Recuperação de pastagens ajuda pequeno pecuarista a manter produção leiteira em área do leste de Minas Gerais

Recuperação de pastagens ajuda pequeno pecuarista a manter produção leiteira em área do leste de Minas Gerais

O município de Poté, no Vale do Mucuri, recebeu o Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável.

Trabalhando com gado leiteiro há muito anos, Edson Gomes Neto, o Dilsinho, dono do Sítio Alvorada, começou a perceber que suas pastagens estavam ficando cada vez mais degradadas devido a falta de chuvas e de conhecimento técnico. “Nessa nossa região, muitos agricultores ainda não entendem a importância de trabalhar as pastagens, fazendo rotatividade ou piqueteando e o que vemos são áreas muito destruídas, o que reduz a produtividade do gado por causa da queda na quantidade de alimento em períodos de seca”, disse.

A palavra "sustentabilidade" e sua importância, são conhecidas por Dilsinho, e de acordo com o produtor é o que pode salvar a atividade agropecuária na região de Poté.“Hoje a maioria das nascentes que corriam pelas redondezas estão secas, temos o Rio Mucuri que ainda sobrevive, mas se continuarmos a desmatar e queimar as florestas provavelmente se acabará, por isso, é tão importante preservar a vegetação das Áreas de Proteção Permanente (APPs) e recuperar as áreas que ainda restam de pastagem”, avaliou.

A técnica utilizada no Sítio Alvorada, foi a Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagens (RAD-P), uma das tecnologias apoiadas pelo Rural Sustentável e que está inserido no Plano Nacional de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC).

Edson avalia os Dias de Campo, como um encontro indispensável para que os produtores da região se sensibilizem e revertam os problemas que as mudanças climáticas e a falta de conhecimento causam na zona rural do município. “O PRS e esses eventos são muito bons, pois os vizinhos tem a possibilidade de entender melhor porque estamos passando por esses períodos difíceis e como amenizar as consequências. Claro que o incentivo financeiro também ajuda muito, até porque investimos na própria atividade, então que venham outros projetos assim”, disse.

Tendo como umas das parceiras a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater – MG), o Rural Sustentável tem levado a vários pequenos e médios agricultores familiares do Vale do Mucuri, a oportunidade de conhecer e aplicar técnicas de recuperação de áreas que antes estavam em amplo processo de erosão e em via de se tornarem inférteis.

O agrônomo Edson Geraldo Pinto, técnico da Emater, buscou alguns produtores da região com o intuito de apresentar o PRS e a importância da promoção de uma Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. “Já vinha acompanhando a intervenção feita pelo Dilsinho há alguns anos. Posso dizer que era uma área improdutiva e por meio de correção, piquetes e plantação de capim Mombaça, ele conseguiu regredir com o processo de degradação que estava se instalando”, afirmou.

Hoje toda a produção leiteira da propriedade é desenvolvida na área recuperada. “Idéias como essa do Projeto Rural Sustentável, são importantes para nossa região, porque temos uma pecuária extensiva, que depreda as florestas e o solo sem medir consequências futuras, e quando temos a oportunidade de estar com o produtor, mostrar as vantagens de se preservar e recuperar, além de pagá-lo por isso, observamos que há um interesse maior”.

Edson Geraldo, afirma que o Dia de Campo fortalece a imagem e ações de empresas de assistência técnica como a Emater, pois mostra ao agricultor que ele não está sozinho. “Mais do que a questão financeira, o quesito assistência técnica é um dos grandes trunfos dessa parceria, pois dinheiro é bom, mas acaba, já o conhecimento pode fazer com que a atividade das fazendas da região, perdure por muito tempo”, ressaltou.


Cacau orgânico é protagonista de Dia de Campo em Cotriguaçu

Cacau orgânico é protagonista de Dia de Campo em Cotriguaçu

O evento funcionou como laboratório gastronômico, onde os participantes trocaram receitas e outras experiências no preparo de doces.

O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou, no dia 03 de novembro, o Dia de Campo (DC) na propriedade rural Sítio Resplendor, do produtor Antônio Carlos da Silva Tomaz, localizada à 25 km do Distrito de Nova União, no município de Cotriguaçu, com a temática “Cacau, suas delícias e utilidades”.

