Tecnologias de baixo carbono como estratégia para aumentar a produtividade com equilíbrio ambiental
Tecnologias de baixo carbono como estratégia para aumentar a produtividade com equilíbrio ambiental
Temática abordada em Dia de Campo atraiu produtores rurais de Renascença, no Paraná
A propriedade do seu Pedro e da Dona Marlene foi sede de mais um Dia de Campo para a difusão de tecnologias de agricultura de baixo impacto ambiental. O evento aconteceu, no dia 23 de novembro, e atraiu mais de 30 agricultores do município de Renascença, região sudoeste do Paraná.
Os temas abordados durante o Dia de Campo, trataram da difusão de conhecimentos para a Gestão Rural Sustentável. Além dos conhecimentos técnicos compartilhados, o encontro serviu para divulgar as chamadas de submissão das propostas técnicas para Unidades Multiplicadoras e Demonstrativas, no âmbito do Projeto Rural Sustentável.
O evento contou a participação de técnicos da EMATER local e regional, entidade parceira responsável pela execução deste encontro e de autoridades locais, como o Secretário de Agricultura, Ricardo Soligo Biscaro e Adenir De Barba, gestor ambiental do escritório regional da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Seu Pedro, que há 15 dias se recuperava de um acidente de trabalho no campo, estava muito animado com a realização do Dia de Campo, mostrando sua vontade de recuperar-se logo e voltar ao trabalho.
Ele contou orgulhoso, dos avanços obtidos na produção de leite, que passou de 8 litros por animal em 2012, para 18 litros por animal em 2017. “Grande parte desse resultado veio das correções de solo que fizemos nos últimos anos, do melhoramento da pastagem e principalmente, do conforto que demos para as vacas, com o sistema de integração do pasto com os eucaliptos”, reforça seu Pedro.
Após ouvir sobre o histórico da propriedade, os agricultores foram convidados a visitar as quatro estações de estudo, cada qual com temas específicos, todos relacionados a boas práticas de gestão rural, voltadas a sustentabilidade. Os temas foram divididos em: sistema de produção silvipastoril, implantação e manejo de florestas comerciais, energias renováveis e preservação das águas.
Adenir de Barba, gestor ambiental da SEMA, falou sobre a importância ambiental e social da água (conservação das nascentes, mata ciliar e lençóis freáticos) e destacou a importância do evento aos participantes. “Acredito que hoje o grande desafio seja a produção agrícola caminhando junto com a sustentabilidade. “O Projeto contribui muito com esse equilíbrio entre a produção a o ambiental, o que traz muito benefício ao produtor rural que participa do projeto, em especial dos Dias de Campo”, argumenta ele.
Renascença é um dos 10 municípios no Paraná contemplados pelo projeto, sendo parte dos 20% que atingiu a meta de unidades demonstrativas aprovadas. Os dias de campo são realizados para divulgar as tecnologias apoiadas pelo Projeto, os benefícios oferecidos e os resultados alcançados para produtores rurais com perfil de ingressar no projeto como beneficiários.
Pequenas propriedades rurais e o ciclo natural da terra e das águas
Pequenas propriedades rurais e o ciclo natural da terra e das águas
Adoção das tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável para o equilíbrio do sistema
Um evento climático ilustrou na prática os conteúdos teóricos de um Dia de Campo. Assim foi a capacitação realizada em outubro, pelo Instituto EMATER na propriedade do Sr. Izidoro e da Dona Lucila Itcak, localizada na comunidade do Plano Azul em Verê, região sudoeste do Paraná.
A atividade teria como tema principal, o sistema de produção silvipastoril e a importância da conservação e manejo do solo como instrumentos de bom trato ao gado leiteiro. Porém, a tempestade que atingiu todo município naquela manhã, foi responsável pela alteração dos planos da equipe da EMATER.
Impossibilitados de irem a campo para ver na prática os resultados da implantação em 2010, das linhas de eucalipto na propriedade, utilizaram da vivência composta pela ação daquela chuva no solo para demonstrar todo o conteúdo associado aos ciclos das águas e a conservação do solo. Os técnicos deram ênfase também à relação entre os elementos naturais e humanos necessária para manter o equilíbrio ambiental.
Os mais de 30 participantes que marcaram presença no Dia de Campo, puderam perceber a importância da adoção das tecnologias apoiadas pelo Projeto Rural Sustentável para melhorar as condições de nutrição do solo, em especial, o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e a manutenção de áreas de conservação florestal.
