Floricultura e Jardinagem
Floricultura e Jardinagem
Mulheres aprendem a fazer paisagismo em Dia de Campo na Bahia
Mulheres do município de Teolândia, próximo a Valença na Bahia foram recepcionadas em atividade na propriedade rural do agricultor familiar e também beneficiário do Projeto Rural Sustentável, Agenildo do Nascimento.
O encontro aconteceu no dia 15 de Fevereiro e reuniu cerca de 30 participantes em sua maioria mulheres que são da comunidade rural do Limoeiro e associadas ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Teolândia. Elas se mostraram interessadas em participar do Dia de Campo como oportunidade de aprender, adquirir novas informações e serem multiplicadoras do tema ligado a Agricultura de Baixo Carbono.
A atividade foi conduzida pela florista e especialista em Flores do Deserto a Srª Elenildes Duarte Soares, também agricultora familiar da região. Elenildes fez uma breve apresentação sobre floricultura e paisagismo, explicando as variáveis que envolve o trabalho com as flores, os tratos culturais, a semeadura e os cuidados pós plantio dentre outras informações relevantes para se fazer um belo Jardim.
“Mesmo não fazendo parte do Projeto Rural Sustentável, me sinto privilegiada em poder participar de uma atividade tão rica de informações. Espero que futuramente o Projeto possa abranger mais municípios do Território Baixo Sul, para que mais agricultores possam adquirir consciência sobre os cuidados com o meio ambiente,” disse Fernanda Moreira, diretora do STTR de Teolândia.
Biofertilizantes, uma alternativa para agricultura sustentável
Biofertilizantes, uma alternativa para agricultura sustentável
Produção pode reduzir custos na propriedade
Biofertilizante, significa adubo vivo, que contém organismos vivos que ajudam no controle de doenças e minerais que irão nutrir as plantas.
Com esta temática os produtores rurais do município de Taperoá na Bahia, que participaram do Dia de Campo, realizado em 01 de Fevereiro na comunidade rural Paulista, enriqueceram seu conhecimentos e trocaram informações sobre a biocalda, que é conhecida também como biofertilizante.
Esta é uma prática que ao potencializar os ciclos internos à propriedade familiar contribui para a diminuição de dependência à insumos químicos e, por consequência, para a redução de custos de produção gerados na propriedade.
Os biofertilizantes podem ser feitos com qualquer tipo de matéria orgânica fresca (fonte de organismos fermentadores). Na maioria das vezes são utilizados estercos, mas também é possível usar somente restos vegetais.
Apesar das dificuldades de acesso os moradores da comunidade não mediram esforço para participarem da atividade que contou com 45 produtores, que em sua maioria eram beneficiários do Projeto. Alguns deles nunca tinham participado diretamente de um Dia de campo com, com direito a práticas de campo.
Manejo de Florestas Comerciais, teoria e prática no campo
Manejo de Florestas Comerciais, teoria e prática no campo
Pesquisadores realizam Inventário Florestal em Unidade Demonstrativa
A propriedade da família Gnoatto em Itapejara D’oeste no Paraná, recebeu no dia 14 de fevereiro de 2019, um grupo de pesquisa em silvicultura e sistemas integrados de produção, para realização de mais um Dia de Campo promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS).
Os 15 participantes, entre agricultores e alunos dos cursos de engenharia florestal e agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Dois Vizinhos, reuniram-se para as palestras dos professores Almir Gnoatto e Eleandro Brun, na Unidade Demonstrativa da família. Os professores abordaram temas relacionados ao plantio e manejo de Florestas Comerciais, como alternativa de renda para a pequena propriedade rural.
O professor Almir, proprietário do sítio e também produtor rural, destacou que a implantação desta tecnologia apoiada pelo PRS pode se tornar uma espécie de “poupança verde” ao produtor, incrementando e diversificando a renda da propriedade, caso ele tenha condições de aguardar o crescimento da floresta e fazer o corte no período ideal.
