Produtores aprendem a fazer composto homeopático para carrapato

Produtores aprendem a fazer composto homeopático para carrapato

Atividade fez parte de Dia de Campo do Rural Sustentável

Distante 14 quilomêtros da cidade a propriedade de João Macari, fica no interior de Lagoa Vermelha, no nordeste gaúcho.  Ele trabalha com soja, feijão e milho, madeira e tem algum gado de leite.
A área é uma Unidade Demonstrativa (UD), espécie de sala de aula, do Rural Sustentável, projeto que dá incentivo financeiro e assistência técnica por meio da implantação de tecnologias de baixo carbono. O objetivo destas unidades é mostrar a tecnologia aplicada na prática, o que acontece em Dias de Campo como o realizado na propriedade do Seu João, no dia 27 de junho.
O técnico de extensão rural, Albenir Concolatto, presta assessoria a área que realiza Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta. Ele ensinou aos participantes a fazer um composto homeopático para carrapato, simples e barato. “É possível comprar na agropecuária, mas o agricultor pode fazer sozinho e baratear este custo”, afirma Albenir. A prática surgiu na Alemanha com Samuel Hanhemman e parte do princípio que semelhante cura semelhante. O processo inclui doses pequenas e uso da diluição e dinamização – processo de mexer em movimentos verticais para produzir o efeito desejado.
Além do medicamento é necessário ter cuidado no manejo – não deixar o gado dormir no mesmo lugar para evitar umidade, por exemplo. O uso da homeopatia é vantajoso porque reduz o resíduo no leite, conferindo melhor qualidade ao produto, além de diminuir o uso dos medicamentos convencionais. “É muito bom receber o dia de campo e mostrar para as pessoas essas técnicas. Sempre aprendemos junto, como hoje”, afirma Macari.

Produtor gaúcho diversifica atividades com ILPF

Produtor gaúcho diversifica atividades com ILPF

Tecnologia garante renda e sustento para a família

 

Paulino Olucoski mostrou diversificação, produtividade e a força dos pequenos na zona rural de Erechim, a cerca de 400 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. A propriedade é uma Unidade Demonstrativa (UD), espécie de sala de aula do projeto Rural Sustentável que dá incentivo financeiro e assistência técnica para produtores que aplicam tecnologias de baixo carbono.

O objetivo destas unidades é mostrar a tecnologia aplicada na prática, o que acontece em Dias de Campo como o realizado na propriedade de Paulino, que já recebe a atividade pela quinta vez. “Acho ótimo receber o pessoal aqui e mostrar como se faz porque tem pouca gente que trabalha desta forma”, contou o produtor.

Entre os participantes estava Nedio Okoski, também produtor e participante do Rural Sustentável com uma Unidade Multiplicadora (UM), que recebe recursos para implantar as tecnologias”. É muito interessante aprender coisas novas”, destacou.

A propriedade de 12,5 hectares fica há 12 quilômetros da cidade e produz milho, feijão, moranga, erva mate, pinhão e hortaliças, realizando a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, uma das quatro tecnologias apoiadas pelo projeto.

As outras tecnologias que recebem recursos para sua implantação são Recuperação de Áreas Degradadas com Pecuária ou Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta, Manejo de Florestas Nativas e Florestas Comerciais.

As araucárias foram plantadas há mais de 30 anos, quando os pais de Paulino ainda viviam na região. Ele vive no local desde que nasceu e tem cuidado especial com a árvores contando com o auxílio da esposa, Maria e do filho Paulo, de 21 anos.

Erechim possui outras quatro Unidades Demonstrativas do Rural Sustentável e já realizou outros nove Dias de Campo como os da propriedade de Paulino.

Na atividade os produtores puderam conhecer a importância da matéria orgânica e um solo bem preparado. Giovani Gonçalves, do Cetap, destacou que esse processo evita erosão, fornece nutrientes, corrige o PH e protege a terra de substâncias tóxicas. Outro efeito é ser fonte de energia e nutrientes para tudo que for plantado.


Floresta Comercial pode ser boa opção para produtor rural

Floresta Comercial pode ser boa opção para produtor rural

Prática é uma das tecnologias para a agricultura sustentável

Erechim, município de 96 mil habitantes no nordeste gaúcho, sediou em 21 de junho, um Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável.
A propriedade é uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, espécie de sala de aula que mostra aos participantes como uma das tecnologias apoiadas – Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Área Degradada com Pecuária ou Floresta, Floresta Comercial ou Manejo de Floresta Nativa, todas integrantes do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), são aplicadas na prática.
Representantes da Emater e de empresas de Silvicultura (exploração madeireira) abordaram o tema “Perspectivas do Setor Florestal na Região Alto Uruguai e no Estado do RS.” O debate abordou a necessidade de suprir a demanda de matéria prima originária das florestas plantadas como fonte de energia das indústrias e para serrarias existentes no município.
O produtor, Cláudio Maciag, foi o anfitrião dos cerca de 60 participantes entre produtores da região, representantes de bancos e estudantes que participaram do encontro.  A monitora do Iabs, Jackeline Jackes, falou sobre a importância da diversidade ambiental nas pequenas propriedades e do uso consciente de agrotóxicos.
O projeto dá incentivo financeiro e assistência técnica através de uma parceria do Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazôni

