Recuperação de área degrada com pastagem propicia alimento para o gado o ano todo
Propriedade gaúcha serviu como “sala de aula” para Projeto Rural Sustentável
Buscar uma alternativa para alimentação do gado de corte no inverno. Esta foi a motivação da família Gomes, do interior de Lagoa Vermelha, no noroeste gaúcho, para entrar no projeto Rural Sustentável. Eles fizeram seis hectares de recuperação de área degrada com pastagem, uma das tecnologias apoiadas pelo projeto que incentiva pequenos e médios produtores a adotarem técnicas de baixo carbono, ou seja, que reduzem as emissões dos gases que influenciam as mudanças climáticas.
Com orientação da Emater, Lauro Otávio Crespi Gomes, um dos três filhos da família, dividiu piquetes, fez a correção do solo com calcário, cercou os açudes e plantou aveia, azeven e trevo branco como alternativa ao pasto nativo. Na região existem cerca de 1.200 propriedades, com foco na produção de grãos, conforme Vilson Nadin, técnico que acompanha o trabalho nos Gomes que possuem 80 hectares. Destes, 60 são de campo nativo e 4 são destinados ao projeto.
Com as tecnologias apresentadas, a família – que tem um dos filhos agrônomo fazendo mestrado em agronegócio e mora há mais de 40 anos na região – conseguiu aumentar a renda e não depender mais do arrendamento para produção do gado de corte. A partir do projeto, eles já realizaram dois dias de campo: um em abril e outro em setembro. Por serem unidades demonstrativas (UD) do projeto, são uma espécie de sala de aula, onde outros produtores podem conhecer a realidade transformada e ver a viabilidade das tecnologias.