Estudantes baianos aprendem a fazer biofertilizante orgânico natural

Estudantes baianos aprendem a fazer biofertilizante orgânico natural

Produto contribui para o melhor desenvolvimento das plantações

A troca do conhecimento popular, aliado as práticas sustentáveis de preservação do meio ambiente. Esse foi o objetivo do Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado no dia 17 de abril, na Casa Familiar Rural (CFR), no município de Presidente Tancredo Neves, na Bahia.  O evento abordou o tema Produção de biofertilizantes e contou com a participação de alunos do ensino médio, filhos de agricultores familiares e que residem na zona rural do município.
A atividade foi iniciada com a apresentação do projeto, enfatizando a importância da implantação das tecnologias de baixo carbono para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. As palestras abordaram sobre a importância da implantação das tecnologias de baixo carbono e incentivou os estudantes a repensarem as práticas adotadas em suas propriedades. Seja no plantio utilizando a diversificação de culturas, manejo dos solos ou na recuperação de áreas degradadas.
“É muito gratificante saber que o Projeto Rural Sustentável está conseguindo atingir sua meta, que é mudar a mentalidade de quem vive no campo. Quando vejo o interesse dos estudantes, em conhecer as tecnologias e as práticas adotadas para preservar o meio ambiente, já percebo um grande avanço. Ações como esta, tem que prevalecer e se consolidar cada dia mais nas escolas das comunidades rurais”, disse a técnica agrícola Neuzi.
A agricultora Leda Amparo, é beneficiária das ações do projeto e tem em sua propriedade um Sistema Agroflorestal (SAF). Dona Leda e a técnica agrícola, Neuzi, ensinaram na prática, como produzir um biofertilizante orgânico natural, feito com produtos simples e com nutrientes essenciais para as plantas.
“Estamos apresentando um produto muito usado na roça, que ajuda a manter o equilíbrio nutricional das plantas, conferindo a elas maior resistência ao ataque de pragas e doenças”, disse a agricultora Leda Amparo. Água, folhas de salsa, fosfato natural e cinzas são alguns dos ingredientes usados para fazer o biofertilizante liquido. A mistura pode ser batida e ser armazenada, de 30 a 60 dias para formar uma calda. Após esse processo, deve ser coado e colocado em um pulverizador e aplicado nas plantas de 15 em 15 dias, ou mesmo de mês em mês.
O estudante Thiago Souza, comentou que a escola trabalha em regime de alternância, o que permite colocar em prática tudo aquilo que aprendeu nas aulas em casa. “Somos empresários rurais que vivem em busca de novos conhecimentos para aplicar em nossa propriedade, e hoje estamos apostando em uma agricultura sustentável, fazendo o uso de tecnologias que preservem o meio ambiente”, declara Thiago.
Participaram do Dia de Campo, 57 alunos da escola Casa Familiar Rural. Os alunos estudam disciplinas do ensino médio e tecnologias para trabalhar com a terra, colocando em prática a maneira mais adequada de lidar com a realidade do campo.

Sustentabilidade, conservação e geração de renda no campo

Sustentabilidade, conservação e geração de renda no campo

Planejamento e diversificação são soluções para proteger solo e nascentes

“Sustentabilidade, conservação e renda”. Esse foi o tema abordados em dois dias de campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovidos nos dias 14 e 15, na Chácara Prata e Sítio Vale do Paraíso, ambas localizadas em Marabá, no sudeste paraense. Os eventos tiveram a participação de 65 pessoas, entre produtores rurais e estudantes universitários.
A agricultura itinerante ainda é muito praticada por agricultores e causa impactos negativos ao meio ambiente, já que para preparar uma determinada área para o plantio produtores utilizam o fogo e formas inadequadas de derrubadas de árvores.
“É uma prática em que se derruba e planta árvores sem preocupação com o manejo sustentável da terra. A ideia é que os produtores realizem um planejamento e que aproveitem as áreas já abertas”, explica Paulo Henrique, engenheiro agrônomo e agente de assistência técnica do PRS.
No Dia de Campo, foi apresentado como os produtores podem elaborar um planejamento tendo em vista a proteção ao solo e as nascentes na propriedade. Além disso, os participantes conheceram formas de diversificar a produção e ampliar a renda durante o ano, uma forma de aproveitar todos períodos de plantio do calendário agrícola.

