INSCRIÇÕES GRATUITAS para o Curso Técnico de nível médio em Agronegócio, oferecido pelo Senar.

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Atenção, agentes de assistência técnica e extensão, do Programa Rural Sustentável! Estão abertas as inscrições para o Curso técnico gratuito de nível médio em Agronegócio, oferecido pelo Senar.  Não perca tempo! Acesse e se inscreva!

Página oficial do processo seletivo: http://etec.senar.org.br/processo-seletivo-20181/

Edital: http://ead.senar.org.br/wp-content/uploads/2018/01/20180116_EDITAL_Processo_Seletivo_20181_.pdf

Formulário de Inscrição: http://etec.senar.org.br/inscricoes/


Produtores conhecem técnicas de controle de pragas e doenças na lavoura cacaueira

Produtores conhecem técnicas de controle de pragas e doenças na lavoura cacaueira

Dia de Campo mostrou a origem das doenças no fruto brasileiro

Controle de pragas e doenças na lavoura cacaueira. Este foi o tema do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável, promovido na sexta-feira (19), na Fazenda Castanheira, em Tucumã, no sudeste paraense. O evento contou com a presença de 59 pessoas que conheceram técnicas de como proteger as plantas e garantir a produtividade na lavoura.

Na programação, houve palestra e atividade prática com desmonstrações de doenças como a podridão e a vassoura de bruxa. Um risco aos cacaueiros que tem origem nos fungos, segundo o palestrante, Erivaldo Sousa Alves, técnico de conservação da The Nature Conservancy (TNC), organização não governamental que realiza ações de conservação ambiental.

Quase 90% das doenças que acometem o cacau são de fungos, normalmente causados pelo encharcamento do solo”, comenta Erivaldo. Para ele, a melhor forma de prevenir é realizar a poda fitossanitária. “Entre as etapas desse método, existe a poda de formação que possibilita a entrada de luz e diminui o encharcamento do solo”, explica Sousa Alves.

Para o produtor rural Manuel Alves da Costa, o Dia de Campo ampliou a visão sobre a produção do fruto. “Nós começamos a produzir cacau e precisamos saber como prevenir a plantação desses riscos”, ressalta Manuel, que teve a proposta técnica selecionada nas Chamadas para Unidades Multiplicadoras.

Já Antônio Carlos dos Santos, começou a produção de cacau com a implantação do Sistema Agroflorestal (SAF) e Recuperação de Área Degradada (RAD/P). “Nós vamos trabalhar com o cacau e um dia como esse é muito proveitoso, já que ajuda quem está começando nessa atividade”, finaliza Antônio.


