Equipe do Projeto Rural Sustentável esclarece dúvidas de ATERs e ATECs sobre novos editais
Evento aconteceu no auditório da Superintendência do Ministério da Agricultura em Belo Horizonte
Aproximadamente 25 pessoas, entre técnicos (ATECs), representantes de Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATERs), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) participaram da I Oficina para ATERs e ATECs do Projeto Rural Sustentável (PRS).
O evento serviu para apresentar as novas chamadas de Unidades Multiplicadoras (UMs) e Unidades Demonstrativas (UMs), além de esclarecer dúvidas sobre os procedimentos para inscrição e realização nas ações promovidas pelo PRS.
Segundo Patrícia Reis, coordenadora do bioma Mata Atlântica do projeto, os novos editais permitirão ampliar a recuperação de áreas degradadas nos municípios abrangidos pelo PRS. “É importante que as ATERs e ATECs estejam muito atentos ao preenchimento e a documentação solicitada pelo edital a que irá concorrer, pois evita equívocos que podem barrar a candidatura do projeto”, destacou.
Palestra de Fernando Costa, auditor do Mapa
Minas Gerais sofre com áreas degradadas
Pesquisa realizada pelo grupo gestor do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) em Minas Gerais, em parceria com o Instituto Antônio Ernesto de Salvo (IAES), concluiu que apenas 4% das áreas de pastagens que estão na Mata Atlântica mineira não tem nenhum tipo de degradação, sendo que 45% desse solo está fortemente degradado. Para Fernando Costa, auditor do MAPA e coordenador do Plano ABC/MG, esses dados são preocupantes em um estado que tem como uma das principais atividades econômicas a agropecuária. “Tudo isso gera uma emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) que influencia nas chuvas e na produtividade. É imprescindível que a informação chegue ao produtor rural, porque só assim poderemos estabelecer parcerias importantes para que essa degradação seja reduzida”, afirmou.
Um dos principais caminhos para a melhora do solo e aumento da produtividade no campo é a diversificação da produção agropecuária. Segundo Costa, as tecnologias incentivadas pelo Plano ABC possibilitam essa mudança de panorama. “É importante trabalhar com a recuperação das áreas degradadas, por meio de estudos e novas tecnologias. A alteração da estação chuvosa é um desafio para produtores e técnicos, pois a variabilidade climática que existe em Minas Gerais está se ampliando e é essencial que nós, representantes de instituições que tem como objetivo desenvolver o setor agropecuário no estado, entendamos quais as novas alternativas que podem ser utilizadas com efetividade”, ressaltou.
De acordo com trabalho realizado pela EMATER/MG em 2013, o estado possui cerca de 860 mil agricultores familiares, publico alvo do PRS. Por isso, conforme Fernando Costa, projetos como o Rural Sustentável são importantes para que as metas do Plano ABC possam ser alcançadas. “Ao trabalhar com as tecnologias apoiadas pelos programas de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o PRS amplia o processo de divulgação da informação e da assistência técnica em localidades que carecem de áreas produtivas por estarem em amplo processo de degradação”.
Luciano Alves Souza é técnico em Agropecuária e tem interesse em participar dos editais abertos pelo Rural Sustentável. Com experiência em áreas extremamente degradadas como os distritos atingidos pela tragédia de Mariana, Souza acredita que o PRS é importante na recuperação e ampliação de componentes florestais que possam aumentar a renda do agricultor familiar em Minas Gerais. “Já tentei me inscrever no primeiro edital (Unidades Demonstrativas), mas não tive êxito, por isso foi muito relevante participar dessa oficina onde pude obter muita informação e com certeza pretendo estar concorrendo aos novos editais”, finalizou.