, em uma área destinada a eventos do Hotel Floresta Amazônica.
Estiveram presentes 81 produtores entre jovens e adultos, 4 ATEC’S (Assistentes técnicos do PRS) e 5 crianças. O segundo módulo está marcado para dia 16 de outubro, no sítio Sombra da Mata, também no município de Alta Floresta.
A oficina foi conduzida pelos facilitadores Nilo Sander e Thatiane M. da Costa com a metodologia denominada “café com prosa”, onde os produtores são organizados em em grupos aleatórios de 5 pessoas para discutir os diferentes pontos de vista e contribuir de forma coletiva às questões abordadas.
Por meio destas oficinas, o Projeto Rural Sustentável possibilita diálogos entre os produtores de diferentes regiões, idades e pontos de vista. O filho de produtor rural e estudante de agronomia, Roberto Patel Júnior, percebeu que as dificuldades são comuns a todas as famílias, independentes da região ou tamanho da propriedade.
Ao final do encontro, houve troca de sementes entre os produtores, simbolizando as atividades do dia de trabalho como uma troca de experiências, levando a semente para plantar e garantir a colheita de bons frutos no futuro.
Beneficiários do Projeto Rural Sustentável participam de Oficina em Minas Gerais
Beneficiários do Projeto Rural Sustentável participam de Oficina em Minas Gerais
A união familiar foi o tema deste primeiro encontro
Aconteceu no dia 5 de outubro de 2018, no Internato Rural, em Teófilo Otoni, o 1º módulo da Oficina com produtores rurais da microrregião, formada pelos Municípios de Novo Oriente de Minas e Teófilo Otoni, para contemplados pelo Projeto Rural Sustentável e seus familiares.
A oficina ocorreu a partir de uma metodologia participativa denominada “Café com Prosa” em que os participantes, organizados em grupos, respondiam perguntas sobre os desafios já enfrentados pela família e como enxergavam sua família e a comunidade em que vivem, em uma visão futura de 5 anos.
A colheita da produtividade dos grupos foi apresentada aos participantes, onde eles optaram pela metodologia mais adequada, destacando os fatos e situações com palavras-chave, desenhos, debates, entre outras formas.
Os facilitadores Fernanda Rodrigues e Daniel Mujalli conduziram o evento e destacaram a importância do envolvimento de todos os membros dos familiares nas decisões, além de buscarem soluções em conjunto na comunidade em que vivem, por meio associações ou cooperativas. Um dos destaques foi amostrar a importância de se fortalecer as associações no meio rural.
O 2º módulo da oficina para os beneficiários desta microrregião está marcado para o dia 18 de outubro na Eco Fazenda Santo Antônio, também no Município de Teófilo Otoni.
As produtoras rurais Valcilene Rodrigues e Joana Gomes, gostaram de ter participado do evento e concordaram que foi um dia de muito aprendizado. As duas produtoras pretendem participar do segundo encontro.
As próximas oficinas por microrregião acontecerão em outros municípios, conforme agenda:
Itambacuri Mod 1 – R2 – 30/10
Mod 2 – R2 – 10/11
Padre Paraíso Mod 1 – R3 – 01/11
Mod 2 – R3 – 13/11
Malacacheta Mod 1 – R4 – 06/11
Mod 2 – R4 – 20/11
Capelinha Mod 1 – R5 – 08/11
Mod 2 – R5 – 22/1106
Protagonismo feminino e inclusão de jovens é tema de encontro na Bahia
Protagonismo feminino e inclusão de jovens é tema de encontro na Bahia
Oficina reúne famílias de produtores rurais beneficiários do Projeto Rural Sustentável.
No último dia 03 de outubro de 2018, no auditório da Universidade Estadual da Bahia-UNEB XV, em Valença, reuniram-se cerca de 90 produtores rurais (jovens e mulheres) dos municípios de Nilo Peçanha, Taperoá e Valença, beneficiários direto ou indireto pelo Projeto Rural Sustentável.