O Eng. Agrônomo e técnico da EMATER, Ericson Maxc, destacou que o produtor que almeja obter resultados econômicos e ambientais, seja na produção de grãos ou de leite, precisa mudar seu modo de fazer agricultura, afirmando também que “o Projeto Rural Sustentável, com as tecnologias que apoia, vem ao encontro de um sistema de produção mais equilibrado e menos degradante”.
Como exemplo, o técnico apontou a influência negativa do processo convencional de produção agrícola sobre a extinção das nascentes, em especial com a derrubada das matas ciliares e das encostas de morros, utilizado historicamente pelo homem nos cultivos dos últimos anos. “Há 10 ou 15 anos atrás, vocês percebem que existiam mais ou menos nascentes? Sim, existiam mais e o desmatamento é um dos motivos disso. Mas, também temos que olhar para o processo de compactação do solo que impede a água da chuva de penetrar na terra e atingir os lençóis freáticos, que por consequência, deveria alimentar as nascentes e todo o ciclo da água. Vocês já tinham pensando nisso?”, questionou ele, durante sua palestra.
Fábio Souza, de 39 anos, participante do Dia de Campo, elogiou os conteúdos replicados e disse que vai procurar algum agente cadastrado para submeter uma proposta como Unidade Multiplicadora na sua propriedade, “as palestras foram muito interessantes, a gente pode aplicar as informações sobre pastagem, proteção do solo... tem bastante coisa que a gente pode usar. Muito boa a palestra.” Comenta ele.
Além dos produtores rurais, o evento contou com a participação de autoridades locais, como o secretário de agricultura do município, Sr. Rodrigo Gabossa. Segundo o secretário, é notório os resultados que o projeto já trouxe para o município e ressalta a importância da adesão de mais produtores para aplicação das tecnologias apoiadas nas chamadas que estão abertas: “Sabemos que Verê possui muitos agricultores que se enquadram nos critérios do projeto e queremos muito atingir a meta de propostas aprovadas no nosso município. Afinal, um projeto como o Rural Sustentável que traz benefícios nos pilares da sustentabilidade, da parte econômica, social e também ambiental, é raro e deve ser aproveitado ao máximo”, argumenta ele.
Para Neuri Beche, Eng. Agrônomo da Emater, que submeteu a proposta técnica da Unidade Demonstrativa que sediava o evento, lamentou a impossibilidade de visita ao campo com as tecnologias, pois além dos 3 hectares aprovados na proposta com o sistema silvipastoril, a propriedade possui também 1 ha de área com manejo de floresta nativa associada a produção de mel. “Seria importante essa experiência ser demonstrada, pois há diversos produtores na região que possuem áreas de conservação florestal, porém não utilizam totalmente o potencial econômico dessas áreas”, explica Neuri.
Há 40 anos trabalhando com agricultura na propriedade, o Sr. Izidoro e Dona Lucila, reforçaram esse benefício e contam com orgulho o rendimento obtido em 2016 com as abelhas. “Ano passado nós tiramos quase R$15 mil com a produção do mel, isso é muito bom pra gente. Estamos pensando em incentivar o Adriano, meu afilhado, que hoje é nosso braço direito, doamos pra ele, 10 das nossas caixas de abelha”, comenta Dona Lucila, sorridente.
Ela também se mostrou atenta as melhorias que precisam fazer na propriedade e afirmou, “estamos muito felizes em fazer parte do projeto, foi uma grande ajuda o recurso que veio. A gente está se empenhando em melhorar a propriedade e já investimos parte do dinheiro que ganhamos para isso”.
Saiba mais sobre a Chamada de Unidades Multiplicadoras http://www.ruralsustentavel.org/chamada_um/
Saiba mais sobre a Chamada de Unidades Demonstrativas http://www.ruralsustentavel.org/chamada_direcionada/
Gestão Rural Sustentável em prol da pecuária de leite e de corte
Gestão Rural Sustentável em prol da pecuária de leite e de corte
Dia de Campo em Itapejara D’Oeste debate a necessidade da implantação das tecnologias de baixo carbono29
Itapejara D’Oeste, sediou, dia 07 de novembro, Dia de Campo que reuniu cerca de 20 participantes entre produtores rurais do município e do entorno e contou com a organização e o apoio de agentes técnicos da SIA (Serviço de Inteligência em Agronegócios) e da ATER ITAPEJARA, empresas que prestam serviços de assistência técnica e extensão rural na região.