Município do nordeste gaúcho recebe Dia de Campo sobre silvicultura

Município do nordeste gaúcho recebe Dia de Campo sobre silvicultura

Encontro debateu a importância de florestas plantadas para abastecer a região

Erechim, município de 96 mil habitantes no nordeste gaúcho, sediou em 21 de junho, um Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável.
A propriedade é uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, espécie de sala de aula que mostra aos participantes como uma das tecnologias apoiadas – Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Área Degradada com Pecuária ou Floresta, Floresta Comercial ou Manejo de Floresta Nativa, todas integrantes do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), são aplicadas na prática.
Representantes da Emater e de empresas de Silvicultura (exploração madeireira) abordaram o tema “Perspectivas do Setor Florestal na Região Alto Uruguai e no Estado do RS.” O debate abordou a necessidade de suprir a demanda de matéria prima originária das florestas plantadas como fonte de energia das indústrias e para serrarias existentes no município.
O produtor, Cláudio Maciag, foi o anfitrião dos cerca de 60 participantes entre produtores da região, representantes de bancos e estudantes que participaram do encontro.  A monitora do Iabs, Jackeline Jackes, falou sobre a importância da diversidade ambiental nas pequenas propriedades e do uso consciente de agrotóxicos.
O projeto dá incentivo financeiro e assistência técnica através de uma parceria do Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazôni

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como fator de alta produtividade

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como fator de alta produtividade

Tecnologia é apresentada para estudantes de Zootecnia no interior do Paraná

O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou na última quarta-feira (20), Dia de Campo no município de Verê, região Sudoeste do Paraná. A capacitação ocorreu na Unidade Demonstrativa (UD) aprovada pelo Projeto que tem como referência a tecnologia de Integração Lavoura Pecuária Floresta (iLPF).
O produtor contemplado Vagner Erhardt, recebeu os 40 alunos da Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR, na área em que implantou há 8 anos, as 12 linhas de Eucalipto. Vagner conta que o objetivo era dar maior conforto térmico aos animais e que acreditou na proposta, mesmo que na época seus vizinhos tenham desconfiado do plantio das mudas em meio ao pasto.
Hoje o produtor é destaque entre os fornecedores de leite à empresa de laticínio da região e afirma que além de ter obtido maior produtividade com a mesma quantidade de animais, possui uma genética mais aprimorada, pois o conforto animal também ajuda neste quesito. “É uma honra receber o pessoal nos Dias de Campo, porque a gente pode mostrar na prática quanto que o sistema silvipastoril contribui para o resultado final da produção”, destaca o agricultor.
A professora Lilian Regina Rothe Mayer, Mestre em Zootecnia pela UTFPR de Dois Vizinhos e responsável pela turma de alunos do 1º semestre do curso, falou sobre o equilíbrio ambiental gerado pela implantação do sistema silvipastoril e orientou seus alunos sobre questões técnicas relacionadas ao plantio dos Eucaliptos. “Essa distância entre as linhas permite a incidência gradual do sol para desenvolver o pasto, ao mesmo tempo que dá sombra aos animais. Além disso, permite o plantio do milho, da soja e de outras culturas forrageiras, caso o produtor queira”, explica ela.
SOBRE O RURAL SUSTENTÁVEL – O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

PinhSistema Florestal com integração de cacau e seringueira é tema de Dia de Campo na Bahia

Sistema Florestal com integração de cacau e seringueira é tema de Dia de Campo na Bahia