No encontro denominado de “Café com Prosa”, foi possível realizar com os participantes um diagnóstico local da realidade vivenciada por cada um deles e conhecer um pouco mais o que pensam e como trabalham os
O objetivo das oficinas foi promover o protagonismo feminino, a inclusão social e a construção de redes de diálogo permanentes, para a superação do isolamento social e melhoria da qualidade de vida sob a perspectiva da sustentabilidade, considerando os desafios e as particularidades que envolvem as relações sociais dos jovens e das mulheres no campo.
“Trabalhar a família do produtor foi uma iniciativa acertada do projeto,” relatou a jovem agricultora familiar Beatriz de Souza “É sempre bom participar de atividades como essas, conhecer pessoas de outro local, mas que apresentam muita coisa em comum com a gente.”
Confira abaixo as datas das próximas oficinas no estado da Bahia:
Valença Mod 1 - R1 - 03/10
Mod 2 - R1 - 16/10
Piraí do Norte Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 17/11
Igrapiúna Mod 1 - R3 - 05/11
Mod 2 - R3 - 19/11
Pres. Tancredo Neves
Mod 1 - R4 - 07/11 Mod 1 - R5 - 09/11
Mod 2 - R4 - 21/11 Mod 2 - R5 - 23/1105
Qual o papel das mulheres e jovens na propriedade rural?
Qual o papel das mulheres e jovens na propriedade rural?
Oficina promove troca de experiências e diálogo entre familiares dos beneficiários do Projeto Rural Sustentável
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou, no dia 01 de outubro, o primeiro módulo da oficina com famílias de agricultores de Medicilândia, no Pará, no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR). O evento reuniu 50 pessoas, que participaram de atividades voltadas ao protagonismo feminino e a participação do jovem no campo.
Além de beneficiários do projeto, houve a participação de outras famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais, representantes de movimento de mulheres e grupos de jovens. “É importante momentos como esse para se debater políticas públicas voltadas para o campo. O êxodo rural acontece porque não existem políticas públicas para o trabalhador rural. A mesma situação ocorre com o jovem, que sai do campo por não ter educação especial voltada para o meio rural”, ressaltou Renato Bezerra dos Santos, filho de trabalhador rural.
Para agricultora familiar Sueli Pereira de Oliveira, uma das beneficiárias do PRS, o momento foi “muito importante porque a gente pode trocar ideias e conhecer a realidade do outro. Foi de muita aprendizagem”. Para ela, o evento foi uma forma de valorizar a mulher. “Antigamente a mulher era mais submissa e hoje a mulher está em todos os campos de serviço. Na nossa propriedade eu e meu marido resolvemos tudo juntos.”
Confira abaixo as datas dos próximos encontros no estado do Pará:
Pará
Medicilândia Mod 1 - R1 - 01/10
Mod 2 - R1 - 09/10
Tailândia Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 20/11
Marabá Mod 1 - R3 - 06/11
Mod 2 - R3 - 24/11
Tucumã Mod 1 - R4 - 09/11
Mod 2 - R4 - 27/11
Santana no Araguaia Mod 1 - R5 - 13/11
Mod 2 - R5 - 30/11
Oficinas sobre integração familiar no campo tem início na região sudoeste do Paraná
Oficinas sobre integração familiar no campo tem início na região sudoeste do Paraná
Papel dos homens, mulheres e jovens no meio rural foi tema dos encontros
A comunidade da Palmeirinha, em Itapejara D’Oeste, foi sede da primeira oficina realizada pelo Projeto Rural Sustentável, com o objetivo de melhorar a relação entre os atores que vivem e trabalham no meio rural.
O encontro ocorreu no dia 01 de outubro e contou com 60 participantes de diversas comunidades rurais de dois municípios - Verê e Itapejara. A metodologia de trabalho estimulou a reflexão entre os representantes dos núcleos familiares presentes na oficina, em especial, produtores, mulheres e jovens.
Diferente das palestras convencionais, o “Café com Prosa” (metodologia adaptada do “Café Mundial”), promoveu abertura para troca de experiências entre os participantes que, entre dinâmicas cooperativas e conversas em pequenos grupos, construíram a partir do seu próprio conhecimento, conteúdos voltados para o desenvolvimento social, econômico e ambiental dentro de cada comunidade.
