Agricultoras com perfil empreendedor participam de capacitação na Bahia

Compotas e frutas desidratadas são alternativas para comercialização

Aproveitar o excedente da produção de frutas ganhando uma renda extra por meio da produção de compotas e geléias de frutas tem sido uma boa oportunidade de negócio para as mulheres agricultoras da comunidade Antônio Rocha, no município de Igrapiúna, no Baixo Sul da Bahia.
O curso realizado na Associação Comunitária de Antônio Rocha, no dia 23 de abril, foi promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), e teve como facilitadora a agricultora Antônia Francisca de Araújo, que já conhece a técnica de produção e explicou para uma turma de 20 mulheres também agricultoras. Acompanharam a atividade o monitor de campo do PRS André Luiz e o agente de assistência técnica, Joeli Neres.
Durante o curso as alunas aprenderam a selecionar os frutos que serão usados na fabricação dos doces, práticas de higienização, materiais para a confecção, armazenamento, embalagem e comercialização.  Para o monitor André Luiz, essa capacitação visa o desenvolvimento social e econômico das mulheres que trabalham na agricultura familiar. “A região é rica em frutos que por muitas vezes são descartados por causa do excesso, então a nossa proposta é não se perder nada. Trouxemos esse curso que soma positivamente para a vida dessas mulheres que buscam autonomia financeira através do empreendedorismo”, comentou André.
O curso prático teve duração de 6 horas e foi feito em uma cozinha comunitária onde as agricultoras selecionaram a fruta da goiaba e a jaca, para fazerem as compotas. Foram utilizados ingredientes fáceis de serem encontrados como: canela em pau, água e açúcar cristal.
 “As compotas e doces são processos simples de se fazer e podem ser uma alternativa de trabalho e comercialização bastante rentável. A agricultora que se dedicar a produção de doces vai encontrar um mercado consumidor aberto a apreciar seus produtos”, disse a facilitadora Antônia Francisca.
A capacitação abordou também a desidratação de pimenta e banana da prata uma vez que a associação comunitária, possui um equipamento desidratador que serve gratuitamente a população local. “A pimenta desidratada é muito utilizada para a culinária, então é um produto facilmente comercializado.  A agricultora que optar em fazer a desidratação tem um campo de trabalho amplo” comenta o agente de assistência técnica da Organização de Conservação de Terras (OCT), Joeli Neres.
As agricultoras também aprenderam a desidratar banana da prata que é aceita no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Programa compra diretamente do agricultor produtos da agricultura familiar para alunos de escola públicas. A presidente da associação comunitária, Cleudes de Andrade Silva Rosa, assegurou que o curso oferecido pelo Projeto Rural Sustentável é uma excelente oportunidade de crescimento econômico para nossas mulheres. “Essa capacitação chegou em boa hora. Estamos com um desidratador novo e pronto para servir a nossa população”, comentou Cleudes.