Suplementação mineral de animais é abordada em dia de campo de Tucumã no Pará
Produtores rurais conheceram formas de garantir a saúde do rebanho.
A suplementação mineral foi tema do dia de campo, realizado nesta sexta-feira (10), no Sítio Manelin, unidade demonstrativa do Projeto Rural Sustentável (PRS), localizada em Tucumã, no sudeste do Pará. O evento reuniu 27 participantes, entre os quais, produtores rurais do município que conheceram formas de garantir os minerais necessários ao gado, principalmente o de leite, e promover o bem-estar animal.
Funções, fontes e fisiologia dos minerais foram alguns dos pontos abordados na palestra. A suplementação mineral tem a finalidade de suprir necessidades nutricionais dos animais que influenciam em fatores, como por exemplo, crescimento, equilíbrio hormonal e a produção regular de leite.
Segundo o médico veterinário Thiago Farias, além dos minerais, outros fatores no pasto contribuem para a nutrição do animal, como a existência de árvores no local para o gado descansar. É o que ocorre no Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um das tecnologias de baixo carbono apoiadas pelo PRS.
“Essa parte do ILPF é indicada tanto para o gado de leite quanto de corte. A partir do momento que o animal tiver a alimentação adequada terá uma parte do dia que ele terá que descansar de baixo do sombrite, formada por árvores, que disponibilizam a melhor sombra. Hoje temos as espécies teca, a seringueira e o oiti que crescem muito rápido. Então, é adequado para o animal esse repouso”, explica o médico veterinário.
Além disso, Farias recomenda, que a suplementação mineral seja indicada quando não há nutrientes no pasto. No entanto, se o produtor fizer a adubação adequada não há necessidade da reposição de nutrientes na ração o que implica em menor gasto para o produtor, com suplementos.
A adubação foi uma das ações que o produtor rural, Lindomar José de Oliveira, beneficiário do PRS, fez quando recuperou a área degradada em sua propriedade, o Sítio Manelin. Para ele, a adubação garantiu a proteção ao capim, sem o uso de métodos químicos contra pragas, como a cigarrinha das pastagens, uma incidência comum na região.
“A adubação contribuiu tanto para recuperação quanto para a disponibilidade folhagem. Nós seguimos as orientações do técnico. Fizemos análise de solo e as correções necessárias. Nós percebemos que a área onde não havia sido feita a correção, era mais frágil. Com a correção no capim, gastamos menos na suplementação mineral, pois o pasto bem adubado já disponibiliza esses minerais”, finaliza o produtor rural.