Eleandro Brun, professor do curso de engenharia florestal, enriqueceu o dia de campo com dados e informações importantes para o bom desenvolvimento da floresta. Durante a atividade prática, apontou para questões técnicas como preparo e adubação do solo, escolha das mudas certas, período ideal e espaçamento do plantio, controle de pragas, raleamento e desbaste.
Levando o conteúdo para ações práticas os participantes analisaram a questão do raleamento das árvores e a importância desse procedimento para que a floresta cresça sem competição interna, garantindo o crescimento do maciço, sem perdas nutricionais e energética.
Como atividade de campo, os participantes escolheram uma parcela da floresta para realizar um pequeno inventário das condições florestais que, posteriormente dará embasamento para intervenções de raleio e desbaste a serem executadas pelo produtor rural.
Produtores do Paraná são capacitados sobre nutrição e conforto animal
Produtores do Paraná são capacitados sobre nutrição e conforto animal
Alimentação diversificada e manejo contribuem para aumento da produtividade
Volume e qualidade da produção de leite estão diretamente relacionados ao trato cultural feito pelo produtor com o gado leiteiro. Essa foi a mensagem final transmitida no Dia de Campo em Realeza, sudoeste do Paraná, no último dia 13 de fevereiro. A capacitação foi a última realizada pelo Projeto Rural Sustentável no município, após ciclo de vários eventos nos últimos meses.
Os produtores anfitriões, Dona Leda, Carmen e Silvio Batistella receberam os participantes no pavilhão da comunidade, onde foi ministrada a palestra. Como atividade prática, os participantes visitaram a Unidade Demonstrativa (UD) aprovada no Projeto com a presença do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Jacir Rodrigues, técnico responsável pelo atendimento aos produtores e organizador do Dia de Campo, destacou a importância da junção de atividades que potencializam a produção do leite. Para aprofundar a temática, Alexandre José Crestani, técnico agrícola especialista em nutrição animal, falou sobre necessidade de diversificar a alimentação animal e fez demonstrações práticas durante a palestra.
“Sabemos que no caso do pequeno e médio produtor, a integração de diferentes elementos na nutrição é necessária para melhorar a produtividade. Por isso, trabalhamos com o equilíbrio da alimentação fibrosa a base de pasto, juntamente com os concentrados como a silagem de milho, o farelo de soja e a ração”, destacou ele.
Como complemento, Jacir apresentou o histórico da propriedade da família Batistella que possui 4 hectares de tecnologia implantada sendo parte de lavoura em consórcio com louro pardo, espécie nativa da Mata Atlântica, e outra parte de piquetes com pastagem em consórcio com eucaliptos plantados para dar conforto térmico aos animais.
Ao final dos trabalhos teóricos e práticos, os participantes visitaram a propriedade e puderam observar em loco e eficiência do sistema.
Manejo de pastagens para tornar a propriedade mais sustentável
Manejo de pastagens para tornar a propriedade mais sustentável
Confinamento é uma estratégia viável para produção de gado no norte de Mato Grosso
Produtores do município de Brasnorte no estado do Mato Grosso, se reuniram dia 25 de janeiro de 2019, em Dia de Campo com os temas: linhas de crédito que apoiam tecnologias do Plano ABC (Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), utilização do capim Mombaça em sistema de confinamento e recuperação de pastagens.
O Dia de campo foi realizado no Sítio São Jorge, propriedade de Jorge Tatsuo Moiya e contou com a presença de 28 produtores da região.
O primeiro palestrante foi o gerente do Banco do Brasil agência de Brasnorte Célio Batista, que apresentou as diversas linhas de crédito disponíveis aos produtores com objetivo de tornar as propriedades mais sustentáveis e mais rentáveis. São créditos que apóiam a construção de biodigestores, instalação de placas solares, sistemas de irrigação, licenciamentos e etc.
O engenheiro agrônomo e técnico da EMPAER, Robson Lobo, falou sobre recuperação e reforma de pastagens e a importância de ter o pasto em boas condições por meio do manejo adequado, realizando periodicamente análise de solo com o controle de pragas e doenças. Robson falou também sobre a importância de escolher o capim adequado, além dos excelentes resultados obtidos com a implantação do sistema ILPF (Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta).