Recuperação de área florestal no estado mineiro promove bem estar ao rebanho

Recuperação de área florestal no estado mineiro promove bem estar ao rebanho

Benefícios vão além de absorção de água no solo

Rafael Hirle, começou a utilizar a recuperação de pastagens há alguns anos, e logo depois incluiu o plantio de árvores em sua iniciativa. Filho do proprietário da Fazenda Monte Verde, localizada no município de Teófilo Otoni, na região leste de Minas Gerais, Rafael, já conhecia a tecnologia de recuperação de áreas degradas com pastagem, mas apenas se utilizava de gramíneas. “Por fazer parte de outros projetos desenvolvidos no estado, já sabíamos da importância de se recuperar o pasto, mas utilizávamos apenas a braquiária (gramínea exótica muito utilizada por pecuaristas)”.
Por meio do Projeto Rural Sustentável (PRS), Rafael ficou conhecendo outras formas de recuperação implantando plantio de árvores e arbustos na propriedade. “A melhora da produção leiteira é visível. Podemos notar que o gado gosta de estar entre a vegetação mais alta, longe do calor e além disso a água que era pouca está voltando aos rios próximos da propriedade”, ressaltou.
No local foram cultivadas espécies como Flamboyant, Sapucaia, Mulungu, IIê, Jamelão, Aroeirinha e Ingá. Os proprietários estão entusiasmados com os resultados e pretendem recompor uma área de floresta que existia há muitos anos. “Infelizmente nossos antepassados não tinham essa visão e “limpavam” as áreas para o gado. Hoje vemos que muitos problemas como falta de água e solo infértil foram causados por isso. Essa era a cultura daquele tempo. Nosso desafio é, além de recuperar essas terras, mostrar que existem novos meios de se produzir com lucratividade, preservando nosso bem maior que são os recursos naturais”, disse Rafael.
De acordo com a Agente de Assistência Técnica do PRS, Marianna Villaça, a criação de animais ao ar livre, em uma pastagem adequadamente arborizada, é capaz de contribuir para o sequestro de carbono, para menor emissão de óxido nitroso e para a mitigação da emissão de gás metano. “Talvez os benefícios mais importantes são o bem-estar animal e o aumento de absorção e infiltração de água no solo ", destacou.
A Fazenda Monte Verde serviu de exemplo a outros fazendeiros da região. “Ao ver a vontade da família Hirle em regenerar suas terras não só com gramíneas, mas incluir outros tipos de vegetação, percebi que seria uma ótima oportunidade para mostrar que é possível produzir mais e ser ambientalmente sustentável”, enfatizou Marianna.
Recuperação de florestas e pastagens é fundamental para a região
Janaína Mendonça Pereira, do Instituto Estadual de Florestas ((IEF-MG), explica que uma das formas para conservar as florestas é sensibilizar o proprietário rural de que ele é o grande guardião dos recursos naturais. “Somos vítimas de uma sociedade que sempre foi incentivada a dominar a natureza, e muitas políticas públicas foram direcionadas para isso. Se não cuidarmos agora, pagaremos um preço caro no futuro”, salientou.
Os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha em Minas Gerais, vem sofrendo com a escassez hídrica e se não forem tomadas providências em pouco tempo será impossível produzir com rentabilidade na região. “O sistema de inclusão do componente arbóreo nas pastagens e também nos topos de morro é uma metodologia que vai auxiliar muito na recuperação dos lençóis freáticos e no melhoramento do solo. Esperamos que ações como essas, venham esclarecer  e incentivar as novas gerações de agricultores, da importância de se manter florestas e matas ciliares intactas”, enfatizou Janaína.

Sistema Silvipastoril aumenta produtividade em propriedades rurais do Leste de Minas Gerais

Sistema Silvipastoril aumenta produtividade em propriedades rurais do Leste de Minas Gerais

Técnica integra a pecuária, plantação de pastagens e plantio de árvores

Reunir a criação de gado, com a produção de lavouras ao mesmo tempo em que se preserva a floresta nativa. Isso é possível, por meio do sistema produtivo de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), tecnologia utilizada no Projeto Rural Sustentável.

O sistema é uma das tecnologias apoiadas pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), política pública que incentiva a organização e o planejamento de atividades agropecuárias consideradas sustentáveis e que ajudam o país a reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), conforme Acordo de Paris.

Dentro da técnica iLPF, o Sistema Silvipastoril integra a pecuária, plantação de pastagens e o componente arbóreo. Segundo pesquisa publicada pela unidade da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Florestas), “a prática de arborização da pastagem confere maior sustentabilidade ao sistema pecuário brasileiro, impactando de forma positiva na atividade junto à opinião pública”.

Além disso arborizar pastos em áreas já abertas, com espécies nativas de ocorrência regional, significa estabelecer um novo paradigma pecuário para as regiões. Incluir o componente arbóreo nas pastagens, degradadas ou não, nos diversos biomas, melhora o bem-estar animal, podendo constituir-se, inclusive, em uma alternativa de melhoria do solo, via diminuição de erosão, aumento de fertilidade e ciclagem de nutrientes, dependendo da espécie utilizada. (Embrapa, 2009, p.5)

Para o professor Dr. Rogério Martins Mauricio, pesquisador e docente da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), em Minas Gerais, e membro do Conselho Brasileiro de Pecuária Sustentável (CBPS), as mudanças climáticas globais devem afetar cada vez mais a atividade agropecuária.

O professor defende a utilização de modelos de produção que estimulem a geração de biomassa (matéria orgânica de origem animal ou vegetal) e a utilização de arbóreas consorciadas com a produção animal. “A biomassa produzida pelas árvores nativas e por arbustos forrageiros pode substituir os fertilizantes químicos e ser utilizada como uma forma de energia, além de auxiliar na fixação do nitrogênio. Em tempo de preocupações intensas com aquecimento global e seus efeitos essa biomassa representa uma forma natural de sequestro de carbono”, afirmou.

Para Martins, investir em biomassa significa reduzir o desmatamento e diversificar as fontes de alimentação de animais e até de seres humanos.

