Frutas desidratadas como fonte de renda para agricultoras baianas

Curso uniu teoria e prática mostrando as etapas da atividade

Ingressar em uma nova atividade que traga renda e seja de baixo custo é o principal objetivo de um grupo de agricultoras do Município de Piraí do Norte, na Bahia. O Projeto Rural Sustentável (PRS), promoveu no dia 12 de abril, uma capacitação sobre desidratação de frutas, trazendo conhecimento sobre de técnicas de conservação, desidratação e comercialização.
O curso foi ministrado por duas agricultoras Luzia dos Santos Andrade e Martinha dos Santos, que já conhecem a técnica e replicaram os conhecimentos para os demais participantes. Com 4 horas de duração, o curso foi realizado na cozinha da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade do Km 29, na zona rural do município.
O monitor do Projeto André Luiz, explicou as vantagens da comunidade participar de uma atividade como esta. “A região tem um excelente potencial produtivo de frutas. Em cada propriedade, existem em média, cinco variedades de frutas, que muitas vezes se perdem. Hoje é possível aproveitar e comercializar o fruto sem perder as propriedades nutricionais dele”, comentou André.
Para o curso de desidratação de frutas, foi utilizado um desidratador comunitário, de propriedade da associação. Para adquirir o preço médio praticado no mercado é de R$ 800 a 1.800 reais, dependendo da capacidade do desidratador.  O equipamento possui bandejas em aço inox que facilita a arrumação dos produtos a serem desidratados, sob condições de temperatura, umidade e corrente de ar, cuidadosamente controladas.
A estudante de agronomia Camila de Jesus Rocha, comentou que a venda in natura dos produtos, não representa ganhos para o agricultor. “Por meio dessas práticas apresentadas nesta capacitação, é possível desenvolver produtos com maior valor agregado. As frutas desidratadas têm conquistado cada vez mais o paladar dos consumidores, por isso é importante desenvolver essa nova atividade, gerando trabalho e renda para a família que vive da agricultura familiar. Outra aposta são as compotas e doces que também são feitas com frutas da propriedade” comenta Camila.
O técnico agrícola da Organização e Conservação de Terras (OCT), Amauri Souza Cruz, garantiu que as frutas podem ser comercializadas em lanchonetes e restaurantes da região podendo até serem usadas para a merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Há uma tendência do crescimento de hábitos saudáveis e o consumo de frutas desidratadas vem aumentando graças a isso. A fruta desidratada não precisa de açúcar e nem de conservantes e ainda preserva todos os nutriente e vitaminas”, comenta Amauri.
A receita e o preparo da fabricação de chocolate caseiro que leva amêndoas do cacau, leite e açúcar, também foi ministrado pelas agricultoras Luzia e Martinha. O curso de desidratação de frutas durou 4 horas e contou com 38 participantes.
A atividade faz parte de uma série de eventos promovido em Unidades Demonstrativas do Projeto Rural Sustentável que nesta ocasião teve como contemplado pelo Projeto, o agricultor Marivaldo Santos que reside na comunidade km 29 em Pirai do Norte no Baixo Sul do estado da Bahia.