Agricultores recebem aula prática de manejo adequado para plantio

Com o objetivo de multiplicar informações e compartilhar conhecimentos sobre Agricultura de Baixo Carbono, o Projeto Rural Sustentável, realizou em 19 de junho, Dia de Campo na Fazenda São Salvador, do produtor rural  Sr. Manoel dos Santos de Jesus (Mano). A atividade contou com a participação de produtores rurais das comunidades circunvizinhas e com a presença de estagiários do curso de agrofloresta da Casa Familiar Agroflorestal de Nilo Peçanha (CFAF).
O técnico da Comissão do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Romualdo Coutinho iniciou a palestra sobre a Tecnologia de Integração de Lavoura e Floresta na modalidade de Sistema Agroflorestal (SAF).
O tema abordado foi uma solicitação dos produtores em vista das dificuldades encontradas em diminuir custos e aumentar a produção. A equipe técnica da CEPLAC, atuante no Projeto Rural Sustentável, proporcionou aulas práticas sobre a enxertia do cacaueiro onde foram explicadas o manejo adequado para realização da técnica, além de dicas para escolha adequadas de clones que tenham uma boa adaptação na região.
Também foram apresentados os primeiros passos para a realização do corte para a sangria da seringueira e recomendações de adubação direcionada para Sistema Agroflorestal de cacau e seringueira.
“Me sinto muito feliz em servir de exemplo para a minha comunidade. Eu não compreendia que novas tecnologias poderiam mudar a minha vida. Graças a insistência do meu filho, que é aluno da CFAF, e começou me mostrando que eu poderia produzir utilizando essas práticas. O Rural Sustentável me fez crescer ainda mais com tecnologia e conhecimento” relata Mano.

Homeopatia para o gado melhora qualidade do leite

Homeopatia para o gado melhora qualidade do leite

Prática reduz a quantidade de resíduos no produto final

Arlito Strall produz em sua propriedade 150 litros de leite por dia. Quem vê a pequena área pedregosa de 5.5 hectares no interior de Agudo, município na região central do Rio Grande do Sul, não imagina o capricho e a produtividade da propriedade.
As 14 vacas da raça Jersey, holandesa e mista tem a seu dispor capim do tipo tifton além de pasto nativo, aveia e azeven e são tratadas com homeopatia, o que reduz o resíduo no leite, conferindo melhor qualidade.
A homeopatia é uma prática médica que atua no organismo através da estimulação imunológica no combate a vírus, bactérias, fungos e outros tipos de doenças.  No caso do gado leiteiro, é usada misturada com o sal mineral da alimentação e combate carrapato, outras verminosas e mastite, a inflamação das mamas das vacas, muito comum nesse tipo de animal.
Diego Katzer, veterinário da Emater, destaca que junto aos medicamentos homeopáticos é preciso aliar um manejo adequado como por exemplo, evitar que o gado durma em lugares úmidos. Dessa forma, é possível usar somente a homeopatia, sem a necessidade de utilizar  outros medicamentos.
O pai, conta ele, o incentivou desde pequeno dando uma pequena parte da propriedade para que ele cuidasse. A família trabalhava com fumo e os lucros, sob sua responsabilidade, eram dele.  Foi assim que Arlito foi pegando gosto pelo contato com a terra e amor pela propriedade.
Dos quatro irmãos, apenas ele seguiu trabalhando no campo. “Meus irmãos já me convidaram para trabalhar na cidade, mas apesar das dificuldades, eu gosto do que eu faço”, avalia o produtor que conta com a assistência técnica do agrônomo Luiz Eugênio Jacobs, da Emater e apoio do projeto Rural Sustentável (PRS).
Arlito e a esposa, Ida Pfeifer Strall, tratam as vacas e os terneiros diariamente, enfrentando subidas e descidas do terreno íngreme que fica a 5 quilômetros do município de 16 mil habitantes.  O casal tem planos de investir o recurso recebido por meio do Projeto Rural Sustantável, no açude, melhorando o sistema de irrigação dos piquetes.

Produtores esclarecem dúvidas sobre recuperação de áreas e as principais técnicas.

Produtores esclarecem dúvidas sobre recuperação de áreas e as principais técnicas.

Custos de recuperação são proporcionais aos cuidados que o agricultor tem com as áreas de pastagens.

No dia 25 de maio, na propriedade do Senhor Inocêncio Ferreira Lima, localizada na linha P18 Velha, KM 3 no município de Santa Luzia do Oeste, em Rondônia, o Projeto Rural Sustentável realizou mais um Dia de Campo.
O engenheiro florestal Wanderson Cleiton Schmidt Cavalheiro, apresentou o tema Recuperação de Áreas Degradadas esclarecendo as principais dúvidas sobre o plantio e consumo de água do eucalipto e da teca.
A propriedade do Sr Inocêncio possui 145 hectares de área total e 4 hectares de plantio de teca que são beneficiados pelo Projeto Rural Sustentável. As técnicas de correção de solo foram apresentadas pelo engenheiro Wanderson que explicou que dentro de cada tecnologia implantada, deve ser estudado o perfil da área do produtor, a realidade da região e os produtos que tem saída na região caso sejam culturas de exploração.
Uma das principais preocupações dos agricultores são os custos para se fazer a implantação das tecnologias e a recuperação das áreas. Os palestrantes presentes informaram que muitos recursos estão disponíveis em suas próprias terras.
O custo da recuperação de áreas de pastagens vai de encontro com o cuidado que o produtor tem com seus pastos. Já o bom manejo do gado ajuda a manter os pastos saudáveis e evita gastos excessivos.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Dia de Campo fala sobre manejo de erva mate

