Produtores de guaraná da Bahia conhecem tecnologias de baixo carbono
01Produtores de guaraná da Bahia conhecem tecnologias de baixo carbono
Produtores receberam orientações sobre fertilidade do solo, calagem, adubação e código florestal.
Implantação de tecnologias de baixo carbono na terra do guaraná da Bahia, foi o tema do Dia de Campo, realizado em 29 de novembro, na comunidade do Ponto, em Taperoá na Bahia. Os agricultores participaram das três exposições do evento, e puderam conhecer o Projeto Rural Sustentável que em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), apresentou a importância da adesão de novas tecnologias para cultivo.
O Dia de Campo do (PRS), aconteceu em uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto, onde existe a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF), com banana, cacau e seringa, implantada pelo agricultor José Pereira. “Estou muito feliz em poder fazer parte de um Projeto como esse. Eu sempre busquei trabalhar de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, mas nunca imaginei ser bonificado por isso. Estou muito satisfeito,” revela seu José.
Unidade Multiplicadora, Unidade Demonstrativa, Beneficiários, submissão de propostas e bonificação financeira foram assuntos abordados no stand do PRS. A tecnologia de Sistema Agroflorestal (SAF) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) foram as tecnologias que mais despertaram interesse dos participantes.
Em uma área sombreada por seringueiras, o Atec Mariel da Hora, deu início à atividade prática de manejo e cultivo do SAF, onde os produtores puderam entender o funcionamento da tecnologia. “Hoje foi um dia de conhecimento, todos saíram ganhando, o Projeto Rural Sustentável veio para mudar a vida produtiva e econômica local dos produtores”, disse Mariel.
Irrigação como alternativa para área degradada
Irrigação como alternativa para área degradada
Sistema Agroflorestal de pupunha consorciado com outras espécies frutíferas dá bons resultados em Cotriguaçu
Um dos sonhos de todo agricultor é conseguir implantar um sistema de irrigação eficiente, considerando as dificuldades de logística, compra do material, equipamentos e mão-de-obra. Foi o que fez o produtor rural Silvio José Bragança de Souza, que implantou, com sucesso, um sistema de irrigação em quatro hectares, onde desenvolve a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF) como alternativa para a recuperação de área degrada.
A demonstração do sistema de irrigação, foi tema do Dia de Campo (DC), realizado no dia 16 de dezembro, no Sítio Bragança, localizada no município de Cotriguaçu. O encontro contou com a participação de 20 pessoas, todos vizinhos do seu Silvio José, interessados em aprender mais sobre o SAF, que mescla o plantio de pupunha com outras espécies frutíferas e madeireira; e o sistema de irrigação.
“O plantio da pupunha dura, aproximadamente 18 meses e, se bem manejado, pode se tornar uma alternativa econômica viável para o agricultor, pois é uma espécie com grande procura e de boa aceitação no mercado, daí o interesse da vizinhança em aprender as técnicas de manejo e de irrigação”, explica Silvana Fuhr, agente de assistência técnica do Rural Sustentável.
O Sítio Bragança tem uma área total de 51 hectares e é uma referência de sustentabilidade e autossuficiência na região, pois apresenta mais de 80% de cobertura florestal e desenvolve outras atividades como pasto, coleta de castanha, coleta de sementes, agroindústria além de trabalhar com educação ambiental. A propriedade recebe visitas de estudantes, pesquisadores e agricultores que buscam mais informações sobre essa técnica e sementes de diversas espécies.
Seu Silvio José conta que, mesmo com tantas dificuldades, conseguiu implantar o sistema de irrigação garantindo água para 44 mil pés de pupunha. “Com a irrigação nós conseguimos ter duas safras de pupunha ao ano e, ainda, percebemos que a qualidade dos nossos produtos melhorou. Para o próximo ano queremos começar um novo plantio consorciando castanha e pupunha”, conta o produtor.
Depois da visita à agrofloresta da propriedade, os participantes puderam conhecer a futura casa de beneficiamento de pupunha e outras polpas. Outra conquista do seu Silvio José que só foi possível por ter sido contemplado como Unidade Demonstrativa pelo Projeto Rural Sustentável.