Cultivo de banana da terra promove mudança econômica

Cultivo de banana da terra promove mudança econômica

Atividade pode melhorar renda de agricultores do Baixo Sul da Bahia

Agricultores familiares do Município de Presidente Tancredo Neves, na Bahia, apostam no cultivo da banana da terra, como forma de melhorar a renda na produção agrícola. O fruto se apresenta na maioria das fazendas da região, seja para consumo próprio ou para comercialização. Com o objetivo de propagar esta cultura na região, o Projeto Rural Sustentável, realizou no dia 13 de abril, um Dia de Campo sobre o cultivo da fruta.

O encontro na sede da Associação de Moradores da comunidade de Ouro Preto, localizada na zona rural do município, reuniu 30 agricultores familiares, que buscavam adquirir conhecimento técnico sobre o cultivo. Os assuntos tratados foram custos de produção, seleção de mudas, preparo do solo, irrigação, controle de pragas e comercialização.

A atividade foi conduzida pela técnica em agropecuária, Neuzi Souza Santos, que apresentou as diferentes fases de desenvolvimento do cultivo da banana da terra. Neuzi explicou, que é muito importante selecionar boas mudas. “As mudas podem definir o sucesso da produção. Quando bem selecionadas, as mudas se adaptam muito bem aos tratos culturais que a planta exige e o agricultor pode colher frutos de excelência. Oriento mudas do tipo chifrão, chifre ou chifrinho, sendo a mais indicada para a nossa região a chifre e chifrão, que possuem baixa probabilidade para ataques de pragas ou doenças” explica Neuzi.

No Dia de Campo, os produtores visitaram um bananal em produção, visualizaram na prática o plantio de mudas, aprenderam a fazer covas segundo a medida técnica correta para o plantio de banana da terra e seguir o critério correto do espaçamento entre plantas.

Os produtores também foram orientados sobre adubação de fundação, utilizando uma fonte fósforo e matéria orgânica a exemplo da compostagem. A indicação recomendada pela técnica foi a análise de solo, que indicará a quantidade de nutrientes e o período para ser feita a adubação.

Outro tema discutido no encontro, foram as doenças e pragas que atingem a bananeira, a exemplo da sigatoka negra, sigatoka amarela e moleque da bananeira. Pragas que podem devastar toda a produção. A indicação para o controle dessas doenças é a poda sanitária, roçagem para o controle de ervas e daninhas e ensacamento do fruto.

Para colheita, foi explicado que não se deve permitir que o cacho de banana seja ralado, pois isso impacta no processo de comercialização. A banana da terra deve ser colhida antes da maturação porque perde o valor comercial. Também é preciso fazer lavagem dos cachos, eliminando manchas e fungos que possam haver no fruto. Para o transporte não é indicado o uso das palhas. A carga deve ser coberta por uma lona até o local de entrega.

O agricultor Josino Sampaio de Souza, achou o Dia de Campo, muito proveitoso. “Já somos produtores de banana da terra, mas participar de um evento como esse é sempre enriquecedor. Aumentamos bastante o nosso nível de conhecimento sobre o cultivo de banana da terra, em especial a atividade prática, que nos mostrou a técnica correta de plantio.” disse o agricultor.

A Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), já fornece a banana para a produção chips, que leva óleo vegetal e sal. A cooperativa se encarrega do processo de produção, embalagem e fornecimento para os grandes supermercados a preço justo e competitivo.

O Dia de Campo sobre o cultivo da banana da terra, faz parte das atividades realizadas pelo Projeto Rural Sustentável, na Bahia. As atividades acontecem nas Unidades Demonstrativas (UD), propriedades já contempladas com as ações do projeto, onde os agricultores que adotam as práticas de agricultura de baixo carbono, são remunerados.