Dia de Campo fala sobre manejo de erva mate

Produto é consumido no país e também exportado

Machadinho, município de 5 mil habitantes na região nordeste do Rio Grande do Sul, recebeu no dia 13 de junho, um Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável.
A propriedade administrada por Janquiel e Anacleto Pieri é uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, espécie de sala de aula para mostrar o funcionamento e aplicabilidade das tecnologias. O técnico da Emater, João Renato Dall'Agnol, presta assistência técnica para a família, que perdeu recentemente seu patriarca. “Queremos continuar no projeto, pois é preciso preservar e manter nossas águas”, salientou Janquiel Pieri.
 O público de cerca de 30 pessoas foi diversificado reunindo produtores, técnicos e estudantes que puderam conhecer mais sobre a poda de produção da erva mate, além de saber como fazer um diagnóstico rápido de estrutura de solo.
Na região as famílias produzem quase tudo que consomem e mesmo em momentos de mercadorias escassas não falta alimento aos moradores de Machadinho. “A gente adquire muito conhecimento novo nestes dias de campo”, afirma Cassio Polidoro, participante do dia de campo.
O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.
O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

Produção e conservação promove um trabalho rural equilibrado

Produção e conservação promove um trabalho rural equilibrado

Produtor rural de Realeza no Paraná conta sua história e sensibiliza participantes em Dia de Campo

O município de Realeza, no sudoeste do Paraná, foi sede no dia 24 de maio, de Dia de Campo (DC) promovido pelo Projeto Rural Sustentável (PRS), como ação de sensibilização e capacitação de produtores rurais do município e do entorno da Linha Santa Terezinha.
O evento foi realizado na propriedade da Sra. Leda Batistella, Unidade Demonstrativa (UD) aprovada pela implantação do sistema de Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
A propriedade da família Batistella, adquirida em 1972, possui cerca 5,5 alqueires, sendo 4 hectares divididos entre a lavoura (em consórcio) com louro pardo, espécie nativa da Mata Atlântica e os piquetes de pastagem que compartilham espaço com a grevílea e os eucaliptos, ali plantados para dar conforto térmico aos animais.
O filho da Sra. Leda, Silvio, conta que o sistema de integração foi implantado em 2002 com apoio de uma equipe da Embrapa que já apostavam na tecnologia, na época, pouco difundida. “Quando os pesquisadores vieram falar sobre o plantio das árvores no meio da lavoura e do pasto, quase nenhum produtor acreditou que daria certo. Hoje, com as árvores adultas, é certo que as vacas produzem mais e melhor, sem falar que no inverno, dá muito menos geada em comparação com os campos abertos”, comenta o agricultor.
O agricultor contou ainda que o apoio da assistência técnica proveniente do ingresso da propriedade no Projeto, ajudou ele e a esposa a entenderem que algumas vezes vale mais a pena produzir com maior qualidade e em menor escala. “Antes nós tínhamos um número bem maior de animais em produção. Isso não refletia em renda no fim do mês, porque além dessas, os outros animais da propriedade davam custo também. Como nunca fizemos o controle e a gestão disso tudo, não tinha ideia se o negócio com o leite dava ou não lucro”, alertou Silvio.
Nesse sentido, Jacir Rodrigues, técnico responsável pela proposta da UD e pela realização do Dia de Campo, destacou a importância de se fazer o monitoramento dos mais diversos indicadores envolvidos na produção de leite. “O produtor que não sabe quanto gasta com ração, qual o tempo de lactação e quanto cada animal produz, precisa ter sorte no fim do mês para fechar a conta positiva”, orienta ele, destacando a necessidade do controle financeiro e da produção na propriedade.
Para Carmen, produtora contemplada, o Projeto veio em boa hora, pois além da ajuda financeira, houve o reconhecimento do trabalho e do esforço que ela e a família empregaram desde a aposta no sistema silvipastoril. “Faz tempo que os técnicos e as faculdades da região fazem visitas aqui para conhecer a área de pastejo com as árvores. Só agora, com o Rural Sustentável, tivemos o trabalho reconhecido e valorizado, principalmente com a realização dos Dias de Campo aqui em casa”, conclui ela.
A capacitação foi organizada pela Enplatec, empresa de assistência técnica e extensão rural que atende o município e região. A entidade de ATER cadastrada no projeto, a Biorgânica participou do evento com a apresentação de Nelson Morgan falando sobre Sistemas Silvipastoris. O médico veterinário e professor na Universidade Federal da Fronteira Sul, Prof. Marcelo Mota, abordou o tema da gestão da propriedade leiteira.