A capacitação ocorreu na propriedade do Sr. Alvício de Souza, de 74 anos, que mora na propriedade e trabalha com agricultura e gado para leite e corte há mais de 50 anos. Desde a aprovação da proposta como Unidade Demonstrativa e com apoio do Projeto Rural Sustentável, seu Alvício, intensificou as ações de assistência técnica e a partir daí melhorou os resultados de produção de leite ao utilizar outras sementes para pastejo, equacionar a passagem do gado nos piquetes e controlar o uso dos adubos.
Durante o encontro, além da demonstração em campo das ações de recuperação das áreas degradadas implantadas na propriedade, os técnicos discutiram com os participantes a necessidade da mudança na forma de se fazer agricultura. Como alternativa, Jean Carlos Mezzalira, técnico responsável pelo Dia de Campo, defendeu a implantação dessas novas tecnologias, como meio viável para aumentar os resultados de produção ao mesmo tempo que se preservam as questões ambientais envolvidas nos processos de produção agrícola.
Seu Alvício, descreve também as melhorias que obteve ao longo dos últimos anos na propriedade: “Hoje nós temos ordenhadeira, resfriador, trator, carreta agrícola, ensiladeira, dois silos para armazenagem, minha casa e a casa do meu filho” descreveu orgulhoso. O produtor falou ainda da área de preservação permanente de mata ciliar que costeia o Rio Santana, “essa floresta está aqui desde a época do meu pai e é muito boa para manter o rio limpo e sempre cheio”, diz ele.
O Engenheiro Agrônomo, Diego Gheller, reforça a importância da realização dos eventos de capacitação. “Os dias de campo servem para mostrar na prática que realmente é possível preservar e produzir obtendo lucro, além de mostrar aos demais produtores que as suas propriedades rurais também podem participar do projeto como Unidades Multiplicadoras”, defende ele.
Qualidade do leite é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Qualidade do leite é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Produtores conheceram a Unidade Demonstrativa e receberam orientações sobre o manejo na ordenha.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 11 de novembro, o Dia de Campo (DC) no rural Sítio Santa Rita de Cássia, do produtor Paulo Sérgio Pereira, localizada no município de Alta Floresta, Mato Grosso, com a temática “Qualidade do Leite”. Participaram do evento 36 pessoas.
A propriedade possui 12 hectares e entrou no Projeto Rural Sustentável (PRS) como Unidade Demonstrativa (UD) aplicando a tecnologia Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P) em quatro hectares.
O objetivo dessa tecnologia de baixo carbono é recuperar uma área degradada, promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Seu Paulo, conta que antes de entrar no projeto, o pasto era pobre, com solo exposto e não tinha nenhuma árvore para sombreamento para os animais. “Com esse projeto, nós recebemos incentivo para a implantação de água nos piquetes e fazer outras melhorias, além de receber suporte técnico que nos orientou sobre o manejo das vacas de leite e ensinou outras práticas”, comenta o produtor.
O agente de assistência técnica do PRS, Alexsandro Capeleti, falou sobre a importância de o produtor rural manter a alta qualidade do leite, o que implica em fazer um excelente manejo na ordenha, para reduzir a contaminação microbiana, química e física do leite.
“Dentre as principais práticas de produção que objetivam a melhoria da higiene da ordenha, as principais são evitar lesões nas vacas e a introdução de contaminantes no leite, garantir boas condições higiênicas durante a ordenha e manter uma correta armazenagem do leite após a ordenha”, explica o técnico.
Agricultores baianos conhecem práticas sustentáveis de cultivos agrícolas
Agricultores baianos conhecem práticas sustentáveis de cultivos agrícolas
Propriedade modelo foi palco para o Dia de Campo
Agricultores e técnicos participaram, na terça-feira (14) de um dia de Campo sobre o Projeto Rural Sustentável, em uma propriedade modelo para a preservação do meio ambiente. O evento aconteceu no município de Nilo Peçanha, as margens da BA001, na propriedade do senhor, Remo Zucchi.
A agente técnica, Samile Aguiar apresentou as tecnologias sustentáveis apoiadas pelo Projeto, assim como a proposta de trabalho e como funcionam as práticas.
Recuperação de área degradada com Pastagem (RAD-P), Recuperação de Área Degrada com Floresta (RAD-F), Integração Lavoura Pecuária e Florestas, incluindo Sistemas Agroflorestais (SAFs), Plantio de Florestas Comerciais e Manejo de Florestas Nativas, foram os temas abordados no encontro. Os agricultores também tiraram dúvidas sobre como funciona a proposta técnica, seus critérios e o apoio financeiro dado pelo Projeto.