Essa capacitação teve como anfitrião o agricultor João Pereira Melo, que já possui uma UD em sua propriedade, com os cultivos de cacau, banana da terra, cupuaçu e seringueira.

“Participar desse projeto é uma satisfação, porque ele nos incentiva a cuidar melhor do meio ambiente. Já houve uma grande mudança nessa região após a chegada do Rural Sustentável. O comportamento dos agricultores mudou e eles estão plantando cada vez mais e preservando área de mata e nascentes. Hoje você não tem ninguém mais desmatando, graças ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Projeto”, afirmou seu João.


Frutas desidratadas como fonte de renda para agricultoras baianas

Frutas desidratadas como fonte de renda para agricultoras baianas

Curso uniu teoria e prática mostrando as etapas da atividade

Ingressar em uma nova atividade que traga renda e seja de baixo custo é o principal objetivo de um grupo de agricultoras do Município de Piraí do Norte, na Bahia. O Projeto Rural Sustentável (PRS), promoveu no dia 12 de abril, uma capacitação sobre desidratação de frutas, trazendo conhecimento sobre de técnicas de conservação, desidratação e comercialização.
O curso foi ministrado por duas agricultoras Luzia dos Santos Andrade e Martinha dos Santos, que já conhecem a técnica e replicaram os conhecimentos para os demais participantes. Com 4 horas de duração, o curso foi realizado na cozinha da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade do Km 29, na zona rural do município.
O monitor do Projeto André Luiz, explicou as vantagens da comunidade participar de uma atividade como esta. “A região tem um excelente potencial produtivo de frutas. Em cada propriedade, existem em média, cinco variedades de frutas, que muitas vezes se perdem. Hoje é possível aproveitar e comercializar o fruto sem perder as propriedades nutricionais dele”, comentou André.
Para o curso de desidratação de frutas, foi utilizado um desidratador comunitário, de propriedade da associação. Para adquirir o preço médio praticado no mercado é de R$ 800 a 1.800 reais, dependendo da capacidade do desidratador.  O equipamento possui bandejas em aço inox que facilita a arrumação dos produtos a serem desidratados, sob condições de temperatura, umidade e corrente de ar, cuidadosamente controladas.
A estudante de agronomia Camila de Jesus Rocha, comentou que a venda in natura dos produtos, não representa ganhos para o agricultor. “Por meio dessas práticas apresentadas nesta capacitação, é possível desenvolver produtos com maior valor agregado. As frutas desidratadas têm conquistado cada vez mais o paladar dos consumidores, por isso é importante desenvolver essa nova atividade, gerando trabalho e renda para a família que vive da agricultura familiar. Outra aposta são as compotas e doces que também são feitas com frutas da propriedade” comenta Camila.
O técnico agrícola da Organização e Conservação de Terras (OCT), Amauri Souza Cruz, garantiu que as frutas podem ser comercializadas em lanchonetes e restaurantes da região podendo até serem usadas para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Há uma tendência do crescimento de hábitos saudáveis e o consumo de frutas desidratadas vem aumentando graças a isso. A fruta desidratada não precisa de açúcar e nem de conservantes e ainda preserva todos os nutriente e vitaminas”, comenta Amauri.
A receita e o preparo da fabricação de chocolate caseiro que leva amêndoas do cacau, leite e açúcar, também foi ministrado pelas agricultoras Luzia e Martinha. O curso de desidratação de frutas durou 4 horas e contou com 38 participantes.
A atividade faz parte de uma série de eventos promovido em Unidades Demonstrativas do Projeto Rural Sustentável que nesta ocasião teve como contemplado pelo Projeto, o agricultor Marivaldo Santos que reside na comunidade km 29 em Pirai do Norte no Baixo Sul do estado da Bahia.