Pasto manejado como lavoura garante melhor produtividade
Pasto manejado como lavoura garante melhor produtividade
Propriedade gaúcha serviu como sala de aula para tecnologias sustentáveis
Tratar o pasto como lavoura. Este foi um dos ensinamentos do Dia de Campo, realizado em Ciriaco, a 280 quilometos da capital gaúcha, Porto Alegre, no dia 15 de dezembro.
Cerca de 50 participantes, conheceram a propriedade de Jarbas Meireles, que produz leite e implantou a tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta, uma das apoiadas pelo projeto Rural Sustentável, que dá incentivo financeiro e assistência técnica por meio de uma cooperação técnica entre o Governo Britânico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).
O projeto apoia também outras três tecnologias de baixo carbono: recuperação de área degradada com pecuária ou floresta, floresta comercial e manejo de floresta nativa.
A área de Jarbas, é uma unidade demonstrativa, uma espécie de sala de aula para mostrar a viabilidade das tecnologias aos demais produtores. No Dia de Campo, Vilson Nadin, técnico da Emater, falou sobre a importância do manejo e da correção do solo com calcário e potássio, como se “o pasto fosse uma lavoura”, esclarece ele.
A participação no projeto influenciou Jarbas: “Antes eu derrubaria tudo, hoje vejo como é importante ter a floresta.” Além do leite, a família produz soja e milho, que utiliza para produção de ração. Com o recurso de 20 mil reais, vindo do projeto, ele investiu em melhorias na propriedade. Para o futuro, quer construir um pavilhão e comprar uma ordenhadeira melhor para dar continuidade ao estudo dos dois filhos, que estão na escola.
O assistente técnico regional da Emater, Ilvandro Barreto de Melo, falou sobre a influência das árvores sobre o ambiente, exemplificando que isso também acontece com as pessoas. Geverson Vanci, o técnico responsável por prestar assistência à propriedade de Jarbas, explicou que a área está na fase de arborização com o intuito de dar mais bem-estar aos animais de leite, e promovendo maior produtividade. A produção de ração no próprio local foi outro ganho da propriedade ao implantar a tecnologia. O resultado foi economia nos gastos.
O Dia de Campo em Ciriaco, encerrou uma série de 53 eventos realizados pelo Projeto Rural Sustentável. Desde agosto, foram 50 unidades demonstrativas apoiadas nos municípios de Vacaria, Lagoa Vermelha, Erechim, Passo Fundo, Barros Cassal, Agudo, Boa Vista das Missões e Frederico Westphalen. Existem ainda as unidades multiplicadoras no estado, que são incentivadas a adotarem as tecnologias de baixo carbono.
Em todo o país, o projeto abrange os estados do Paraná, Bahia e Minas Gerais, no Bioma Mata Atlântica e Mato Grosso, Rondônia e Pará, no Bioma Amazônia. Até agora, as ações do projeto já capacitaram mais de 11 mil produtores, 1.000 técnicos de assistência rural em 2.260 Dias de Campo. Para 2018, estão previstos cursos de formação, além de novos Dias de Campo.
Erva mate sombreada ganha incentivo do projeto Rural Sustentável
Erva mate sombreada ganha incentivo do projeto Rural Sustentável
Produtores gaúchos utilizam técnica que despertou interesse da indústria
A produção de erva mate na sombra vem sendo requisitada pela indústria e tem dado maior lucratividade aos produtores. É o que os moradores de Machadinho, a 360 quilômetros de Porto Alegre, vêm percebendo. Um exemplo disso é a área de Lorenço Baldissera, que produz 1.800 hectares da planta, muito mais do que a média nacional.
É um dos 4 hectares que a propriedade possui dedicados ao sistema agroflorestal (SAF) e apoiado pelo Projeto Rural Sustentável, que incentiva pequenos e médios produtores a adotarem técnicas de redução de emissões dos gases que influenciam as mudanças climáticas. Também são apoiadas propostas que utilizam tecnologias de recuperação de área degrada com floresta e com pecuária, floresta comercial e manejo de floresta nativa.
No município é feito o ciclo completo de produção: a matriz, que é a seleção da planta, o registro do cultivar, que é o tipo cambona 4, a produção, o processamento e a exportação que tem foco no Uruguai.