O produtor rural, Remo Zucchi, é um dos contemplados e contou como está sendo participar do projeto. “Ouvi falar no Projeto Rural Sustentável e suas ações, fui buscar uma ATEC para conhecer minha propriedade e dizer que eu queria fazer parte do Projeto. Já fazia uma agricultura profissional e sustentável, a intenção era manter e melhorar o que já tinha. Logo recebi o bônus financeiro e empreguei nas culturas que eu já cultivava, a exemplo do SAF, cacau, banana e seringueira. Hoje eu indico e estimulo meus vizinhos a abrirem as porteiras e deixar que esse projeto faça a diferença na propriedade deles”, explicou Remo.
Ao final dos trabalhos, os agricultores fizeram o agendamento da visita técnica em suas propriedades.
Sistema Agroflorestal é destaque em Valença na Bahia
Sistema Agroflorestal é destaque em Valença na Bahia
Receita de biofertilizante é alternativa para melhorar produção da lavoura
Agricultores familiares de Valença, da comunidade do Camborja, participaram na tarde da última segunda-feira (13), de um Dia de Campo sobre as ações do Projeto Rural Sustentável. O encontro aconteceu em uma casa de farinha tradicional, e reuniu 30 participantes entres produtores e técnicos agrícolas.
Com a apresentação do Projeto, os agricultores puderam entender como funciona as tecnologias de baixo carbono trabalhadas no Rural Sustentável e o objetivo de cada uma delas. Na ocasião eles ficaram sabendo como funcionam as Unidades Multiplicadoras (UMs), Unidades Demonstrativas (UDs), Recuperação de Área Degradada com floresta (RAD-F) e Recuperação de Área de Pastagem.
O Sistema Agroflorestal (SAF), é encontrado em boa parte das propriedades dos agricultores daquela região, o que despertou a intenção dos produtores em aderir ao Projeto. Seu Alexandre de Jesus Santos, de 49 anos, é um beneficiário do projeto e já tem uma UD e produz cacau, banana e seringa, em seus 2 hectares de SAF.
“Para mim é uma alegria enorme, fazer parte de um trabalho grandioso como esse. Tem oito meses que estou trabalhando de forma sustentável, com vontade de fazer o uso consciente da terra e assim ficar para sempre na lembrança”, revelou seu Alexandre.
O técnico Rogério de Matos, da Cooperativa de Presidente Tancredo Neves (Copatam), apresentou uma receita de biofertilizante conhecida como biocalda de cacau, a substância elaborada de forma caseira e que ativa a propagação microbiológica do solo. “A intenção é fazer com que o agricultor deixe de comprar agrotóxicos, e faça uso dessas alternativas que permite o aumento da produtividade da lavoura, com uma planta mais bem nutrida, forte e sofrendo menos ataques de agentes externos”, assegurou Rogério.
Reposição florestal aquece comércio de mudas em Cotriguaçu no Mato Grosso
Reposição florestal aquece comércio de mudas em Cotriguaçu no Mato Grosso
Produtores esclareceram dúvidas sobre as tecnologias de Agricultura de Baixo Carbono.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 11 de novembro, o Dia de Campo (DC) no Sítio Ecológico, do produtor Monzés Vieira da Rocha, localizada no Projeto de Assentamento (PA) Juruena, no município de Cotriguaçu, no Mato Grosso, com a temática “Reposição Florestal com Sistemas Agroflorestais (SAFs)”. Participaram do evento 17 pessoas.
O produtor Monzés, tem uma Unidade Demonstrativa (UD) com quatro hectares onde desenvolveu um Sistema Agroflorestal (SAF), que favorece a recuperação da produtividade de solos degradados através de espécies florestais, frutíferas e hortaliças.
Os Sistemas Agroflorestais são consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que podem ser utilizados para restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. O plantio das espécies agrícolas e florestais deve ser realizado na mesma área.
A engenheira florestal e assistente técnica do PRS, Silvana Fuhr, explicou sobre legislação ambiental, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) e como trabalhar as tecnologias de Agricultura de Baixo Carbono no Projeto Rural Sustentável.
“Em relação as tecnologias, um dos grandes desafios para os produtores interessados no Rural Sustentável é reorganizar seu sistema de modo a atender a expectativa de criar gado e produzir floresta, por exemplo, uma vez que ele precisa isolar uma área da propriedade para que as mudas incorporadas na pastagem e vigorem”, explica Silvana.