Poda do cacaueiro é mostrada na prática para estudantes de agronomia

Poda do cacaueiro é mostrada na prática para estudantes de agronomia

Técnica previne ataque de pragas

Estudantes de agronomia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e agricultores familiares participaram no dia 11 de abril, de uma capacitação sobre Poda de Cacaueiro. O evento foi promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), em um Dia de Campo realizado na fazenda Boa Esperança, Unidade Demonstrativa (UD), do projeto, localizada no Vale da Juliana, na zona rural do município de Igrapiúna, na Bahia.
Sombreamento, cobertura, poda, manutenção, manejo de pragas e produção, foram alguns dos assuntos tratados durante a capacitação.  A atividade foi realizada na área de Sistema Agroflorestal (SAF), do agricultor Jaime de Souza, que já cultiva cacau, banana e seringa.
O monitor de campo do Rural Sustentável, André Luiz, falou da importância de uma atividade como essa para os estudantes. “A intenção de promover essa ação é fixar o conhecimento adquirido em sala de aula com a vivência aplicada na prática. Dessa forma o estudante ganha experiência para trabalhos futuros com a cultura agrícola do cacau”, comenta André.
O técnico agropecuário, Amauri de Jesus, da Organização e Conservação de Terras (OCT), explicou que a poda de cacaueiro proporciona forma, equilíbrio e previne do ataque de pragas. “Esse procedimento dá nova vida a planta, inibe o crescimento de ervas daninhas, aumenta a capacidade produtiva, diminui as despesas com roçagens e diminui a incidência de vassoura de bruxa na plantação”.
A capacitação sobre Poda de Cacaueiro aconteceu na área produtiva da fazenda em meio a plantação de cacau, onde os estudantes puderam acompanhar o passo a passo dos procedimentos e conhecer os instrumentos usados para fazer a poda como tesoura, serrote e podão.

Produtores recebem dicas para recuperar áreas degradadas

Produtores recebem dicas para recuperar áreas degradadas

Tecnologia a ser aplicada depende do nível de degradação da área

A recuperação de áreas degradadas foi tema de mais um Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável (PRS), em Alta Floresta. A atividade foi realizada no Sítio Santa Clara, do agricultor Luis Alcindo Caione e contou com a participação de 39 pessoas entre estudantes, técnicos e produtores rurais da região.
O produtor Luiz Caione, transformou 4 dos 47 hectares da propriedade, em uma Unidade Demonstrativa (UD), para desenvolver as tecnologias Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta (RAD/F) e Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD/P).
O engenheiro florestal, Diego Antonio Ottonelli de Bona, explicou que por muitos anos as florestas foram sendo exploradas de forma inadequada no Brasil, onde as aberturas de grandes áreas eram destinadas a atividade pecuária. Para ele, “a falta de conhecimento e de um estudo das áreas a serem abertas, levavam os produtores a desmatar locais como as beiras de rios e, muitas vezes, áreas que não apresentavam aptidões para o desenvolvimento da agricultura”.
Os produtores puderam perceber que existem várias formas de recuperar uma área degradada, porém, umas apresentam maior eficácia em relação a outras, como é o caso das tecnologias de baixo carbono, apoiadas pelo Rural Sustentável: Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD/P); Recuperação de Área Degradada com Floresta (RAD/F); Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF); Sistemas Agroflorestais (SAFs); Plantio de Florestas Comerciais e Manejo Sustentável de Florestas Nativas.
Diego explicou que, “independente da tecnologia escolhida para recuperar uma área, os produtores precisam verificar o nível de degradação para, então, escolher qual o melhor caminho a ser seguido para recuperar uma área.”
A agente de assistência técnica (ATEC), do Rural Sustentável, Darline Trindade Carvalho, explicou a relação do custo benefício, que deve sempre ser avaliado pelos produtores. “No momento do plantio, adotar o plantio por sementes, pode-se obter uma maior eficácia no desenvolvimento dessas áreas, porque se coloca uma quantidade maior de plantas com o menor custo de implantação, do que se conseguiria adotando o plantio por mudas”, afirmou Darline.
Outra dica importante dada pelo engenheiro florestal, Diego de Bona, é que “para que uma recuperação seja bem-sucedida, deve-se implantar a maior variedade de espécies possíveis para que esta área tenha a capacidade de voltar as suas funções de floresta e, depois de implantada, é de grande importância manter o monitoramento dessas áreas para assegurar seu desenvolvimento, fazendo o manejo adequado quando necessário”.