“Hoje os sistemas Silvipastoris, podem ser compostos por árvores e gramíneas, e além de produzir esse material orgânico, também pode representar importante componente no conforto térmico do animal”, disse.

Martins explica que um dos principais objetivos do sistema é modificar a paisagem da região em que está inserido, sendo um processo agroecológico produtivo de alta eficiência. “Temos o desejo de que essa tecnologia não seja usada por apenas um ou dois produtores, mas sim que ao ver todas as vantagens que ela proporciona, outros se sintam motivados a aplicá-la criando assim um modelo de grande extensão”, salientou.

Sobre o Rural Sustentável 

O Rural Sustentável é resultado de uma parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia. O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Além de levar conhecimentos relacionados à gestão sustentável da propriedade rural e tecnologias de baixa emissão de carbono aos produtores e agentes de assistência técnica, o projeto oferece a oportunidade de ganhos financeiros aos participantes.


Projeto Rural Sustentável inicia dias de campo no Pará

Projeto Rural Sustentável inicia dias de campo no Pará

Os dois primeiros eventos do ano reuniram 122 participantes

O Projeto Rural Sustentável iniciou, na quinta-feira (11), uma nova rodada de dias de campo no Pará. Os eventos têm a finalidade de apresentar aos pequenos e médios produtores e demais interessados, tecnologias de baixo carbono que possibilitem maior produtividade e menor impacto ambiental.

Os primeiros dias de campo de 2018, foram realizados em propriedades rurais do município de Paragominas, localizado no nordeste paraense. A finalidade é ampliar o conhecimento entre produtores, principalmente os que foram selecionados pelo PRS, nas Chamadas para Unidades Multiplicadoras.

“O objetivo é fortalecer o entendimento sobre as tecnologias de baixo carbono e manter os produtores, principalmente de Unidades Multiplicadoras participando para entender, na prática, como implementar as técnicas.”, explica Roberta Roxilene, Coordenadora do Bioma Amazônia, do PRS.

Os eventos de janeiro foram realizados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PA). “É a oportunidade de multiplicar conhecimento e promover o aumento de renda com a implantação de tecnologias sustentáveis”, ressalta Dácio Carvalho, Gerente de Assistência Técnica do Senar, no Pará.

Na quinta-feira (11), o dia de campo foi promovido, no Sítio Paraíso Central, de propriedade do Seu Sebastião Barbosa, abordando o tema Sistema Agroflorestal, e contou com a participação de 62 pessoas.

Já na sexta-feira (12), o evento, que reuniu 60 participantes, foi realizado na Fazenda Vale do Uraim, na Unidade Demonstrativa do produtor rural Rosemiro de Assis Ribeiro, que promoveu a Recuperação de Área Degradada com pastagem (RAD/P), em  25 hectares da sua propriedade.

Ele investiu na adubação da pastagem e aumentou a produção de gado, além de diminuir os gastos com suplementação alimentar. “O pasto bem adubado fica rico em nutrientes. Isso implica em menos gasto com ração. Além disso, o gado teve maior engorda também”, comenta o produtor que apresentou a sua experiência a outros produtores.

Além de Paragominas, os Dias de Campo devem seguir para propriedades rurais dos municípios de Tucumã, Medicilândia, Tailândia e Tomé-Açu.


Iniciativas do Projeto Rural Sustentável ganham reconhecimento em Minas Gerais

Iniciativas do Projeto Rural Sustentável ganham reconhecimento em Minas Gerais

Em comemoração aos seus 69 anos, Emater destaca parceria

O Projeto Rural Sustentável foi homenageado com o certificado “Parceiro Destaque”, em reconhecimento à capacitação e incentivo a recuperação e conservação do bioma Mata Atlântica, na região do leste mineiro.

A iniciativa partiu da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), que reuniu os colaboradores em suas regionais, para uma homenagem aos que contribuem com o desenvolvimento da Agricultura Familiar no estado.

A instituição reconheceu a importância dos parceiros, na promoção do desenvolvimento rural sustentável, por meio de assistência técnica e extensão rural, contribuindo para a melhor qualidade de vida na área rural.

Gerente regional da Emater, Sandro Rodrigues

O gerente regional da Emater, da região do Vale do Mucuri, Sandro Rodrigues, falou que “o incentivo à agricultura familiar, pode ajudar a transformar a produção no campo, em uma atividade economicamente ativa e sustentável.”

