Beneficiamento do cacau evita o desperdício
Perda de amêndoas afeta a renda do produtor
O “beneficiamento primário do cacau” foi o tema central do Dia de Campo, do Projeto Rural Sustentável (PRS), promovido na sexta-feira (27/07/18), no Sítio Pequeno Paraíso, em Tucumã no Pará. Um dos focos do evento, que contou com a presença de 32 participantes, foi mostrar como as etapas da cacauicultura podem contribuir para minimizar perdas e desperdícios de amêndoas e ampliar a renda do produtor.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o equivalente a 1,300 bilhões de toneladas de alimentos se perdem ou são desperdiçados no planeta, e ocorre em toda cadeia produtiva. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, sejam: grãos, carnes; frutas; açúcar e cacau. No entanto, é um dos que mais desperdiçam alimentos.
Aproximadamente, 54% do desperdício ocorre na fase inicial da produção onde se pratica a colheita e armazenamento. Por isso, é tão importante qualificar o beneficiamento primário do cacau e suas etapas: colheita, quebra, fermentação e secagem.”
A colheita e a quebra são essenciais para minimizar perdas e desperdícios de amêndoas. “A colheita mal feita provoca perda de amêndoas. Pois, quando o produtor apanha o cacau do chão, ele perfura com facão e começa a fermentar. Esta forma é inadequada. Os produtores então, foram orientados a realizar a colheita sem quebra da casca evitando a fermentação precoce da amêndoa e o desperdício”, explica o engenheiro agrônomo Frederico Nascimento, agente técnico do PRS.
Outro item que merece atenção é na hora da seleção e colheita de frutos para evitar perda de amêndoas e, consequentemente, diminuição da renda do produtor de cacau, já que após a secagem, as amêndoas diminuem de peso.
Mil frutos maduros rendem 40 kg de amêndoas secas enquanto que a mesma quantidade de frutos colhidos verdes ou quase maduros causam a perda de 10% a 20% de amêndoas secas. “São etapas em que o produtor pode perder qualidade e peso”, finaliza Nascimento.10