Os facilitadores, presentes na condução da oficina, envolveram os produtores e produtoras com o tema, dando destaque ao papel de cada membro da família no contexto da vida no campo, sensibilizando para a importância do protagonismo feminino e da inclusão de jovens no meio rural.
Dona Lindamir, mãe, esposa e produtora rural da comunidade da Palmeirinha, falou sobre a experiência de ter participado da oficina: “Foi um dia muito especial, aprendi muito, conheci pessoas das comunidades vizinhas e também fiz novas amizades. Estudei só quatro anos na minha vida, mas hoje, posso afirmar que fiz uma faculdade”, destacou ela.
A agricultora também deixou claro que irá participar do próximo encontro que acontece nesse núcleo de trabalho (Itapejara e Verê). A oficina terá continuidade no dia 11 de outubro, desta vez, na propriedade do Sr. Raul Dall’Agnoll, produtor contemplado pelo Rural Sustentável e que gentilmente cedeu o espaço para a realização da segunda etapa da oficina.
Para saber mais, acesse: http://www.ruralsustentavel.org/ ou fale com nossa assessoria: (41) 9 91377322 (Marcus Vinícius) ou (61) 9 99785223 (Maria Cecília)
Projeto Rural Sustentável promove diálogo entre familiares de produtores rurais
Projeto Rural Sustentável promove diálogo entre familiares de produtores rurais
Homens, mulheres e jovens construindo juntos as decisões na propriedade
Com o propósito de melhorar a relação entre produtores, mulheres e jovens e construir diálogos permanentes entre os atores que vivem e trabalham no meio rural, o Projeto Rural Sustentável vai realizar oficinas para os beneficiários, nos sete estados integrantes da iniciativa.
A idéia é promover o protagonismo feminino e a inclusão de jovens no meio rural, com a construção de redes de diálogos interativos e transparentes, para a superação do isolamento social e melhoria da qualidade de vida sob a perspectiva da sustentabilidade, considerando os desafios e as particularidades que envolvem as relações sociais dos jovens e das mulheres no campo.
Os encontros também vão promover e disseminar o potencial das tecnologias de baixo carbono propostas pelo Projeto para gerar oportunidades de produção sustentável e renda ás mulheres e aos jovens rurais.
As oficinas serão realizadas priorizando o núcleo familiar dos produtores rurais beneficiados pelo projeto, promovendo o diálogo intergeracional e intergênero distribuídos da seguinte forma:
- 10 oficinas por Estado, cada Estado dividido em 5 microrregiões;
- 2 oficinas por microrregião, divididas em Módulo 1 e Módulo 2 (média 15 dias de intervalo).
Veja abaixo as datas e as localidades onde as atividades vão acontecer:
Bahia
Valença Mod 1 - R1 - 03/10
Mod 2 - R1 - 16/10
Piraí do Norte Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 16/11
Igrapiúna Mod 1 - R3 - 05/11
Mod 2 - R3 - 19/11
Pres. Tancredo Neves
Mod 1 - R4 - 07/11 Mod 1 - R5 - 09/11
Mod 2 - R4 - 21/11 Mod 2 - R5 - 23/11
Minas Gerais
Teófilo Otoni Mod 1 - R1 - 05/10
Mod 2 - R1 - 18/10
Itambacuri Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 10/11
Padre Paraíso Mod 1 - R3 - 01/11
Mod 2 - R3 - 13/11
Malacacheta Mod 1 - R4 - 06/11
Mod 2 - R4 - 20/11
Capelinha Mod 1 - R5 - 08/11
Mod 2 - R5 - 22/11
Mato Grosso
Alta Floresta Mod 1 - R1 - 05/10
Mod 2 - R1 - 16/10
Cotriguaçu Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 23/11
Juína Mod 1 - R3 - 20/11
Mod 2 - R3 - 27/11
Nova Canaã do Norte Mod 1 - R4 - 06/11
Mod 2 - R4 - 13/11
Terra nova do Norte Mod 1 - R5 - 09/11
Mod 2 - R5 - 16/11
Pará
Medicilândia Mod 1 - R1 - 01/10
Mod 2 - R1 - 09/10
Tailândia Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 20/11
Marabá Mod 1 - R3 - 06/11
Mod 2 - R3 - 24/11
Tucumã Mod 1 - R4 - 09/11
Mod 2 - R4 - 27/11