Cerca de 17 pessoas participaram do evento onde a culinarista Diomira Dreher, conduziu a parte prática de beneficiamento artesanal do cacau orgânico. O produto foi extraído da agrofloresta implantada na Unidade Demonstrativa, que aplicou a tecnologia Sistema Agroflorestal consorciado com café, cacau e espécies florestais.

A culinarista Diomira Dreher

Os SAFs proporcionam tanto benefício econômico quanto ambiental, permitindo que o agricultor diversifique seus produtos.

As experiências no preparo de doces variados, feitos a partir da amêndoa do cacau, foram a grande atração do dia de campo. A culinarista Diumara, deu as dicas para fazer o doce:

“Em relação ao ponto do doce de cacau, é interessante sempre fazê-lo na lua minguante, porque ele faz menos espuma, alcançando a textura desejada. A cozinha é como um laboratório gastronômico e os ingredientes são elementos químicos. É preciso entender o solstício e a influência da Lua, para alcançar o ponto de determinado preparo”.

O produtor rural, Adão da Silva Filho, 73 anos, um dos pioneiros na produção de cacau em Cotriguaçu, estava muito empolgado em ver o cacau ser reconhecido na região. “Poder ver as várias possibilidades gastronômicas que o cacau pode alcançar, me emociona, principalmente, porque é uma forma de gerar renda na comunidade”, comenta o produtor.

O proprietário da UD, Antônio Carlos da Silva Tomaz, enfatizou o retorno positivo que teve com o SAF: “é uma grande satisfação ver a minha propriedade conservada e ainda poder tirar uma boa renda com a venda do café e do cacau. E, agora aprender outras formas de gerar renda com a produção de doces”, finaliza.


Diversificação é alternativa ao tabaco no interior do Rio Grande do Sul

Diversificação é alternativa ao tabaco no interior do Rio Grande do Sul

Mudança de atividade trouxe melhoria para proprietários

A renda principal da família Waccholz vem do fumo, como a grande maioria na região. Mas a propriedade na Linha das Pedras, interior de Agudo, há 250 quilômetros de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, produz muito mais, mostrando que a diversificação é a melhor opção para pequenas propriedades.

Helio, a esposa e os dois filhos, mais uma nora, produzem mel, melado, açúcar mascavo, queijo, feijão, mandioca, peixe, entre outros produtos de horta. Ele mora desde 1983 na região e há três começou a trabalhar com gado de corte, por incentivo do filho, Eliender. A área, distante 40 quilômetros do centro da cidade, é uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto Rural Sustentável (PRS) que apoia tecnologias de baixo carbono, como a recuperação de área degrada com pastagem em pequenas e médias propriedades. A viabilidade ocorre através de uma Cooperação Técnica entre o Fundo Internacional para o Clima do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), tendo como beneficiário o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através do Banco interamericano de Desenvolvimento (BID).

São 11 hectares de pasto na propriedade dos Waccholz, onde houve melhora do campo nativo com calagem, introdução de noz pecã para sombreamento e comercialização futura; pastejo rotacionado, além de implantação de pastagem perene com as gramíneas tifton e brachiária. Outra vantagem do trabalho da pecuária frente ao tabaco é a necessidade de menos mão de obra e manejo, apontada por Eliender, como um dos motivos que levou a família a buscas a atividade.

Com a recuperação do pasto houve aumento na produtividade. Helio e Eliender investiram então em genética e aumento do rebanho. Adquiriram uma placa solar, fizeram melhorias nas cercas e compraram sementes de melhor qualidade, tudo com o incentivo e supervisão de Luiz Eugênio Jacobs, técnico da Emater credenciado pelo PRS para dar assistência aos beneficiários do projeto. Jacobs, aponta também, que com a diversificação da produção a família deixa de gastar cerca de R$18 mil por ano, ao consumir produtos que eles mesmo produzem.


Dia de campo pelo Projeto Rural Sustentável explica legislação ambiental

Dia de campo pelo Projeto Rural Sustentável explica legislação ambiental

Impactos do desmatamento foi um dos temas abordados

Os sítios Aparecida e Pai e Filho receberam produtores rurais de Tucumã, no sudeste do Pará, para os dias de campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS) realizados terça (31) e quarta-feira (1º). Os eventos tiveram como tema a legislação ambiental.

