Sustentabilidade da pecuária depende do manejo adequado dos solos

Recuperar para não ter que reformar

O dia de Campo realizado no município de Brasnorte, no Mato Grosso, promovido pelo Projeto Rural Sustentável, abordou como tema “Recuperação e Reforma de Pastagem”. O encontro aconteceu no Sítio Boa Vista na propriedade de Edgar Benedito Isidor e contou com a presença de 41 pessoas, dentre elas, produtores, gestores e autoridades do município.

O palestrante foi o engenheiro agrônomo Robson Vicente de A. Lobo, técnico da EMPAER (Empresa Mato Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural), que começou explicando a diferença entre recuperar e reformar a pastagem.

Segundo ele, reformar tem menor custo porque o manejo inadequado dos solos causa perda de produtividade podendo trazer prejuízos para o produtor. As falhas mais comuns são: superlotação de unidade animal por área e manejo inadequado do solo. Robson explicou que com o tempo, o solo vai naturalmente perdendo seus nutrientes por lixiviação e exportação dos nutrientes que são absorvidos pelo capim. “Atualmente é possível saber qual a taxa de exportação de cada espécie de capim. Baseado neste valor devem ser repostos os nutrientes e micronutrientes do solo realizando assim a recuperação da pastagem,”explicou o agrônomo.

Referente ao rotacionamento do gado nos piquetes, foi apresentada uma régua desenvolvida pela da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que tem a função de orientar a altura ideal para colocar o gado para pastar e a altura ideal para retirar o gado do piquete. Esta medida tem variação de acordo com cada espécie de pastagem obedecendo a fisiologia de cada capim; se utilizar esta técnica o produtor pode fazer um ciclo de 15 dias de entrada e saída do gado em cada piquete.

Ao final os produtores foram até a área de pastagem e puderam acompanhar a utilização da régua desenvolvida pela Embrapa.