Santana no Araguaia Mod 1 - R5 - 13/11
Mod 2 - R5 - 30/11
Paraná
Itapejara D’Oeste Mod 1 - R1 - 01/10
Mod 2 - R1 - 11/10
Dois Vizinhos Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 12/11
Francisco Beltrão Mod 1 - R3 - 01/11
Mod 2 - R3 - 14/11
Bandeirantes Mod 1 - R4 - 20/11
Mod 2 - R4 - 27/11
Paranaíva Mod 1 - R5 - 22/11
Mod 2 - R5 - 29/11
Rondônia
Ariquemes Mod 1 - R1 - 03/10
Mod 2 - R1 - 11/10
Machadinho D’Oeste Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 20/11
Theobroma Mod 1 - R3 - 01/11
Mod 2 - R3 - 06/11
Rolim de Moura Mod 1 - R4 - 14/11
Mod 2 - R4 - 26/11
Cerejeiras Mod 1 - R5 - 12/11
Mod 2 - R5 - 29/11
Rio Grande do Sul
Ciríaco Mod 1 - R1 - 09/10
Mod 2 - R1 - 20/10
Frederico Westphalen Mod 1 - R2 - 30/10
Mod 2 - R2 - 24/11
Machadinho Mod 1 - R3 - 06/11
Mod 2 - R3 - 22/11
Vacaria Mod 1 - R4 - 09/11
Mod 2 - R4 - 20/11
Agudo Mod 1 - R5 - 12/11
Mod 2 - R5 - 27/11
Pastagem irrigada voltada a agricultura familiar
Pastagem irrigada voltada a agricultura familiar
Solução pode manter a produção de leite durante o período da seca
No estado de Mato Grosso é comum ter longos períodos de seca, podendo durar de 5 a 6 meses sem chover. Com isso os produtores são obrigados a recorrer à compra de insumos gerando altos gastos na produção de leite, porque para produzir, o animal precisa estar bem alimentado.
Uma alternativa que se mostra viável é a instalação de irrigação em pastagem. Este foi o tema do Dia de Campo, realizado no dia 11 de Setembro, no Sítio Zaniboni III, localizado no munícipio de Marcelãndia, no Mato Grosso, de propriedade do Sr. Antônio Zaniboni e sua família.
Segundo o veterinário João Luiz Campana de Moraes, para uma melhor eficiência do sistema é realizada uma combinação de pastagem rotacionada e irrigação. O pasto é dividindo entre piquetes, que são pequenas parcelas que variam de acordo com o tamanho da propriedade, e a quantidade de animais.
Esta combinação de pastejo rotacionado e irrigado gera um elevado aumento de produtividade. Para se ter uma ideia, uma pastagem não irrigada comporta 1 unidade/animal por hectare, já no modelo de pastagem rotacionada e irrigada, o número pode chegar à 12 unidades/animais por hectare, além de aumentos significativos na produção do leite.
O proprietário Sr. Antônio Zaniboni explicou que teve um custo médio de R$6.000,00/ha (seis mil reais por hectare) gastos na montagem do sistema de irrigação e que sua conta de energia teve um aumento de R$180,00/mês (cento e oitenta reais por mês) em razão da motobomba que bombeia agua do rio. O sistema, no entanto, se mostrou viável resultando na compra de menos insumos e um aumentou na quantidade de leite produzido diariamente.
Os custos com o sistema de irrigação pode variar de acordo com a tecnologia utilizada. Existem no mercado uma grande variação de marcas e modelos utilizados, alguns automatizados e com alta durabilidade e outros mais simples porém que atendem a demanda da agricultura familiar. Na maioria das vezes, a empresa que fornece os equipamentos orienta na montagem e manutenção do sistema, tornando possível esta tecnologia para o pequeno produtor.
Feira é oportunidade para saber mais sobre cultivo de morangos e energia fotovoltaica
Feira é oportunidade para saber mais sobre cultivo de morangos e energia fotovoltaica
Atividades para juventude e troca de biodiversidade foram outras atrações
Mais de 200 jovens e produtores rurais passaram pelo espaço do Projeto Rural Sustentável na IV Feira da Agricultura e Produção Familiar de Agudo, na região central do Rio Grande do Sul,nos dias 20 e 21 de setembro. A atividade ofereceu oficinas sobre cultivo de morangos, energia fotovoltaica, jardinagem, produção de orquídeas e cervejas artesanais.
