Pasto nativo precisa ser manejado para garantir produtividade a pecuária de corte

Pasto nativo precisa ser manejado para garantir produtividade a pecuária de corte

Atividade é tradicional no Rio Grande do Sul

 

Lagoa Vermelha, a 300 quilômetros da capital gaúcha, é conhecida como a capital do churrasco. E no município, há incentivo para aqueles que querem produzir gado de corte a pasto nativo. Este foi o tema da palestra de Vilson Nadin, agrônomo da Emater, em mais um dia de campo do Projeto Rural Sustentável no estado, em 15 de fevereiro. Percebida como tradição, a pecuária de corte em campo nativo enfrenta desafios para se tornar competitiva frente a outras atividades.

Nadin falou sobre a importância do plantio de pastagens perenes de estação fria, como o tifton, ao grupo de cerca de 30 produtores rurais. O processo de melhora do campo nativo passa também pela colocação de calcário e depois fósforo. Outra orientação é a rotação de pastagem. Ao dividir a área em espaços menores e trocar o gado de lugar de tempos em tempos permite-se o surgimento de capim novo.

Um exemplo desse processo é a propriedade de Muril da Silva Lima, visitada pelos participantes e na qual também foram introduzidas leguminosas, como o trevo branco. Dessa forma é possível conseguir pasto para o gado o ano inteiro, melhorando assim a produtividade.

O resultado, porém, é lento “um indicador de aumento da fertilidade do solo é o aparecimento de pegas-pegas (Desmodium) e trevos (Trifoliumriograndenses),” apontou o agrônomo. Os produtores também receberam informações sobre jardinagem com plantas comestíveis e melhoramento genético do gado.


Práticas conservacionistas da água e do solo

Práticas conservacionistas da água e do solo

Temas foram abordados em dia de campo em Rondônia

 

No dia 08 de fevereiro de 2019 aconteceu no município de Buritis/RO, Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável realizado pelo Senar/RO.O evento foi realizado na propriedade do Sr. Jessé Francisco Mota que conta com a tecnologia Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em um sistema que consorcia cacau, café, banana, teca, pupunha e  pasto para o gado entre outras espécies nativas.

O Dia de Campo foi feito em 3 estações de trabalho divididas na propriedade de tal forma que os participantes puderam conhecer diferentes instalações, entre eles a plantação de café consorciado com a banana, o cacau e outras espécies nativas, além do sistema de integração dessas culturas com a floresta.

O engenheiro agrônomo Diones Ramos Soares, abordou técnicas conservacionistas do solo e da água onde citou a importância da análise de solo por parte dos produtores para que possam ter uma boa produtividade. Ele explicou também a urgência da manutenção das matas ciliares para diminuir a escassez dos recursos hídricos. O tempo que a natureza gasta para recompor 1cm de solo degradado pode passar dos 100 anos.

A engenheira Ayanna Patrícia Alves de Lima Campanha, falou sobre sistemas agroflorestais de cacau e café e explicou um pouco como funcionam os concursos de café e as etapas de avaliação. O técnico da Emater da cidade de Buritis, João Orlando Bernardino da Silva explicou sobre a Integração da Lavoura, Pecuária e Floresta e os principais benefícios dessa tecnologia.

O evento aconteceu com a participação de cerca de 25 produtores rurais entre homens e mulheres que puderam conhecer novas tecnologias e trocar conhecimentos com o proprietário e os demais presentes.

O Projeto Rural Sustentável é fruto de uma parceria entre Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IABS), com foco em ações para o desenvolvimento da agricultura de baixa emissão de carbono nos biomas Mata Atlântica e Amazônia.

O propósito é melhorar as práticas de uso da terra e manejo florestal pelos pequenos e médios produtores rurais, promover a conservação da biodiversidade e contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).