Pasto nativo precisa ser manejado para garantir produtividade a pecuária de corte
Atividade é tradicional no Rio Grande do Sul
Lagoa Vermelha, a 300 quilômetros da capital gaúcha, é conhecida como a capital do churrasco. E no município, há incentivo para aqueles que querem produzir gado de corte a pasto nativo. Este foi o tema da palestra de Vilson Nadin, agrônomo da Emater, em mais um dia de campo do Projeto Rural Sustentável no estado, em 15 de fevereiro. Percebida como tradição, a pecuária de corte em campo nativo enfrenta desafios para se tornar competitiva frente a outras atividades.
Nadin falou sobre a importância do plantio de pastagens perenes de estação fria, como o tifton, ao grupo de cerca de 30 produtores rurais. O processo de melhora do campo nativo passa também pela colocação de calcário e depois fósforo. Outra orientação é a rotação de pastagem. Ao dividir a área em espaços menores e trocar o gado de lugar de tempos em tempos permite-se o surgimento de capim novo.
Um exemplo desse processo é a propriedade de Muril da Silva Lima, visitada pelos participantes e na qual também foram introduzidas leguminosas, como o trevo branco. Dessa forma é possível conseguir pasto para o gado o ano inteiro, melhorando assim a produtividade.
O resultado, porém, é lento “um indicador de aumento da fertilidade do solo é o aparecimento de pegas-pegas (Desmodium) e trevos (Trifoliumriograndenses),” apontou o agrônomo. Os produtores também receberam informações sobre jardinagem com plantas comestíveis e melhoramento genético do gado.