Diversificação evita êxodo rural

Diversificação evita êxodo rural

Projeto incentivou produtor a permanecer no campo

Enio de Vagas Martins, está dando início a diversificação na propriedade de 10 hectares que tem há 11 anos em Boa Vista das Missões, município de 2.114 habitantes, há cerca de 400 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.  Para ele, este é o melhor caminho para o pequeno produtor.
A área, uma Unidade Demonstrativa (UD), do projeto Rural Sustentável (PRS), já tinha ervateiras nativas e serão plantadas mais algumas. A árvore da erva mate que cresce na sombra, em meio a outras espécies, tem maior produtividade e pode ser vendida por um preço melhor para a indústria.
A esposa de Enio, Ezorá da Silva Martins, plantou maracujá para dar alimento para as abelhas e também há gado de corte, uma pequena horta e galinhas. Por meio do Rural Sustentável, a família recebeu incentivo financeiro e assistência técnica para implantar tecnologias previstas no Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), se tornando assim uma espécie de sala de aula para receber outros produtores em Dias de Campo (DCs).
Enio estava quase deixando o campo e indo com a família para a cidade pois o plantio de grãos não estava mais sendo lucrativo. Foi aí que o agente de assistência técnica credenciado pelo projeto, Leonidas Piovesan, iniciou seu o trabalho. “Para seguir com soja queriam que eu arrancasse as ervateiras, só assim iria aumentar um pouco a renda. Mas por menos que elas rendessem, era uma coisa certa e sem necessidade de investimento”, conta Enio.
O produtor do norte gaúcho, trabalhou como caminhoneiro, mas sempre quis se dedicar somente ao campo, plano que concretizou há dois anos. Leonidas é técnico da Emater e incentivou o plantio de mais ervateiras e apicultura. Para o futuro, o desejo é colocar um sistema de irrigação da pastagem, corrigir o solo e fazer mais piquetes para o gado.
O Dia de Campo em que Enio foi anfitrião, contou com a presença do vice-prefeito do município, Luis Carlos Taffarrel.  Doraldino Nunes, também produtor de uma Unidade Demonstrativa (UD) do projeto, era um dos participantes, atento as explicações dos técnicos. “A gente adquire novas experiências, nunca se sabe tudo”.
 A área de Doraldino, será a próxima a receber a atividade, no fim de abril. A propriedade tem grãos, produção de mel, extrativismo de pinhão e está começando com psicultura.
Com o sustento da sua propriedade, Enio consegui ajudar a sua filha a se formar no curso de Fisioterapia.
O cardápio servido na festa foi boa parte produzido na propriedade, motivo de orgulho para ele que quer ser cada vez mais auto- suficiente.

Agricultores de Mato Grosso aprendem técnicas e vantagens da reforma de pastagem

Agricultores de Mato Grosso aprendem técnicas e vantagens da reforma de pastagem

Técnica bem feita aumenta a produtividade de leite.

“Não existe capim ruim, o que existe é manejo inadequado.” Com esta declaração, o produtor rural Luis Carlos Cavichia, iniciou o Dia de Campo em sua propriedade, no Sítio Santa Luzia, localizada na Comunidade Rondon, a 55 quilômetros de Nova Canaã do Norte.
A propriedade tem 49,66 hectares e a Unidade Demonstrativa possui 4,8 hectares onde foi desenvolvida a tecnologia Sistema Agroflorestal (SAF).
A atividade contou com a participação de 47 pessoas que assistiram a palestra sobre “Implementação e vantagens da reforma de pastagens”, ministrada pelo engenheiro agrônomo, Rogério Jacomo, que explicou que a “reforma de pastagem é importante para aumentar a produtividade de leite, que costuma diminuir durante o inverno, período de estiagem”.
A agente de assistência técnica (ATEC), do Projeto Rural Sustentável, Tatiana Almeida, mostrou algumas alternativas e estratégias que podem ser adotadas, seguindo as características de cada propriedade, para se fazer uma boa reforma de pastagem.
“Entre as alternativas estão o aproveitamento de grãos para suplementação do gado no período da seca e a instalação de banco de proteínas e capineiras, com uso de napier (um tipo de capim) e de cana-de-açúcar, por exemplo”, explica a ATEC.
Vários produtores tinham dúvidas sobre como combater o cupim no pasto e ficaram sabendo que uma forma de reduzir a incidência dos cupins é fazer uma boa calagem na terra.

Relatório Final da 1ª Chamada de Unidades Multiplicadoras

Relatório Final da 1ª Chamada de Unidades Multiplicadoras

Atenção para a prorrogação da data de submissão do relatório

Atenção Atecs!

O prazo para submissão do Relatório Final da 1ª Chamada de Unidades Multiplicadoras foi prorrogado para o dia 22 de junho de 2018

Alertamos aos(às) Atec’s, sobre a importância do conteúdo dos relatórios, que devem ser construídos de acordo com as características de cada propriedade.
A aprovação do Relatório Final será condicionada à adequação das recomendações feitas pela Embrapa, não sendo aceitáveis informações incorretas, incompletas ou com repetições de conteúdo.
 

Recuperação de pastagem com Sistema Silvipastoril é destaque em Dia de Campo

Recuperação de pastagem com Sistema Silvipastoril é destaque em Dia de Campo

Propriedade mineira alia regeneração de solo com floresta plantada

O município de Setubinha, localizado a 580 km de Belo Horizonte, recebeu um Dia de Campo, organizado pelos parceiros do Projeto Rural Sustentável (PRS). O tema do evento foi Desenvolvimento de Capim Mombaça em Sistema Silvipastoril.
Dono da fazenda Duas Pontes, umas das Unidades Demonstrativas (UDs), do Rural Sustentável no município, Seu Otaviano Rodrigues dos Santos, começou a trabalhar na zona rural com apenas 10 anos de idade e tem uma longa experiência profissional dedicada a agropecuária. “Apesar de não ter tido oportunidade de estudar eu consegui muito conhecimento dentro das empresas de que fiz parte. Isso me ajudou bastante”, disse.
Há alguns anos, Otaviano adquiriu a propriedade que, segundo ele, tinha bastante erosão. “O solo quase não prestava, e com minha vivência e ajuda dos meus filhos, que são técnicos agrícolas, começamos a ajeitar o solo e a plantar. Hoje, você pode ver que nosso pasto está mais bonito. Iniciamos a plantação de eucalipto que, além de aumentar a renda, ajuda o meio ambiente”, ressaltou.
Para o técnico agrícola, Jamerson Barbosa, o capim Mombaça é uma gramínea de fácil manejo e voltado para a produção leiteira. “Hoje as mudanças climáticas nos fazem repensar o modelo de produção que estamos acostumados a manter. Infelizmente, nossa região tem uma quantidade de hectares em avançado estado de degradação”, destacou.
Jamerson salienta que 50 a 60% das pastagens de Minas Gerais, estão em grande processo de erosão, mas que se tratadas com tecnologias corretas, podem ser recuperadas com novas áreas de plantio, evitando o aumento de desmatamento. “A utilização desse sistema integrado que é apresentado na propriedade, só beneficia o produtor, pois melhora a pastagem, tem a lucratividade com a venda do eucalipto e aumenta a produção leiteira por meio do bem-estar animal proporcionado pelas árvores”, declarou.
O PRS
O Projeto Rural Sustentável é resultado de uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).