Os 42 participantes dos dias de campo assistiram a palestra sobre: o Licenciamento de Ambiental Rural (LAR), o Código Ambiental (Lei Nº 12.651/2012) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além disso, na palestra foram apresentados os impactos do desmatamento, principalmente, em encostas e morros. De agosto a setembro, o município paraense, teve queimadas que atingiram as áreas mais altas.

Além da palestra, houve uma apresentação sobre o PRS, explicando como os produtores podem participar, pela Chamada de Propostas para Unidades Multiplicadoras, abertas até 30 novembro desse ano.

SOBRE O RURAL SUSTENTÁVEL – O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre o governo do Reino Unido, o governo do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia. O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Além de levar conhecimentos relacionados à gestão sustentável da propriedade rural e tecnologias de baixa emissão de carbono aos produtores e agentes de assistência técnica, o projeto oferece a oportunidade de ganhos financeiros aos participantes.


Equipe do Projeto Rural Sustentável esclarece dúvidas de ATERs e ATECs sobre novos editais

Equipe do Projeto Rural Sustentável esclarece dúvidas de ATERs e ATECs sobre novos editais

Evento aconteceu no auditório da Superintendência do Ministério da Agricultura em Belo Horizonte

Aproximadamente 25 pessoas, entre técnicos (ATECs), representantes de Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATERs), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) participaram da I Oficina para ATERs e ATECs do Projeto Rural Sustentável (PRS).

O evento serviu para apresentar as novas chamadas de Unidades Multiplicadoras (UMs) e Unidades Demonstrativas (UMs), além de esclarecer dúvidas sobre os procedimentos para inscrição e realização nas ações promovidas pelo PRS.

Segundo Patrícia Reis, coordenadora do bioma Mata Atlântica do projeto, os novos editais permitirão ampliar a recuperação de áreas degradadas nos municípios abrangidos pelo PRS. “É importante que as ATERs e ATECs estejam muito atentos ao preenchimento e a documentação solicitada pelo edital a que irá concorrer, pois evita equívocos que podem barrar a candidatura do projeto”, destacou.

Palestra de Fernando Costa, auditor do Mapa

Minas Gerais sofre com áreas degradadas

Pesquisa realizada pelo grupo gestor do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) em Minas Gerais, em parceria com o Instituto Antônio Ernesto de Salvo (IAES), concluiu que apenas 4% das áreas de pastagens que estão na Mata Atlântica mineira não tem nenhum tipo de degradação, sendo que 45% desse solo está fortemente degradado. Para Fernando Costa, auditor do MAPA e coordenador do Plano ABC/MG, esses dados são preocupantes em um estado que tem como uma das principais atividades econômicas a agropecuária. “Tudo isso gera uma emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) que influencia nas chuvas e na produtividade. É imprescindível que a informação chegue ao produtor rural, porque só assim poderemos estabelecer parcerias importantes para que essa degradação seja reduzida”, afirmou.

Um dos principais caminhos para a melhora do solo e aumento da produtividade no campo é a diversificação da produção agropecuária. Segundo Costa, as tecnologias incentivadas pelo Plano ABC possibilitam essa mudança de panorama. “É importante trabalhar com a recuperação das áreas degradadas, por meio de estudos e novas tecnologias. A alteração da estação chuvosa é um desafio para produtores e técnicos, pois a variabilidade climática que existe em Minas Gerais está se ampliando e é essencial que nós, representantes de instituições que tem como objetivo desenvolver o setor agropecuário no estado, entendamos quais as novas alternativas que podem ser utilizadas com efetividade”, ressaltou.

De acordo com trabalho realizado pela EMATER/MG em 2013, o estado possui cerca de 860 mil agricultores familiares, publico alvo do PRS.  Por isso, conforme Fernando Costa, projetos como o Rural Sustentável são importantes para que as metas do Plano ABC possam ser alcançadas. “Ao trabalhar com as tecnologias apoiadas pelos programas de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o PRS amplia o processo de divulgação da informação e da assistência técnica em localidades que carecem de áreas produtivas por estarem em amplo processo de degradação”.