O produtor Vilmar Lima Pereira participou do encontro e apresentou o seu sistema de produção de gado em confinamento. Neste sistema, segundo ele, o gado é tratado com capim Mombaça triturado e distribuído diretamente no cocho aos animais.
São necessários 4 hectares de capim para tratar 100 cabeças de gado por ano. Vilmar explicou que durante 8 meses o gado é tratado com o capim triturado e os outros 4 meses, correspondentes ao período da seca, é tratado com silagem de milho, cana e adicionais preparado na propriedade.
Os participantes visitaram os piquetes que receberam adubação e sementes para observar a importância do manejo adequado.
A importância da escolha do capim para cada época do ano
A importância da escolha do capim para cada época do ano
A resistência de cada espécie varia entre períodos de seca e períodos chuvosos
Em 14 de dezembro o Projeto Rural Sustentável realizou Dia de Campo no Sítio Vale do Juruena, propriedade de Adriano G. da Silva e família, localizado no município de Brasnorte, no estado do Mato grosso.
O evento que contou com a presença de 38 pessoas, entre homens, mulheres, jovens e crianças, abordou o tema “Recuperação e Reforma de Pastagem”. O palestrante Robson Vicente Lobo foi o engenheiro agronomo e técnico da EMPAER (Empresa Mato Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural).
Robson explicou que entre os fatores que degradam uma pastagem, a principal é o uso intensivo do solo sem a preocupação de repor os nutrientes, o que resulta em uma baixa qualidade de capim, alta incidência de pragas e doenças e consequente perda de peso dos animais. Por isso, é importante o acompanhamento da qualidade do solo por meio de amostras enviadas para laboratórios de análise. De posse desses dados, segundo ele, é possível realizar uma adubação de cobertura conforme a necessidade da propriedade.
No Sítio Vale do Juruena foi plantado o capim “Mombaça” (Panicum maximum), uma espécie de gramínea lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no ano de 1994. Esse capim tem um bom desenvolvimento na região, porém ele não cresce nos períodos da seca, que no estado do Mato Grosso pode chegar de quatro a cinco meses. Já a Brachiaria “Brisantao” é uma espécie de pastagem de desenvolvimento regular, mas com a vantagem de ser mais resistente ao período de seca.
O produtor Paulo Leal ponderou que não é recomendado semear capins de diferentes espécies em uma mesma área. Por suas características diferentes uma espécie pode prejudicar o desenvolvimento da outra, por isso devem ser plantadas em piquetes diferentes, se possível considerando capins que se desenvolvem no período da estiagem mesclados com outros que resistem a períodos chuvosos.
Após a palestra, o produtor Adriano mostrou as áreas onde foram realizadas as correções do solo e plantio do capim além de apresentar as áreas piqueteadas. Adriano falou a respeito do tamanho dos piquetes, quantos animais suportam e quantos dias ele deixa os animais em cada piquete.
Pasto nativo precisa ser manejado para garantir produtividade a pecuária de corte
Pasto nativo precisa ser manejado para garantir produtividade a pecuária de corte
Atividade é tradicional no Rio Grande do Sul
Lagoa Vermelha, a 300 quilômetros da capital gaúcha, é conhecida como a capital do churrasco. E no município, há incentivo para aqueles que querem produzir gado de corte a pasto nativo. Este foi o tema da palestra de Vilson Nadin, agrônomo da Emater, em mais um dia de campo do Projeto Rural Sustentável no estado, em 15 de fevereiro. Percebida como tradição, a pecuária de corte em campo nativo enfrenta desafios para se tornar competitiva frente a outras atividades.
Nadin falou sobre a importância do plantio de pastagens perenes de estação fria, como o tifton, ao grupo de cerca de 30 produtores rurais. O processo de melhora do campo nativo passa também pela colocação de calcário e depois fósforo. Outra orientação é a rotação de pastagem. Ao dividir a área em espaços menores e trocar o gado de lugar de tempos em tempos permite-se o surgimento de capim novo.