A implantação da tecnologia na propriedade de Lorenço se iniciou no ano de 2000, com o apoio da Emater e do técnico João Renato Dall Agnol. A propriedade é uma unidade demonstrativa (UD) do projeto Rural Sustentável, uma espécie de sala de aula para mostrar a viabilidade das tecnologias a outros produtores.
No último dia 13 de dezembro, seu Baldissera, recebeu mais de 30 produtores para um Dia de Campo. Ele plantou grãos nativos no meio do campo, que permitem um sombreamento e uma qualidade melhor a erva mate que ganhou a preferência da indústria. Além da erva, a propriedade produz soja, tem bovinocultura de corte e um alambique. “O Rural Sustentável alia preservação e consolida na prática formas para economizar água e uma agricultura menos agressiva”, destaca Renato.
Os temas tratados foram os fatores que influenciam na produtividade como aptidão do produtor para o negócio, planejamento que inclui mão de obra e mecanização, as estradas (se perto ou longe da indústria) e a definição do material genético.
Os técnicos da Emater, também abordaram as dificuldades da agricultura familiar que inclui a perda de produtividade, efeitos climáticos, custo e endividamento, mercado, envelhecimento da população e a falta de diversificação. Se bem organizada, a erva pode ter uma produtividade 170% superior a soja, por exemplo.
Uso Indiscriminado dos Agrotóxicos é tema de encontro de agricultores na Bahia
Uso Indiscriminado dos Agrotóxicos é tema de encontro de agricultores na Bahia
Agricultores conheceram Unidade Demonstrativa e variedade de cacau
O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou no dia 12 de dezembro, no município de Presidente Tancredo Neves, no Baixo Sul da Bahia, o Dia de Campo (DC) com o tema: O Uso Indiscriminado dos Agrotóxicos.
O evento foi realizado no Sitio Barreto, propriedade do senhor, Feliciano Costa Neto, na comunidade de Moenda, já contemplado com uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto. Estiveram presentes 22 agricultores da região, que buscavam conhecer as ações do Projeto Rural Sustentável.
Na ocasião foi explicado o principal objetivo do Projeto que é melhorar a gestão da terra e das florestas por produtores rurais, para o desenvolvimento rural sustentável, redução da pobreza, conservação da biodiversidade e proteção do clima.
As tecnologias apoiadas pelo (PRS), são o Sistema Agroflorestal (SAF), Recuperação de Área Degradada com Pastagem e Floresta, Plantio de Florestas Comerciais e Manejo Sustentável de Florestas.
A Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma prática que além de promover o desenvolvimento rural sustentável, gera renda para os agricultores preservando o meio ambiente. Esse é o método mais eficaz para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa.
A agente técnica, Samile Andrede Aguiar, explicou sobre o Uso Indiscriminado dos Agrotóxicos. Riscos ao meio ambiente e a saúde do homem, descarte inapropriado e quantidade utilizada, foram explicados para os participantes, além da importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), necessários para quem trabalha com produtos químicos.
“É importante tornar público os riscos que sem tem ao utilizar esses produtos. É freqüente o depoimento de pessoas doentes, por conta do uso indiscriminado dessas substancias tóxicas utilizadas na lavoura”, comentou Samile Aguiar.
Os agricultores também puderam conhecer a Unidade Demonstrativa (UD), composta por cacau da variedade cabruca, sistema ecológico de cultivo agroflorestal, contemplada pelo Projeto Rural Sustentável.
Agricultores do Sudoeste do Paraná são capacitados sobre a conservação do solo
Agricultores do Sudoeste do Paraná são capacitados sobre a conservação do solo
Renascença recebe último Dia de Campo previsto no calendário de 2017
O último Dia de Campo, realizado no Paraná em 2017, foi uma oportunidade para falar sobre conservação do solo. Desta vez, os anfitriões da “aula prática” foram seu Idair e Dona Lurdes, pequenos produtores rurais do assentamento Santa Teresa, comunidade de São Brás, no município de Renascença.
A capacitação ocorreu no dia 07 de dezembro e teve como assunto principal, a difusão de práticas reconhecidas no meio rural para obtenção de resultados mais produtivos e menos impactantes sob o aspecto ambiental, em especial sobre a conservação do solo.