Seminários Temáticos promovem troca de conhecimento entre participantes

Seminários Temáticos promovem troca de conhecimento entre participantes

Os encontros aconteceram nos setes estados brasileiros contemplados pelo PRS

O Projeto Rural Sustentável entende, que o desafio de fortalecer a agricultura de baixo carbono nos Estados e Municípios, depende do fortalecimento da rede de Instituições, tanto públicas, como privadas e do Terceiro Setor, dispostas a dialogar e encontrar os caminhos para incentivar, compartilhar informações e apoiar o desenvolvimento Rural Sustentável. A partir desse entendimento foram realizados, em fevereiro e março de 2018, uma série de  Seminários Temáticos, em cada um dos 7 (sete) estados contemplados no Projeto.
O objetivo foi mobilizar as instituições, públicas federais e estaduais que atuam com as temáticas abordadas pelo Projeto Rural Sustentável e políticas públicas, as prefeituras dos municípios abrangidos pelo Projeto, instituições de assistência técnica rural e as universidades. A ideia foi apresentar os resultados do Projeto e construir coletivamente as estratégias de fortalecimento do desenvolvimento rural sustentável, oportunizando um espaço de integração e sinergia entre as ações para maximizar os resultados e as políticas públicas de incentivo e promoção desse tema.
Os resultados dos encontros mostraram que, existe um engajamento dos municípios em relação as atividades do PRS, e, aqueles que não estavam envolvidos, passaram a entender a importância e potencialidades do projeto. A atividade participativa realizada nos seminários, serviu para colher informações com potencial de desenvolvimento e integração do Rural Sustentável nos municípios participantes. Alguns deles, já possuiam programas e projetos com propósitos semelhantes ao PRS. Além disso, a troca de experiências mostrou a possibilidade de implantação das tecnologias de baixo carbono, em todo o território brasileiro.

Sistema silvipastoril contribui para aumento de produção no Sudoeste do Paraná

Diversificação evita êxodo rural

Dia de Campo comprova benefícios da agricultura de baixo carbono

O município de Realeza, localizado na região sudoeste do Paraná, recebeu no dia 04 de abril, seu primeiro Dia de Campo no âmbito do Projeto Rural Sustentável.
Entre as temáticas abordadas, ganhou destaque a tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), com a demonstração do sistema silvipastoril implantado a quase 20 anos. A Unidade Demonstrativa (UD), sede do Dia de Campo, está localizada na comunidade de Santa Terezinha e é administrada pelo agricultor familiar Silvio Batistella e sua mãe, Dona Leda, que trabalha com agricultura a pelo menos, 55 anos.
O evento reuniu cerca de 35 participantes, a maioria produtores de leite da região e contou com a parceria de outros técnicos e entidades locais.
Para Jacir Rodrigues, técnico responsável pela organização do evento, o Dia de Campo foi importante para a disseminação das tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo Projeto, atingindo resultados positivos. “Os produtores apresentaram grande interesse em desenvolver as tecnologias sustentáveis para o meio rural e acessar os recursos do PRS”, afirma ele.
Silvio, que acompanha a implantação das linhas de eucalipto há quase 20 anos,  destaca os benefícios em relação a tecnologia de silvipastoril. “Houve uma melhoria na questão do conforto térmico dos animais e por consequência, o aumento na produção de leite”, comenta ele.
O produtor ressaltou também a importância do aporte financeiro disponibilizado pelo Rural Sustentável e a satisfação em receber outros agricultores em sua propriedade para compartilhar as experiências vivenciadas por ele e sua família.