Um exemplo desse processo é a propriedade de Muril da Silva Lima, visitada pelos participantes e na qual também foram introduzidas leguminosas, como o trevo branco. Dessa forma é possível conseguir pasto para o gado o ano inteiro, melhorando assim a produtividade.
O resultado, porém, é lento “um indicador de aumento da fertilidade do solo é o aparecimento de pegas-pegas (Desmodium) e trevos (Trifoliumriograndenses),” apontou o agrônomo. Os produtores também receberam informações sobre jardinagem com plantas comestíveis e melhoramento genético do gado.
Práticas conservacionistas da água e do solo
Práticas conservacionistas da água e do solo
Temas foram abordados em dia de campo em Rondônia
No dia 08 de fevereiro de 2019 aconteceu no município de Buritis/RO, Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável realizado pelo Senar/RO.O evento foi realizado na propriedade do Sr. Jessé Francisco Mota que conta com a tecnologia Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em um sistema que consorcia cacau, café, banana, teca, pupunha e pasto para o gado entre outras espécies nativas.
O Dia de Campo foi feito em 3 estações de trabalho divididas na propriedade de tal forma que os participantes puderam conhecer diferentes instalações, entre eles a plantação de café consorciado com a banana, o cacau e outras espécies nativas, além do sistema de integração dessas culturas com a floresta.
O engenheiro agrônomo Diones Ramos Soares, abordou técnicas conservacionistas do solo e da água onde citou a importância da análise de solo por parte dos produtores para que possam ter uma boa produtividade. Ele explicou também a urgência da manutenção das matas ciliares para diminuir a escassez dos recursos hídricos. O tempo que a natureza gasta para recompor 1cm de solo degradado pode passar dos 100 anos.
A engenheira Ayanna Patrícia Alves de Lima Campanha, falou sobre sistemas agroflorestais de cacau e café e explicou um pouco como funcionam os concursos de café e as etapas de avaliação. O técnico da Emater da cidade de Buritis, João Orlando Bernardino da Silva explicou sobre a Integração da Lavoura, Pecuária e Floresta e os principais benefícios dessa tecnologia.
O evento aconteceu com a participação de cerca de 25 produtores rurais entre homens e mulheres que puderam conhecer novas tecnologias e trocar conhecimentos com o proprietário e os demais presentes.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).
Sustentabilidade da pecuária depende do manejo adequado dos solos
Sustentabilidade da pecuária depende do manejo adequado dos solos
Recuperar para não ter que reformar
O dia de Campo realizado no município de Brasnorte, no Mato Grosso, promovido pelo Projeto Rural Sustentável, abordou como tema “Recuperação e Reforma de Pastagem”. O encontro aconteceu no Sítio Boa Vista na propriedade de Edgar Benedito Isidor e contou com a presença de 41 pessoas, dentre elas, produtores, gestores e autoridades do município.
O palestrante foi o engenheiro agrônomo Robson Vicente de A. Lobo, técnico da EMPAER (Empresa Mato Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural), que começou explicando a diferença entre recuperar e reformar a pastagem.
Segundo ele, reformar tem menor custo porque o manejo inadequado dos solos causa perda de produtividade podendo trazer prejuízos para o produtor. As falhas mais comuns são: superlotação de unidade animal por área e manejo inadequado do solo. Robson explicou que com o tempo, o solo vai naturalmente perdendo seus nutrientes por lixiviação e exportação dos nutrientes que são absorvidos pelo capim. “Atualmente é possível saber qual a taxa de exportação de cada espécie de capim. Baseado neste valor devem ser repostos os nutrientes e micronutrientes do solo realizando assim a recuperação da pastagem,”explicou o agrônomo.
Referente ao rotacionamento do gado nos piquetes, foi apresentada uma régua desenvolvida pela da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que tem a função de orientar a altura ideal para colocar o gado para pastar e a altura ideal para retirar o gado do piquete. Esta medida tem variação de acordo com cada espécie de pastagem obedecendo a fisiologia de cada capim; se utilizar esta técnica o produtor pode fazer um ciclo de 15 dias de entrada e saída do gado em cada piquete.
