A teoria e a prática da Recuperação de Área de Preservação Permanente

Produtores aprenderam técnicas para combinar espécies florestais, frutíferas e agrícolas no Sistema Agroflorestal no Mato Grosso

O Projeto Rural Sustentável (PRS), realizou no dia 09 de dezembro, o Dia de Campo (DC) no Sítio Sombra da Mata, do produtor Alisson Pilege Oliveira, localizada Vicinal 3 Leste, no município de Alta Floresta, Mato Grosso. Com 28 participantes, o tema abordado foi “Recuperação de Área de Preservação Permanente Degradada – Teoria e Prática”.

Com o pasto muito degradado, o Seu Alisson, implantou na Unidade Demonstrativa (UD) a tecnologia de Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD-P) em 1 hectare; e Recuperação de Área Degradada com Florestas (RAD-F) em 3 hectares. Aliada a adubação orgânica, a propriedade recuperou o pasto promovendo ganhos de produtividade, redução de desmatamento e trazendo benefícios ambientais, econômicos e sociais.

O Dia de Campo contou com a participação de produtores da região e estudantes do curso técnico em Agropecuária, que estavam muito interessados em saber como implantar o Sistema Agroflorestal.

A recuperação de área degrada aliada ao sistema agroflorestal representou um ganho na produção de leite em 150 litros. As espécies arbóreas nativas oferecem conforto térmico que, aliado ao plantio de espécies agrícolas e frutíferas, garantem o consumo de proteínas pelo animal, o que contribui para o aumento na produção do leite.

“Outra função desse sistema agroflorestal é que, além de servir de alimento para os animais, possui a função de reciclar os nutrientes das camadas profundas do solo e fornecer para a superfície nutrientes necessários para o desenvolvimento das pastagens e outras espécies que vão ser estabelecidas na unidade”, explica o produtor Alisson.

Segundo o engenheiro agrônomo, Renato Felitto, os sistemas agroflorestais têm representado uma melhoria do solo tanto para a pastagem quanto para agricultura, além da melhoria na produção de leite. “Esses sistemas representam uma integração das atividades na propriedade rural onde se coloca espécies arbóreas que servem para melhorar o solo, oferecer sombra para o conforto térmico do gado e proteínas para os animais. Além ganho financeiro com a comercialização desses produtos, o sistema contribui com a segurança alimentar da família, fornecendo frutas nativas e espécies agrícolas”, finaliza Renato.