Produtores recebem dicas para recuperar áreas degradadas
Tecnologia a ser aplicada depende do nível de degradação da área
A recuperação de áreas degradadas foi tema de mais um Dia de Campo (DC), do Projeto Rural Sustentável (PRS), em Alta Floresta. A atividade foi realizada no Sítio Santa Clara, do agricultor Luis Alcindo Caione e contou com a participação de 39 pessoas entre estudantes, técnicos e produtores rurais da região.
O produtor Luiz Caione, transformou 4 dos 47 hectares da propriedade, em uma Unidade Demonstrativa (UD), para desenvolver as tecnologias Recuperação de Áreas Degradadas com Floresta (RAD/F) e Recuperação de Áreas Degradadas com Pastagem (RAD/P).
O engenheiro florestal, Diego Antonio Ottonelli de Bona, explicou que por muitos anos as florestas foram sendo exploradas de forma inadequada no Brasil, onde as aberturas de grandes áreas eram destinadas a atividade pecuária. Para ele, “a falta de conhecimento e de um estudo das áreas a serem abertas, levavam os produtores a desmatar locais como as beiras de rios e, muitas vezes, áreas que não apresentavam aptidões para o desenvolvimento da agricultura”.
Os produtores puderam perceber que existem várias formas de recuperar uma área degradada, porém, umas apresentam maior eficácia em relação a outras, como é o caso das tecnologias de baixo carbono, apoiadas pelo Rural Sustentável: Recuperação de Área Degradada com Pastagem (RAD/P); Recuperação de Área Degradada com Floresta (RAD/F); Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF); Sistemas Agroflorestais (SAFs); Plantio de Florestas Comerciais e Manejo Sustentável de Florestas Nativas.
Diego explicou que, “independente da tecnologia escolhida para recuperar uma área, os produtores precisam verificar o nível de degradação para, então, escolher qual o melhor caminho a ser seguido para recuperar uma área.”
A agente de assistência técnica (ATEC), do Rural Sustentável, Darline Trindade Carvalho, explicou a relação do custo benefício, que deve sempre ser avaliado pelos produtores. “No momento do plantio, adotar o plantio por sementes, pode-se obter uma maior eficácia no desenvolvimento dessas áreas, porque se coloca uma quantidade maior de plantas com o menor custo de implantação, do que se conseguiria adotando o plantio por mudas”, afirmou Darline.
Outra dica importante dada pelo engenheiro florestal, Diego de Bona, é que “para que uma recuperação seja bem-sucedida, deve-se implantar a maior variedade de espécies possíveis para que esta área tenha a capacidade de voltar as suas funções de floresta e, depois de implantada, é de grande importância manter o monitoramento dessas áreas para assegurar seu desenvolvimento, fazendo o manejo adequado quando necessário”.