Ao final os produtores foram até a área de pastagem e puderam acompanhar a utilização da régua desenvolvida pela Embrapa.
Mandioca, a raiz do agricultor familiar
Mandioca, a raiz do agricultor familiar
Cultivo da raiz foi tema de dias de campo realizados em Rondon do Pará e Dom Eliseu
Farinha, tapioca e maniçoba. Esses, são produtos típicos da gastronomia no Pará e que tem origem em uma raiz, a mandioca. Muito presente no prato do paraense, ela é a fonte de renda de muitos agricultores familiares e foi tema de dois dias de campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS). Os encontros foram realizados em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor), nas fazendas Mineral e Santa Clara, localizadas respectivamente, em Rondon do Pará e Dom Eliseu.
Os eventos tiveram a participação de 57 produtoras e produtores rurais que conheceram as etapas de cultivo da mandioca, desde a escolha do solo até como a raiz pode ser beneficiada e gerar renda para o produtor. “Mostramos para o agricultor alguns detalhes importantes para melhorar sua produção. A gente sabe que no Pará, a média é dia 15 toneladas por hectare. Mostramos que com pequenas técnicas esse número pode melhorar e chegar a 20, 30 toneladas por hectare, o que dá um grande ganho para renda”, comentou o engenheiro agrônomo Luziel Oliveira Ferreira, do Ideflor.
Nos dias de campo, foram apresentadas as etapas desde a escolha e preparo do solo, espaçamento entre as plantas, a prática de capina, controle de pragas e doenças até a forma de colheita da raiz mais segura para o agricultor.
A madioca é uma cultura de ciclo curto que pode gerar renda ao produtor a curto prazo, mas os agricultores podem beneficiar a raiz de diversas formas e explorar outras partes da planta. “Da raiz se faz farinha e goma. Das manivas replicamos o seu plantio e não é necessário comprar, pode-se fazer das plantas já existentes. Das folhas se faz a maniçoba. A planta produz vários produtos. Só vender a raiz pode não gerar tanta renda, se o preço estiver baixo. Se o produtor transformar aquela matéria-prima pode ter muito mas renda na sua propriedade.”, ressaltou o agrônomo.
Há mais de 30 anos o produtor rural Hosano Barbosa cultiva a mandioca e pretende colocar as técnicas apresentadas em prática. “Eu sempre tirei a minha renda da mandioca e o que aprendi hoje testarei na produção. Sempre quero melhorar o plantio e aumentar a produção”, comentou o agricultor.
O cultivo da mandioca também contribui para a implantação do Sistema Agroflorestal (SAF) melhorando a produtividade da planta quando está em consócio com outros espécies. No SAF, a mandioca dá sombreamento para as culturas de ciclo longo como cupuaçu e açaí entre outras espécies, que terão a primeira colheita após quatro ou cinco anos. Além da função do SAF a mandioca é uma cultura de ciclo curto e pode melhorar a renda do produtor em apenas alguns meses.
O produtor rural Noemi Antônio Rodrigues obteve resultado positivo, na primeira colheita de mandioca, após a implantação do SAF. “Nessa primeira colheita, colhi 48 sacas de goma que deu uma rentabilidade de quase R$ 20 mil. O que pretendo é ampliar a minha produção e diversificar, colher açaí e castanha do Pará,” comentou o agricultor.
Há dois anos, Antônio Arrais Filho, iniciou a implantação do SAF consorciando o paricá, uma espécie de árvore muito comum na Região Amazônica, como componente florestal e espécies frutíferas, além do feijão e mandioca. “Eu tive um resultado muito bom, já colhi feijão, limão, inhame, maracujá, quiabo e melancia. E sei que ainda posso colher muito mais. Tudo começou com a mandioca junto com o paricá. Melhorou a renda e aumentou a minha produtividade”, finalizou o produtor rural.