Diversificação evita êxodo rural

Diversificação evita êxodo rural

Projeto incentivou produtor a permanecer no campo

Enio de Vagas Martins, está dando início a diversificação na propriedade de 10 hectares que tem há 11 anos em Boa Vista das Missões, município de 2.114 habitantes, há cerca de 400 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.  Para ele, este é o melhor caminho para o pequeno produtor.
A área, uma Unidade Demonstrativa (UD), do projeto Rural Sustentável (PRS), já tinha ervateiras nativas e serão plantadas mais algumas. A árvore da erva mate que cresce na sombra, em meio a outras espécies, tem maior produtividade e pode ser vendida por um preço melhor para a indústria.
A esposa de Enio, Ezorá da Silva Martins, plantou maracujá para dar alimento para as abelhas e também há gado de corte, uma pequena horta e galinhas. Por meio do Rural Sustentável, a família recebeu incentivo financeiro e assistência técnica para implantar tecnologias previstas no Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), se tornando assim uma espécie de sala de aula para receber outros produtores em Dias de Campo (DCs).
Enio estava quase deixando o campo e indo com a família para a cidade pois o plantio de grãos não estava mais sendo lucrativo. Foi aí que o agente de assistência técnica credenciado pelo projeto, Leonidas Piovesan, iniciou seu o trabalho. “Para seguir com soja queriam que eu arrancasse as ervateiras, só assim iria aumentar um pouco a renda. Mas por menos que elas rendessem, era uma coisa certa e sem necessidade de investimento”, conta Enio.
O produtor do norte gaúcho, trabalhou como caminhoneiro, mas sempre quis se dedicar somente ao campo, plano que concretizou há dois anos. Leonidas é técnico da Emater e incentivou o plantio de mais ervateiras e apicultura. Para o futuro, o desejo é colocar um sistema de irrigação da pastagem, corrigir o solo e fazer mais piquetes para o gado.
O Dia de Campo em que Enio foi anfitrião, contou com a presença do vice-prefeito do município, Luis Carlos Taffarrel.  Doraldino Nunes, também produtor de uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, era um dos participantes, atento as explicações dos técnicos. “A gente adquire novas experiências, nunca se sabe tudo”.
 A área de Doraldino, será a próxima a receber a atividade, no fim de abril. A propriedade tem grãos, produção de mel, extrativismo de pinhão e está começando com psicultura.
Com o sustento da sua propriedade, Enio consegui ajudar a sua filha a se formar no curso de Fisioterapia.
O cardápio servido na festa foi boa parte produzido na propriedade, motivo de orgulho para ele que quer ser cada vez mais auto- suficiente.

Agricultores de Mato Grosso aprendem técnicas e vantagens da reforma de pastagem

Agricultores de Mato Grosso aprendem técnicas e vantagens da reforma de pastagem

Técnica bem feita aumenta a produtividade de leite.

“Não existe capim ruim, o que existe é manejo inadequado.” Com esta declaração, o produtor rural Luis Carlos Cavichia, iniciou o Dia de Campo em sua propriedade, no Sítio Santa Luzia, localizada na Comunidade Rondon, a 55 quilômetros de Nova Canaã do Norte.
A propriedade tem 49,66 hectares e a Unidade Demonstrativa possui 4,8 hectares onde foi desenvolvida a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF).
A atividade contou com a participação de 47 pessoas que assistiram a palestra sobre “Implementação e vantagens da reforma de pastagens”, ministrada pelo engenheiro agrônomo, Rogério Jacomo, que explicou que a “reforma de pastagem é importante para aumentar a produtividade de leite, que costuma diminuir durante o inverno, período de estiagem”.
A agente de assistência técnica (ATEC), do Projeto Rural Sustentável, Tatiana Almeida, mostrou algumas alternativas e estratégias que podem ser adotadas, seguindo as características de cada propriedade, para se fazer uma boa reforma de pastagem.
“Entre as alternativas estão o aproveitamento de grãos para suplementação do gado no período da seca e a instalação de banco de proteínas e capineiras, com uso de napier (um tipo de capim) e de cana-de-açúcar, por exemplo”, explica a ATEC.
Vários produtores tinham dúvidas sobre como combater o cupim no pasto e ficaram sabendo que uma forma de reduzir a incidência dos cupins é fazer uma boa calagem na terra.