Sérgio Carniel, Eng. Agrônomo do Instituto Emater, empresa parceira na realização deste Dia de Campo, destacou elementos importantes que o agricultor deve considerar no dia a dia da produção agrícola, caso queira manter seu solo saudável e forte para o cultivo. “Nós que lidamos com agricultura há anos, sabemos que os produtores num passado recente, cuidavam muito mais e melhor do solo, mas hoje essas práticas se perderam. Ao contrário, estamos vendo ações muito degradantes e sabemos do impacto negativo que isso traz ao produtor e ao meio ambiente”, alerta ele.
Carniel, juntamente com Alberto Nerci, Eng. Agrônomo responsável pela aprovação da proposta da Unidade Demonstrativa e membro da equipe de técnicos da Emater local, compartilharam com os quase 35 produtores convidados, conteúdos importantes para estimular uma reflexão mais profunda sobre o papel de cada produtor nesse processo.
O destaque especial ficou para: (i) combate a erosão por meio do plantio em nível com uso dos terraços ou curvas de nível (popularmente conhecido como murunduns) e do plantio direto; (ii) combate a compactação do solo por meio dos sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, controle de pastejo através da divisão por piquetes com a correta distribuição dos animais por período e também pelo plantio direto; (iii) manutenção da fertilidade do solo por meio de análises técnicas que apontem para potenciais correções de nutrientes, adubação em quantidade e qualidade controladas (utilizando esterco dos próprios animais coletados e armazenados em local adequadas) e escolha de capim correto.
Seu Idair, que há mais de 20 anos trabalha para melhorar as condições de renda da família, contou sobre a implantação do sistema de iLPF, em quase 2 hectares da propriedade e disse que na época, seus vizinhos acharam estranha a iniciativa. “Hoje posso dizer que se não fosse eu e meu filho apostarmos nos eucaliptos junto da pastagem, há 6 anos atrás, não teríamos a produção que temos hoje”, explica ele. Idair falou também, da alegria que sentiu quando soube da aprovação do seu projeto como Unidade Demonstrativa, “eu nunca imaginei que pudesse ser contemplado num projeto como esse, pois fizemos várias melhorias na propriedade com o dinheiro doado e com a assistência técnica que veio junto”.
Com relação ao desmatamento e o aspecto ambiental, Idair se mostrou consciente, “tem países e estados que pensam que precisam desmatar pra produzir mais. Eu já acho que não. É só você investir nessas tecnologias que o PRS apoia, que dá certo. Nós já temos terras abundantes, chega de desmatamento”, destacou ele.
Renascença é um dos 10 municípios no Paraná contemplados pelo projeto, sendo parte dos 20% que atingiu a meta de unidades demonstrativas aprovadas. Nestes últimos 30 dias, o município recebeu 4 Dias de Campo organizados pela equipe da Emater local, levando conteúdos importantes aos produtores sobre as tecnologias apoiadas pelo PRS além de temas envolvendo sustentabilidade ambiental, social e econômica.
Alunos de escola do Pará conhecem os benefícios da produção de mudas
Alunos de escola do Pará conhecem os benefícios da produção de mudas
O dia de campo foi voltado à educação ambiental em Marabá
“Os rios estão secando e a mata está acabando. Por isso, vamos plantar muda para reflorestar”, essas frases foram ditas por alunos da Escola Escada Alta, em uma apresentação no Dia de Campo, realizado no Sítio Vale do Prata, em Marabá, no sudeste do Pará. O evento, promovido no dia 10 de dezembro teve como tema, “Irrigação e produção de mudas”, onde foi apresentada a importação dessa prática para a produtividade e para restauração das florestas.
Os alunos são filhos de produtores rurais, que também participaram das atividades e o dia foi direcionado a educação ambiental. Ao todo 42 pessoas, participaram do evento. Crianças, adolescentes e os pais apreenderam a preparar substrato, o enchimento de sacolas, quebra de dormência da semente e a coleta de sementes.
Os estudantes também puderam conhecer como a irrigação ajuda no desenvolvimento das mudas. As atividades contribuíram para programa de horta escolar da Escada Alta, onde os alunos plantam legumes e verduras.
Os participantes ficaram sabendo como a produção de mudas é necessária para recomposição florestal e contribui para a implantação de tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo PRS, como: Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; Sistema Agroflorestal; Plantio de florestas comerciais; e Manejo Sustentável de Florestas.
