Projeto Rural Sustentável realiza oficina sobre chamadas de UM e UD em Cuiabá
Instituição de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Agentes de Assistência Técnica (ATEC) e representantes do Comitê Técnico Estadual estiveram presentes.
O Projeto Rural Sustentável (PRS) realizou no dia 23 de outubro, no auditório da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Mato Grosso, oficina destinada a tirar dúvidas sobre a prorrogação da Chamada para Unidades Multiplicadora (UM) e sobre a Chamada complementar direcionada a Unidades Demonstrativas (UD), processos em aberto que têm como público alvo pequenos e médios produtores rurais e ATECs.
Para o Auditor Fiscal Federal Agropecuário e Chefe da Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário (MAPA-MT), Nilo do Nascimento, “foi uma satisfação receber essas pessoas envolvidas no Rural Sustentável e a realização da oficina foi uma oportunidade de tirar as dúvidas sobre as Chamadas e mobilizar os assistentes técnicos e as entidades para que o trabalho avance no campo”.
O objetivo do PRS é melhorar a gestão da terra e das florestas por agricultores para o desenvolvimento da área rural de forma sustentável, justamente, o que motivou o produtor rural de Cotriguaçu, Amilton Castanha, a entrar no projeto como Unidade Demonstrativa com a tecnologia Sistemas Agroflorestais (SAFs) com plantações de castanheiras, café, cacau, cupuaçu, dentre outras frutíferas.
“A oficina foi muito necessária, pois cada Chamada aberta pede uma dinâmica e gera dúvidas. O Rural Sustentável é um projeto importante para esses municípios e tem um formato que deve ser replicado, pois apoia, de forma direta, o produtor rural e valoriza as áreas de conservação e áreas de floresta”, avalia Amilton.
A assistente técnica, Silvana Fuhr, destaca a importância de se realizar essa oficina enquanto há chamadas de UM e UD em aberto, pois, várias dúvidas já foram sanadas nesse encontro. “Nossas principais dúvidas estavam relacionadas à documentação da terra, uma vez que o estado de Mato Grosso sofre com a falta de regularização fundiária. O meu principal público são os produtores rurais assentados e/ou posseiros, logo, encontramos muitas dificuldades para apresentar os documentos exigidos pelo projeto”.
Sobre essa questão da documentação, Roberta Roxilene, coordenadora do Bioma Amazônia do IABS, explicou que não há tempo hábil para fazer mudanças significativas nas regras, “então, hoje, a gente tem que fazer acontecer com as regras já estipuladas. Mas, é claro, que não vamos deixar de avaliar casos específicos, como casos de assentamentos que tem área única de reserva legal, assentados que não têm como ter o CAR LOTE, dentre outros casos. Recomendamos que o ATEC use o edital como referência para fazer as propostas, muito bem documentadas, e as situações que não estiverem listadas no edital, é importante apontar e recomendar que a gente vai avaliar”.
Ainda, sobre a oficina, Roberta avaliou como fundamental, pois vai fortalecer as ações do Projeto Rural Sustentável no estado de Mato Grosso. “Nós conseguimos juntar instituições de diferentes setores para dividir conhecimento e aprender como aderir ao Rural, tudo isso é fruto de um trabalho que a gente vem fortalecendo no estado. Agora, a gente conseguiu criar uma sinergia entre as pessoas que estavam aqui e as instituições que apoiam esse processo”, finaliza.