Os jovens estiveram reunidos durante toda a sexta-feira, 21, no Seminário da Juventude, que discutiu as mudanças da adolescência, prevenção ao suicídio e as relações familiares e de amizade nesta fase da vida. A programação incluía a visita pelos espaços da feira aprendendo sobre o cultivo de morangos e sobre energia solar – uma fonte alternativa de geração.
À tarde os estudantes de escolas rurais e urbanas, acompanhados dos professores, realizaram uma constelação familiar, psicoterapia em que se simula relações familiares permitindo localizar problemas e dificuldades mal resolvidas.
A feira também teve na sua programação o espaço de troca de biodiversidade que reuniu produtores e participantes do evento para troca de mudas e sementes nativas e crioulas como diversos tipos de milho, açaí juçara, caraá, tomate, entre outras.
Os produtores de leite integrantes do Programa de Leite Municipal (ProLeite) –participaram do sorteio de três novilhas entre aqueles que mantiveram uma produção mínima no último ano. O ProLeite é uma política pública para o desenvolvimento da atividade leiteira local. "Com o ProLeite a atividade leiteira se consolidou e hoje é a terceira fonte de arrecadação do setor primário de Agudo”, afirma o chefe do Escritório Municipal da Emater de Agudo, veterinário Diego Katzer.
O CTG Sentinela do Jacuí recebeu também exposição de artesanato, brinquedos para as crianças, exposição de animais e mateada – local onde se fornecia água quente e erva para o tradicional chimarrão gaúcho e um brechó solidário em prol da cooperativa de Catadores de Agudo.
A região tem forte colonização italiana e alemã, e contou com a venda de produtos coloniais também em exposição na Feira. “A feira é um importante espaço para troca de informações entre os produtores da região e de mostrar o que a agricultura familiar de nosso município tem feito”, destaca Luiz Eugênio Jacobs, técnico da Emater credenciado pelo PRS, para dar assistência aos beneficiários do projeto.
No sábado, 22, pela manhã, ocorreu o II Seminário Regional de Saúde Popular Comunitária, trazendo os saberes populares na utilização de plantas bioativas como método de cura e prevenção de doenças.
Óleos essenciais com plantas nativas são alternativa para diversificar atividades, mas seu uso é desafiador
Óleos essenciais com plantas nativas são alternativa para diversificar atividades, mas seu uso é desafiador
Alimentação do dia de campo contou com produtos da biodiversidade gaúcha
Picolé de goiaba, uvaia, araçá vermelho, butiá, açaí juçara, bergamota e guabiroba. Estes foram alguns dos produtos feitos a partir de plantas nativas que puderam ser experimentados no Dia de Campo, realizado em 11 de setembro, em Vacaria, no noroeste gaúcho.
Professores e estudantes do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) visitaram a propriedade de Idarci Luiz Orsato, de 11 hectares, sendo 1,3 de Unidade Demonstrativa do Projeto Rural Sustentável usadas para o Sistema Agroflorestal (SAF) e experimentaram na prática as atividades no campo. Parte do grupo auxiliou na poda da área em que Idarci implantou o SAF.
O técnico do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), Alvir Longhi , que presta assistência ao Idarci, por meio do Projeto Rural Sustentável, explicou que a área do produtor, está dentro da área de atuação do Cetap que trabalha na região dos Campos de Cima da Serra desde 2011. A proposta da implantação de Sistemas Agroflorestais é voltada à conservação ambiental em especial da água e resgate de valorização das plantas nativas.
Além de degustar os picolés, professores universitários, estudantes de pós graduação e técnicos de extensão rural puderam trocar informações sobre agroflorestas e conhecer um pouco mais sobre os óleos essenciais. Além disso, Idarci disponibilizou para degustação alguns alimentos produzidos no próprio local como biscoitos de pinhão, sucos de frutas nativas e salada de radicci.