Luciano Alves Souza é técnico em Agropecuária e tem interesse em participar dos editais abertos pelo Rural Sustentável. Com experiência em áreas extremamente degradadas como os distritos atingidos pela tragédia de Mariana, Souza acredita que o PRS é importante na recuperação e ampliação de componentes florestais que possam aumentar a renda do agricultor familiar em Minas Gerais. “Já tentei me inscrever no primeiro edital (Unidades Demonstrativas), mas não tive êxito, por isso foi muito relevante participar dessa oficina onde pude obter muita informação e com certeza pretendo estar concorrendo aos novos editais”, finalizou.


Equipe de campo realiza oficina sobre chamadas de Unidades Multiplicadoras e Demonstrativas no Paraná

Equipe de campo realiza oficina sobre chamadas de Unidades Multiplicadoras e Demonstrativas no Paraná

Encontro foi realizado para dar suporte aos técnicos do Noroeste do Estado

A equipe de campo do Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 30 de outubro, na sede regional da EMATER em Paranavaí, reunião com agentes de assistência técnica da própria entidade e também de empresas privadas locadas no município e em Nova Londrina, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a Chamadas abertas para Unidades Multiplicadoras (UM) a Unidades Demonstrativas (UD).

A reunião, que contou com a presença de 12 agentes de 5 instituições de ATER,  faz parte das ações de mobilização no Estado, e serviu para alinhar questões técnicas relacionadas a submissão das propostas do portal, que tem como prazo de vencimento o dia 30 de novembro.

Durante a reunião, o monitor de campo, Luciano Domingos, e o assessor de comunicação, Marcus Vinicius, apresentaram os resultados da oficina realizada em Curitiba e debateram com os técnicos presentes situações encontradas no campo, contribuindo para uma maior compreensão dos detalhes presentes nos editais de Unidades Multiplicadoras e Demonstrativas.

Luciano José Pinheiro, técnico da EMATER e coordenador da regional, reforçou a importância da proximidade com a equipe do projeto e agradeceu a presença dos facilitadores, “a presença de vocês foi fundamental para alinharmos questões mais específicas tratadas aqui hoje, principalmente em relação às áreas de conservação florestal que estavam gerando dúvidas entre os técnicos aqui da EMATER”, afirma ele.

A reunião reforçou a necessidade de buscar novos produtores beneficiários para ampliar o impacto do projeto na região noroeste do Paraná.


Plantio de eucalipto é alternativa para redução da mão-de-obra

Plantio de eucalipto é alternativa para redução da mão-de-obra

Propriedade se tornou Unidade Demonstrativa do Projeto Rural Sustentável

Foi uma terra pedregosa que expulsou Maria e João Batista de Arvorezinha, interior do Rio Grande do Sul. Um irmão já morava em Barros Cassal, o casal foi conhecer a cidade e decidiram ficar, há mais de 20 anos. Foram anos plantando fumo até perceber que a mão de obra no futuro seria mais escassa: os filhos cresceriam, iriam casar e seguir outros caminhos. Começaram então o manejo comercial de eucalipto como atividade na propriedade no Engenho Velho, interior de Barros Casal, há 200 quilômetros da capital Porto Alegre, no centro do estado.

A tecnologia é uma das apoiadas pelo projeto Rural Sustentável, que dá incentivo financeiro e assistência técnica através de uma cooperação técnica entre o Governo Britânico viabilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto apoia quatro tecnologias de baixo carbono: recuperação de área degrada com pecuária ou floresta, integração lavoura-pecuária-floresta, floresta comercial e manejo de floresta nativa.

Na propriedade de Maria e João, que é uma unidade demonstrativa (UD) do projeto, foi feito o manejo de floresta comercial. As UDs, são espécies de salas de aula para mostrar a outros produtores como as tecnologias são viáveis, por meio da realização de Dias de Campo.

Com o dinheiro do projeto, R$ 20 mil reais, investiram ainda mais: abriram estrada para entrada de caminhão que busca eucalipto e arrumaram o açude. As nozes pecã eles comercializam para uma empresa que vende chás e outros produtos. Outro motivo que levou o casal a buscar o plantio de eucalipto foi que o fumo é comercializado somente para algumas empresas, já a madeira tem mais opções de compradores.

A lenha serve para secar o fumo produzido na região e a parte serrada para construtoras. Com sorriso no rosto, mostram toda a propriedade, orgulhosos dos feitos. Seu João e o filho cortaram sozinhos 530 metros cúbicos de eucalipto no último inverno. “ O trabalho é pouco, nem se sente”, comenta João.  Maria e João também gostam muito de aprender nos Dias de Campo do Projeto. “ Se aprende muito, é motivador. Às vezes desanima, mas aí alegra. Os técnicos explicam bem”, avalia Maria.