Algumas alternativas estão sendo debatidas com os produtores, como o isolamento das mudas individualmente, o isolamento das mudas em fileiras com cerca elétrica e o isolamento total da área recuperada com cerca elétrica. “As alternativas com cerca elétrica tem sido a mais econômica, porém, o gado manejado neste sistema, na maioria das vezes, é da raça Nelore, que não respeita a cerca e invade a área, destruindo as mudas em formação”, comenta Silvana.
A reposição florestal está sendo, bastante, discutida pela Secretaria de Meio Ambiente e pelo Ministério Público por meio do projeto Reflorestamento Afirmativo, em que os infratores de crimes ambientais são convidados, extrajudicialmente, a recuperar a área que desmataram. Esta foi uma medida encontrada pela promotoria para efetivar a recuperação proativa em Cotriguaçu.
Essa ação, além de ter o ganho ambiental com a reposição florestal de áreas desmatadas, criou uma demanda para compra de mudas e sementes na região, gerando renda aos produtores que têm espécies com porte adequado para fornecer.
“A gente observa que as tecnologias integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs), favorecem a produção de mudas e a coleta de sementes, incentivando o comércio dessas mudas e se transformando em outra atividade econômica para o produtor”, finaliza Silvana.
Muitos produtores estão interessados em entrar no PRS como Unidade Demonstrativa (UD) e/ou Unidade Multiplicadora (UM), cujo prazo para submissão de propostas encerra no próximo dia 30/11. Mais informações acesse http://www.ruralsustentavel.org/participe/.
Suplementação mineral de animais é abordada em dia de campo de Tucumã no Pará
Suplementação mineral de animais é abordada em dia de campo de Tucumã no Pará
Produtores rurais conheceram formas de garantir a saúde do rebanho.
A suplementação mineral foi tema do dia de campo, realizado nesta sexta-feira (10), no Sítio Manelin, unidade demonstrativa do Projeto Rural Sustentável (PRS), localizada em Tucumã, no sudeste do Pará. O evento reuniu 27 participantes, entre os quais, produtores rurais do município que conheceram formas de garantir os minerais necessários ao gado, principalmente o de leite, e promover o bem-estar animal.
Funções, fontes e fisiologia dos minerais foram alguns dos pontos abordados na palestra. A suplementação mineral tem a finalidade de suprir necessidades nutricionais dos animais que influenciam em fatores, como por exemplo, crescimento, equilíbrio hormonal e a produção regular de leite.
Segundo o médico veterinário Thiago Farias, além dos minerais, outros fatores no pasto contribuem para a nutrição do animal, como a existência de árvores no local para o gado descansar. É o que ocorre no Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um das tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo PRS.
“Essa parte do ILPF é indicada tanto para o gado de leite quanto de corte. A partir do momento que o animal tiver a alimentação adequada terá uma parte do dia que ele terá que descansar de baixo do sombrite, formada por árvores, que disponibilizam a melhor sombra. Hoje temos as espécies teca, a seringueira e o oiti que crescem muito rápido. Então, é adequado para o animal esse repouso”, explica o médico veterinário.
Além disso, Farias recomenda, que a suplementação mineral seja indicada quando não há nutrientes no pasto. No entanto, se o produtor fizer a adubação adequada não há necessidade da reposição de nutrientes na ração o que implica em menor gasto para o produtor, com suplementos.
A adubação foi uma das ações que o produtor rural, Lindomar José de Oliveira, beneficiário do PRS, fez quando recuperou a área degradada em sua propriedade, o Sítio Manelin. Para ele, a adubação garantiu a proteção ao capim, sem o uso de métodos químicos contra pragas, como a cigarrinha das pastagens, uma incidência comum na região.
“A adubação contribuiu tanto para recuperação quanto para a disponibilidade folhagem. Nós seguimos as orientações do técnico. Fizemos análise de solo e as correções necessárias. Nós percebemos que a área onde não havia sido feita a correção, era mais frágil. Com a correção no capim, gastamos menos na suplementação mineral, pois o pasto bem adubado já disponibiliza esses minerais”, finaliza o produtor rural.
Adubação orgânica é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Adubação orgânica é tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Processo torna as plantas mais resistentes às pragas e doenças, protege e melhora a vida do solo.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 03 de novembro, o Dia de Campo na propriedade rural Sítio Sombra da Mata, do produtor Alisson Pilege Oliveira, localizada Vicinal 3 Leste, no município de Alta Floresta, com o tema “Adubação Orgânica”. Participaram do evento 38 pessoas.