Os picolés são feitos a partir de polpas produzidas por diversos agricultores, processadas e embaladas por uma indústria da região. Os produtos do pinhão, são feitos a partir de uma massa feito pelos próprios produtores. Pastel de pinhão, por exemplo é produzido por meio do manejo de florestas nativas.
Os participantes receberam informações sobre a produção de óleos essenciais e sabonetes a partir de plantas nativas. Óleos essenciais são substâncias produzidas pelas plantas e que, conforme a espécie, ficam armazenadas em pequenas bolsas nas flores, folhas, frutos e até nas raízes. Receberam esse nome, por conterem o perfume especial de cada espécie.
Joana Bassi, bióloga da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, apontou o potencial dos óleos na produção de sabonetes para corpo e cabelo, explicando que ainda existem usos das plantas nativas que ainda são pouco exploradas. “Existe uma demanda de mercado, mas é preciso direcionar estes manejos atrelados à conservação e à sistemas agroflorestais para poder aproveitar na geração dos óleos”, explica. Myrtacea, pitanga, jaboticaba, guamirim, goiaba serrana, jerivá que tem grande produção de óleo vegetal, a amêndoa do côco do butiá e o açaí juçara são algumas das plantas que pode ser usadas.
Os desafios para o seu uso passam por um desconhecimento do uso das nativas (já que a exploração focou mais em espécies cosmopolitas), ausência de pesquisa científica e também falta de tecnologia adequada para produção. Uma forma de resolver este problema, segundo Joana, é aliar a preservação. O butiá, por exemplo, tem 8 espécies diferentes, sendo que todas se encontram na lista de espécies ameaçadas de extinção no Rio Grade do Sul. “O manejo precisa envolver restauração de áreas”, aponta a bióloga.
Planejamento e gestão como ferramentas de sucesso no meio rural
Planejamento e gestão como ferramentas de sucesso no meio rural
Futuros profissionais da extensão rural recebem reforço sobre prestação de serviço com qualidade
O município de Itapejara D’Oeste, no Paraná, foi palco nos dias 03 e 04 de setembro, de dois Dias de Campo que abordaram como conteúdos a importância do planejamento e da gestão adequada das áreas de produção agrícola, como ferramentas de conservação do solo e sucesso no meio rural.
Os eventos foram realizados pelo Projeto Rural Sustentável (PRS) como ação de capacitação sobre agricultura sustentável, utilizando as tecnologias de baixo carbono. O tema exposto no dia de campo foi o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
As capacitações foram realizadas em Unidades Demonstrativas (UDs) que servem como referência para a execução dos eventos técnicos por já terem implantadas uma ou mais tecnologias inseridas no Plano ABC.
No dia 03, o evento foi realizado na propriedade do Sr. Raul Dall’Agnoll e contou com a participação de 26 alunos do curso de Medicina Veterinária. O Dia de Campo realizado na terça (dia 04), reuniu 16 alunos do curso de agronomia e foi realizado na unidade da agricultora Lúcia Lanhi, localizada no Ipiranga, zona rural do município. Ambas as turmas provenientes da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP), Sede Dois Vizinhos.
O técnico responsável pela realização dos Dias de Campo, Jean Mezzalira, falou aos universitários sobre a importância do olhar sistêmico sobre a propriedade. Jean destacou a necessidade do planejamento adequado em função de algumas características básicas, como: perfil geográfico da área, condições de conservação do solo, características climáticas, disponibilidade de conhecimento técnico do produtor e as ferramentas que ele dispõe para o trabalho.
“É fundamental orientar o agricultor para que ele tenha o melhor aproveitamento no processo de produção, lembrando sempre que as técnicas apoiadas pelo Rural Sustentável, que priorizam a conservação do meio ambiente, irão com toda certeza, garantir a sustentabilidade do sistema e o aumento da produção”, afirmou ele.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Itapejara D’Oeste, Fernando Mantuvani, presente em ambos os eventos, destacou a contribuição do Projeto ao município e a realização dos Dias de Campo como ferramenta de capacitação. “Vocês devem aproveitar os conteúdos tratados aqui, pois sabemos que muitos agricultores ainda cometem erros que já não são mais aceitáveis no meio rural”, finalizou ele.