Dia de Campo permite provar a viabilidade das tecnologias de baixo carbono

30 Dia de Campo permite provar a viabilidade das tecnologias de baixo carbono

Produtores veem na prática como vizinhos e conhecidos adequaram suas propriedades

Igual a São Tomé, aquele que “só acredita vendo”. Este é o povo de Barros Cassal na definição do produtor Esvaldino Roque Orso. Por isso o dia de campo do Projeto Rural Sustentável realizado na propriedade de Orso em 30 de agosto foi fundamental para mostrar, na prática, que é possível aliar conservação, preservação e trabalhar com outras coisas além do fumo – que predomina na região. Barros Cassal fica a cerca de 250 quilômetros da capital gaúcha e tem pouco mais de dez mil habitantes, boa parte deles imigrantes alemães e italianos.

Dia de campo em Barros Cassal 

Orso e a família possuem a área há 12 anos e tem uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Rural Sustentável na localidade de Vila Nova. No fim de agosto receberam cerca de 40 agricultores da região para falar sobre manejo de florestas comerciais, no caso o eucalipto; conservação do solo e indicadores agrícolas na agricultura contemporânea; e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF): equilíbrio ambiental com pastagens e noz pecã.

Com a primeira parcela que Orso e a esposa Alcenira receberam do projeto por serem UD puderam investir na criação de ovelhas, melhoraram a casa e ampliaram a plantação de eucaliptos.  O frio que gelava os participantes durante o dia de campo não espantou o público que pode conferir os temas através de três estações abordando os diferentes temas. Todas elas contaram com explanações de técnicos de assistência rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Entre os participantes estavam 13 representantes do Conselho Agropecuário, fundamentais para a tomada de decisão no campo na região.

Dia de campo em Barros Cassal 

Orso e a família possuem a área há 12 anos e tem uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Rural Sustentável na localidade de Vila Nova. No fim de agosto receberam cerca de 40 agricultores da região para falar sobre manejo de florestas comerciais, no caso o eucalipto; conservação do solo e indicadores agrícolas na agricultura contemporânea; e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF): equilíbrio ambiental com pastagens e noz pecã.

Com a primeira parcela que Orso e a esposa Alcenira receberam do projeto por serem UD puderam investir na criação de ovelhas, melhoraram a casa e ampliaram a plantação de eucaliptos.  O frio que gelava os participantes durante o dia de campo não espantou o público que pode conferir os temas através de três estações abordando os diferentes temas. Todas elas contaram com explanações de técnicos de assistência rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Entre os participantes estavam 13 representantes do Conselho Agropecuário, fundamentais para a tomada de decisão no campo na região.

Para Henrique Loro, agente técnico de extensão rural (Atecs) do Projeto responsável pela implantação das tecnologias na propriedade de Orso, os dias de campo são mesmo ótimas ferramentas para atrair produtores para as tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo projeto. Outra fator positivo apontado por Loro é que as técnicas se encaixam na realidade dos pequenos e médios agricultores atendidos, potencializam ações que muitos deles já faziam.


Projeto Rural Sustentável incentiva jovens produtores

Projeto Rural Sustentável incentiva jovens produtores

Iniciativa é oportunidade para filhos de agricultores permanecerem no campo

A família de Daniel Liscosky, de 21 anos, mora há mais de 30 anos na linha São João, interior de Frederico Westphalen, há 427 quilômetros de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A região é conhecida pelo cultivo de grãos como milho, soja, trigo e leite. Mas foi da cana-de-açúcar que a família tirou o sustento.  Inicialmente produzindo açúcar, depois também aguardente e açúcar mascavo.

Daniel estudou em escola rural e foi a colega Daiane Danasollo que falou sobre o Projeto Rural Sustentável (PRS) para ele. Daiane é técnica do Centro de Tecnologias Populares (Cetap) e atua no PRS, dando assistência técnica às pequenas e médias propriedades participantes. O projeto dá incentivo financeiro e assistência técnica através de uma cooperação técnica entre o Fundo Internacional para o Clima do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), tendo como beneficiário o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através do Banco interamericano de Desenvolvimento (BID).