Alisson Pilege nasceu em família de agricultores, em Mato Grosso, e há anos tenta fazer dar certo a criação de gado leiteiro. A maior dificuldade era manter a produtividade do leite em alta, uma vez que na propriedade o pasto era degradado, sem adubação e sem sombreamento, uma vez que, não se discutia o conforto térmico animal, na época.
“Depois de muitas dificuldades e a oportunidade de ter assistência técnica, produzimos, em uma área de 1 hectare, 120 litros de leite/dia, com 10 vacas em lactação. Com o Projeto Rural Sustentável, ainda compramos mais vacas leiteiras e mecanizamos a sala de ordenha”, comenta o produtor.
O tema do DC chamou a atenção dos produtores da região que queriam entender o que é a adubação orgânica e saber sobre as vantagens. A técnica torna as plantas mais resistentes às pragas e doenças, protege e melhora a vida do solo, ajuda a restaurar a biodiversidade, mantém a fertilidade do solo ao longo do tempo e ainda produz frutas e hortaliças mais saborosas e nutritivas.
A agente de assistência técnica (ATEC), Darline Trindade Carvalho, do Rural Sustentável, explicou que a matéria orgânica é a parte do solo que já foi ou ainda é viva. É constituída de resíduos de origem vegetal ou animal, como: estercos, restos de cultivos que ficam no campo, palhadas, folhas, cascas e galhos de árvores, raízes das plantas e animais que vivem no solo. Estes podem estar vivos, como os pequenos animais ou já em decomposição, como os resíduos de plantas incorporados ao solo ou em cobertura. As hortaliças são as que mais respondem à aplicação de adubos orgânicos” esclareceu Darline.
O composto orgânico, que é o adubo ideal para ser utilizado na agricultura orgânica, não polui o meio ambiente e, ainda, pode ser produzido na própria propriedade. Além de ser uma boa fonte de macronutrientes, possui micronutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas e, ainda reduz a acidez do solo. Existe também a adubação verde, que é uma outra maneira de cultivar e tratar o solo, princípio básico da agricultura orgânica. Esse tipo de adubação consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal, semeadas em rotação, sucessão e até em consórcio com culturas de interesse econômico.
A propriedade do Sr. Alisson Pilege, tinha o pasto muito pobre e desgastado. Ele implantou a Unidade Demonstrativa (UD) com a tecnologia de Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD-P) em 1 hectare; e Recuperação de Área Degradada com Florestas (RAD-F) em 3 hectares. Com a tecnologia RAD, aliada à adubação orgânica, o Sr. Alisson recuperou uma área degradada, promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Dia de campo tem participação de crianças e adolescentes
Dia de campo tem participação de crianças e adolescentes
Filhos e filhas de produtores rurais conheceram sobre a produção de mudas.
A produção de mudas é a primeira etapa para grande parte da prática agrícola e essencial para desenvolvimento da cultura com maior qualidade. Meninos e meninas que já desenvolvem essa prática na Escola Escada Alta, tiveram um conhecimento a mais no dia de campo com a seleção de sementes e os nutrientes necessários para o crescimento da planta.
“Já tenho atividades como essa na escola. Mas, ainda não sabia outras técnicas, como relar e quebrar a dormência das sementes,” disse Hellen Vitória de 15 anos, que mora com os avós, produtores rurais, e com quem irá compartilhar o que aprendeu.
Wesley Nayron, de 14 anos, é filho de agricultor e pensa em ajudar os pais quando crescer. Para ele, o dia de campo também contribuiu para ampliar o conhecimento no cultivo de plantas. “Gostei, pois, mostrou como selecionar as sementes e como podem ser mais produtivas”, comenta o adolescente que também se interessou pelo PRS. “Aprendi que devemos plantar com respeito ao meio ambiente. Plantar castanheiras [árvore nativa da Amazônia], por exemplo e não queimar a mata”.
Para a diretora da Escola Escada Alta, Zilda Elizalde, o momento é de grande importância para os meninos e meninas como atores do campo, além de desenvolver uma consciência ambiental entre eles. “Acho o Projeto [Rural Sustentável] imprescindível, já que são filhos de agricultores e residem no campo. Eles não podem ficar alheios as programações que os pais estão participando. Eu acredito que mesmo que não se tornem produtores, eles jamais irão esquecer que lidar com a terra é lidar com a própria vida. O cuidado com a terra é cuidado com a mãe natureza”, finaliza a diretora.