Sandro destacou os resultados alcançados e a importância das parcerias institucionais, essenciais para a geração de emprego e renda no estado. “São mais de sete mil famílias envolvidas nas atividades atendidas pelos programas, com a distribuição de sementes e a oferta de mais de R$ 12 milhões de reais em crédito rural para essas pessoas”, ressaltou.

O Projeto Rural Sustentável (PRS), mostrou aos produtores rurais da região, que as tecnologias de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), incentivadas pelo Plano ABC, são modelos que preservam os recursos naturais e contribuem para melhorar a produtividade no campo. “Graças ao PRS, foi possível realizar mais de 20 Dias de Campos, em 12 Unidades Demonstrativas (UDs), no ano de 2017. Além disso, foram apresentadas 47 propostas para Unidades Multiplicadoras (UMs), em diversos municípios do Vale do Mucuri”, afirmou o gerente regional da Emater.

Para o engenheiro agrônomo, Chanderson Ernani, “essa parceria vem trazendo novas possibilidades aos médios e pequenos produtores da região além de fortalecer o compromisso de se proteger os recursos naturais, essenciais na produção agrícola.”.


Planejamento de Dias de Campo 2018

Planejamento de Dias de Campo 2018

Para ATECs com UDs aprovadas no projeto.

Já estão abertas as inscrições para os novos Dias de Campo, para ATECs com UDs aprovadas no projeto, para o período de Janeiro a Março de 2018.

Para se inscrever clique aqui

O valor do benefício dos ATECs, para a realização dos Dias de Campo, será reajustado para R$700,00.

Este valor, estará vigente a partir de 01 de janeiro de 2018.


Produtores de guaraná da Bahia conhecem tecnologias de baixo carbono

01Produtores de guaraná da Bahia conhecem tecnologias de baixo carbono

Produtores receberam orientações sobre fertilidade do solo, calagem, adubação e código florestal.

Implantação de tecnologias de baixo carbono na terra do guaraná da Bahia, foi o tema do Dia de Campo, realizado em 29 de novembro, na comunidade do Ponto, em Taperoá na Bahia. Os agricultores participaram das três exposições do evento, e puderam conhecer o Projeto Rural Sustentável que em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), apresentou a importância da adesão de novas tecnologias para cultivo.

O Dia de Campo do (PRS), aconteceu em uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto, onde existe a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF), com banana, cacau e seringa, implantada pelo agricultor José Pereira. “Estou muito feliz em poder fazer parte de um Projeto como esse. Eu sempre busquei trabalhar de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, mas nunca imaginei ser bonificado por isso. Estou muito satisfeito,” revela seu José.

Unidade Multiplicadora, Unidade Demonstrativa, Beneficiários, submissão de propostas e bonificação financeira foram assuntos abordados no stand do PRS. A tecnologia de Sistema Agroflorestal (SAF) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) foram as tecnologias que mais despertaram interesse dos participantes.

Em uma área sombreada por seringueiras, o Atec Mariel da Hora, deu início à atividade prática de manejo e cultivo do SAF, onde os produtores puderam entender o funcionamento da tecnologia. “Hoje foi um dia de conhecimento, todos saíram ganhando, o Projeto Rural Sustentável veio para mudar a vida produtiva e econômica local dos produtores”, disse Mariel.


Irrigação como alternativa para área degradada

Irrigação como alternativa para área degradada

Sistema Agroflorestal de pupunha consorciado com outras espécies frutíferas dá bons resultados em Cotriguaçu

Um dos sonhos de todo agricultor é conseguir implantar um sistema de irrigação eficiente, considerando as dificuldades de logística, compra do material, equipamentos e mão-de-obra. Foi o que fez o produtor rural Silvio José Bragança de Souza, que implantou, com sucesso, um sistema de irrigação em quatro hectares, onde desenvolve a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF) como alternativa para a recuperação de área degrada.

A demonstração do sistema de irrigação, foi tema do Dia de Campo (DC), realizado no dia 16 de dezembro, no Sítio Bragança, localizada no município de Cotriguaçu. O encontro contou com a participação de 20 pessoas, todos vizinhos do seu Silvio José, interessados em aprender mais sobre o SAF, que mescla o plantio de pupunha com outras espécies frutíferas e madeireira; e o sistema de irrigação.