Apresentações fizeram parte da programação e o Rural Sustentável foi lembrado em uma poesia lida pelos alunos. “O planeta já não está suportando. Agora quero só alertar. A floresta é preciso preservar e o Rural Sustentável veio para nos ajudar e com o progresso o Brasil melhorar. Agradecemos ao grupo Rural Sustentável, porque ele é o modo de viver e todos têm que aprender e nunca deixar de esquecer. Por isso, só tenho a agradecer.”.
A teoria e a prática da Recuperação de Área de Preservação Permanente
A teoria e a prática da Recuperação de Área de Preservação Permanente
Produtores aprenderam técnicas para combinar espécies florestais, frutíferas e agrícolas no Sistema Agroflorestal no Mato Grosso
O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou no dia 09 de dezembro, o Dia de Campo (DC) no Sítio Sombra da Mata, do produtor Alisson Pilege Oliveira, localizada Vicinal 3 Leste, no município de Alta Floresta, Mato Grosso. Com 28 participantes, o tema abordado foi “Recuperação de Área de Preservação Permanente Degradada – Teoria e Prática”.
Com o pasto muito degradado, o Seu Alisson, implantou na Unidade Demonstrativa (UD) a tecnologia de Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD-P) em 1 hectare; e Recuperação de Área Degradada com Florestas (RAD-F) em 3 hectares. Aliada a adubação orgânica, a propriedade recuperou o pasto promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
O Dia de Campo contou com a participação de produtores da região e estudantes do curso técnico em Agropecuária, que estavam muito interessados em saber como implantar o Sistema Agroflorestal.
A recuperação de área degrada aliada ao sistema agroflorestal representou um ganho na produção de leite em 150 litros. As espécies arbóreas nativas oferecem conforto térmico que, aliado ao plantio de espécies agrícolas e frutíferas, garantem o consumo de proteínas pelo animal, o que contribui para o aumento na produção do leite.
“Outra função desse sistema agroflorestal é que, além de servir de alimento para os animais, possui a função de reciclar os nutrientes das camadas profundas do solo e fornecer para a superfície nutrientes necessários para o desenvolvimento das pastagens e outras espécies que vão ser estabelecidas na unidade”, explica o produtor Alisson.
Segundo o engenheiro agrônomo, Renato Felitto, os sistemas agroflorestais têm representado uma melhoria do solo tanto para a pastagem quanto para agricultura, além da melhoria na produção de leite. “Esses sistemas representam uma integração das atividades na propriedade rural onde se coloca espécies arbóreas que servem para melhorar o solo, oferecer sombra para o conforto térmico do gado e proteínas para os animais. Além ganho financeiro com a comercialização desses produtos, o sistema contribui com a segurança alimentar da família, fornecendo frutas nativas e espécies agrícolas”, finaliza Renato.
Nutrição e doenças que causam aborto no rebanho são tema de Dia de Campo em Alta Floresta
Poda do cacaueiro correta contribui para a produtividade e desenvolvimento da planta em SAF
Diagnóstico prévio de doenças abortivas em rebanho leiteiro pode melhorar produção
Atendendo um pedido dos produtores da região, o Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 09 de dezembro, o Dia de Campo (DC) abordando o tema “Nutrição e Doenças que causam Aborto no Animal”. O evento se realizou no Sítio Santa Rita de Cássia, de propriedade de Paulo Sérgio Pereira e Luzinete Nunes Ferraz, localizada no município de Alta Floresta e contou com a presença de 19 produtores locais.
A propriedade Santa Rita de Cássia possui 12 hectares e entrou no Projeto Rural Sustentável (PRS) como Unidade Demonstrativa (UD) aplicando a tecnologia Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD-P) em quatro hectares.
O objetivo dessa tecnologia de baixo carbono é recuperar uma área degradada, promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.
Segundo a produtora Luzinete, o apoio do PRS foi fundamental para melhorar a produção de leite. “quando nós começamos, tirávamos apenas 8 litros de leite por dia. Depois da transição para o sistema conservacionista de pastagem, que promove o uso racional dos recursos naturais como o solo, a água e o aumento da diversidade de espécies no sistema; aumentamos a produção para mais de 150 litros de leite por dia”.