A propriedade de 30 hectares é Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, uma espécie de sala de aula para mostrar que o cultivo de eucalipto para uso nas construções da propriedade e nos fornos da produção de cana era uma boa alternativa para a área excedente. Além dela existem outras 5 UDs em Frederico Westphalen, município de 30.832 habitantes do norte gaúcho. As áreas são pequenas propriedades com renda anual de até 360 mil reais.

O projeto apoia quatro tecnologias de baixo carbono: recuperação de área degrada com pecuária ou floresta, integração lavoura-pecuária-floresta, floresta comercial e manejo de floresta nativa. Na de Daniel a opção foi pela floresta comercial. A mãe de Daniel, Isabel Liscosky, também faz artesanato com esponjas e vende nos feiras e eventos do município. São flores, papais noel, tucanos, corujas, corações e diversos outros enfeites produzidos a partir da esponja e coloridos com tinta de tecido.

Antônio Liscoski, pai de Daniel, vê na entrada do projeto também uma oportunidade para incentivar os jovens a permanecer no campo, lembrando que antigamente não havia estímulos como esse. “ Dá ânimo pra gente trabalhar pro futuro”, avalia o patriarca dos Liscoski. “É muito interessante ser um exemplo para os outros”, avalia Daniel ao receber os participantes do Dia de Campo que é realizado nas UDs para que outros proprietários conheçam o projeto, as tecnologias e possam replicar em suas realidades.

Antônio conta que se sente orgulhoso em receber as pessoas, durante os DCs sempre se aprende muita coisa e há uma troca de conhecimento entre vizinhos, técnicos e moradores. No DC na propriedade dos Liscoski, além de conhecer a plantação de eucaliptos da família, a produtora Adilce Cargnin foi convidada para falar sobre sementes nativas e suas propriedades medicinais. Adilce falou sobre chás, fitoterápicos e os diversos benefícios que os agricultores podem encontrar em suas hortas e propriedades.

Daniel Liscoski

Os planos de Daniel não param com a UD do Rural Sustentável: ele agora quer investir na criação e gado de leite, integrado à floresta. Prova de que o rapaz do campo tem visão e só tende a ir cada vez mais longe.


Rural Sustentável promove encontro para participantes do projeto no Pará

Rural Sustentável promove encontro para participantes do projeto no Pará

O evento contou com a participação de 47 agentes e representantes de instituições de assistência técnica e extensão rural.

O Projeto Rural Sustentável (PRS) promoveu, nesta quinta-feira (26), no auditório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Marituba, oficina direcionada a instituições e profissionais que prestam serviço de assistência técnica e extensão rural. O objetivo do evento foi esclarecer dúvidas sobre como submeter propostas para a implantação de tecnologias de baixo carbono em propriedades rurais no portal do PRS.

O evento contou com a participação de 47 pessoas, entre agentes e representantes de instituições, públicas e privadas e  de assistências técnica e extensão rural, como Emater e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A oficina também contou com a participação do representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ivo Amaral, o representante do Ministério da Integração Nacional, João Paulo Oliveira Silva e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Alejandro Muñoz.

Para os produtores participarem do Rural Sustentável é necessário que a submissão de propostas de implantação das tecnologias para a chamada das Unidades Multiplicadoras ou Unidades Demonstrativas, sejam realizadas junto a um agente técnico de extensão rural, chamado de ATEC, que também é beneficiado, financeiramente, pelo Projeto.

“Tanto o produtor e quanto o agente (ATEC) firmam um acordo de cooperação entre eles, que deve ser entregue junto com a documentação para participar das chamadas”, explica Roberta Roxilene, Coordenadora do Bioma Amazônia do PRS, que ministrou a oficina.

O encontro serviu para esclarecer dúvidas sobre os editais de UM e UD com instruções de como são cadastradas instituições de assistência técnica rural no Portal do PRS, além da apresentação do passo a passo para a submissão de propostas e o processo de realização de dias de campo.

“Acredito que conseguimos sanar muitas dúvidas que os agentes tinham, na submissão de propostas até mesmo outras questões de acesso ao Portal”, finaliza Raimundo Ribeiro, representante da Emater, no Comitê Técnico Estadual do PRS, no Pará.