“O plantio da pupunha dura, aproximadamente 18 meses e, se bem manejado, pode se tornar uma alternativa econômica viável para o agricultor, pois é uma espécie com grande procura e de boa aceitação no mercado, daí o interesse da vizinhança em aprender as técnicas de manejo e de irrigação”, explica Silvana Fuhr, agente de assistência técnica do Rural Sustentável.

O Sítio Bragança tem uma área total de 51 hectares e é uma referência de sustentabilidade e autossuficiência na região, pois apresenta mais de 80% de cobertura florestal e desenvolve outras atividades como pasto, coleta de castanha, coleta de sementes, agroindústria além de trabalhar com educação ambiental. A propriedade recebe visitas de estudantes, pesquisadores e agricultores que buscam mais informações sobre essa técnica e sementes de diversas espécies.

Seu Silvio José conta que, mesmo com tantas dificuldades, conseguiu implantar o sistema de irrigação garantindo água para 44 mil pés de pupunha. “Com a irrigação nós conseguimos ter duas safras de pupunha ao ano e, ainda, percebemos que a qualidade dos nossos produtos melhorou. Para o próximo ano queremos começar um novo plantio consorciando castanha e pupunha”, conta o produtor.

Depois da visita à agrofloresta da propriedade, os participantes puderam conhecer a futura casa de beneficiamento de pupunha e outras polpas. Outra conquista do seu Silvio José que só foi possível por ter sido contemplado como Unidade Demonstrativa pelo Projeto Rural Sustentável.


Pasto manejado como lavoura garante melhor produtividade

Pasto manejado como lavoura garante melhor produtividade

Propriedade gaúcha serviu como sala de aula para tecnologias sustentáveis

Tratar o pasto como lavoura. Este foi um dos ensinamentos do Dia de Campo, realizado em Ciriaco, a 280 quilometos da capital gaúcha, Porto Alegre, no dia 15 de dezembro.

Cerca de 50 participantes, conheceram a propriedade de Jarbas Meireles, que produz leite e implantou a tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta, uma das apoiadas pelo projeto Rural Sustentável, que dá incentivo financeiro e assistência técnica por meio de uma cooperação técnica entre o Governo Britânico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).

O projeto apoia também outras três tecnologias de baixo carbono: recuperação de área degradada com pecuária ou floresta, floresta comercial e manejo de floresta nativa.

A área de Jarbas, é uma unidade demonstrativa, uma espécie de sala de aula para mostrar a viabilidade das tecnologias aos demais produtores. No Dia de Campo, Vilson Nadin, técnico da Emater, falou sobre a importância do manejo e da correção do solo com calcário e potássio, como se “o pasto fosse uma lavoura”, esclarece ele.

A participação no projeto influenciou Jarbas: “Antes eu derrubaria tudo, hoje vejo como é importante ter a floresta.” Além do leite, a família produz soja e milho, que utiliza para produção de ração. Com o recurso de 20 mil reais, vindo do projeto, ele investiu em melhorias na propriedade.  Para o futuro, quer construir um pavilhão e comprar uma ordenhadeira melhor para dar continuidade ao estudo dos dois filhos, que estão na escola.

O assistente técnico regional da Emater, Ilvandro Barreto de Melo, falou sobre a influência das árvores sobre o ambiente, exemplificando que isso também acontece com as pessoas.  Geverson Vanci, o técnico responsável por prestar assistência à propriedade de Jarbas, explicou que a área está na fase de arborização com o intuito de dar mais bem-estar aos animais de leite, e promovendo maior produtividade. A produção de ração no próprio local foi outro ganho da propriedade ao implantar a tecnologia. O resultado foi economia nos gastos.

O Dia de Campo em Ciriaco, encerrou uma série de 53 eventos realizados pelo Projeto Rural Sustentável. Desde agosto, foram 50 unidades demonstrativas apoiadas nos municípios de Vacaria, Lagoa Vermelha, Erechim, Passo Fundo, Barros Cassal, Agudo, Boa Vista das Missões e Frederico Westphalen. Existem ainda as unidades multiplicadoras no estado, que são incentivadas a adotarem as tecnologias de baixo carbono.

Em todo o país,  o projeto abrange os estados do Paraná, Bahia e Minas Gerais, no Bioma Mata Atlântica e Mato Grosso, Rondônia e Pará, no Bioma Amazônia. Até agora, as ações do projeto já capacitaram mais de 11 mil produtores, 1.000 técnicos de assistência rural em 2.260 Dias de Campo. Para 2018, estão previstos cursos de formação, além de novos Dias de Campo.