No dia de campo, o agente de assistência técnica, Alexsandro Capeleti, falou sobre a importância de uma boa nutrição para o gado leiteiro. “Na atividade leiteira, a nutrição animal é o principal fator da eficiência do sistema de produção, e pode representar até 70% dos custos. Quanto mais eficiente for à nutrição animal de um rebanho, mais eficiente será o sistema de produção de leite”, explica Alexsandro.
A composição do leite de vacas leiteiras é determinada por vários fatores, como raça, estação do ano, genética, estágio de lactação, sanidade e nutrição animal. “A gordura, a proteína, o fósforo e o extrato seco desengordurado são as variáveis de maior importância econômica, servindo de critério para o pagamento do leite em muitos países. Desses, a gordura é o componente de maior variabilidade do leite, podendo variar de 2% a 5%”, conta o técnico.
O controle de doenças que causam aborto, foi outro assunto discutido pelos produtores da região, que queriam saber, principalmente, como fazer um diagnóstico prévio das doenças. A manutenção da gestação e a eficiente taxa de natalidade estão diretamente relacionadas com um bom índice reprodutivo do rebanho. Inúmeras causas, infecciosas e não infecciosas podem estar relacionadas à perda gestacional durante o desenvolvimento embrionário e fetal bovino.
“No Brasil as principais causas infecciosas estão relacionadas a agentes bacterianos, virais e protozoários. O protozoário de maior importância nas doenças infecciosas reprodutivas é o neospora caninum, considerado a principal causa de abortamento em vacas. Os agentes bacterianos mais comumente relacionados à perda gestacional são brucella abortus e leptospira spp. A brucelose provoca abortos no terço final da gestação, além de alterações articulares e reprodutivas em machos. Para o controle dessa enfermidade é fundamental a vacinação de bezerras entre 3-8 meses de idade, conforme protocolo ministerial. A Leptospirose é outra enfermidade de origem bacteriana de caráter zoonótico e infeccioso, causada, principalmente, pelo sorotipo leptospira interrogans sorovar hardjo”, explica Alexsandro Capeleti.
É importante ressaltar que o estresse térmico pelo calor é um desafio a ser superado em regiões quentes, como o Mato Grosso. “À medida que a temperatura do ambiente se eleva, os mecanismos termorreguladores do animal não são capazes de dissipar todo o calor, provocando o estresse pelo calor, fator que eleva a temperatura uterina e pode acarretar em morte embrionária nos primeiros dias de gestação, período em que o embrião é mais sensível a temperaturas elevadas, daí a importância de se ter uma boa cobertura vegetal no pasto”, conclui Alexsandro.
Poda do cacaueiro correta contribui para a produtividade e desenvolvimento da planta em SAF
Poda do cacaueiro correta contribui para a produtividade e desenvolvimento da planta em SAF
O tema foi apresentado em dia de campo, promovido em Tucumã no Pará
A poda do cacaueiro foi tema do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), realizado em 7 de dezembro, no Sítio Pai e Filho, em Tucumã, no sudeste paraense. O evento teve 40 participantes que conheceram as etapas de poda das árvores e como a atividade é necessária para desenvolvimento da planta, inclusive, em Sistemas Agroflorestais (SAF).
A atividade da poda do cacaueiro é dividida em etapas: a poda de formação, que consiste na uniformização da planta; a poda de condução que retira galhos dispersos e brotos; e a poda fitossanitária, que tem o objetivo de combater a “Vassoura de bruxa” e outras doenças que possam atingir as plantas.
Segundo o técnico agropecuário, Valdemir Lima, agente técnico do PRS, existe ainda a poda de rebaixamento que é usada quando o produtor não realizou as outras etapas de poda de forma correta. “A poda de rebaixamento consiste em baixar a altura da planta e controlar o tamanho dos galhos para que entre ventilação na área e facilite o processo produtivo”, explica Lima.
A poda do cacaueiro é necessária para a manutenção de Sistemas Agroflorestais. O cacaueiro por ser uma espécie nativa da Amazônia, poderia competir com as essências florestais, com as quais está consociada, no SAF.
“Se não realizar uma poda desde o viveiro e em todo o ciclo de vida dele. A primeira coisa que essa planta vai fazer é competir por luminosidade, então não permitiria o Sistema Agroflorestal, pois o cacau ia competir com as plantas que nós chamamos de sombreamento definitivo.”, finaliza Valdemir.