Município de Poté recebe Dia de Campo do Projeto Rural Sustentável

Aproximadamente 40 produtores rurais da região foram capacitados na tecnologia de recuperação de áreas degradadas em pastagens

No último dia 28, o Sítio Boa Esperança localizado na cidade de Poté, há 490 km de Belo Horizonte, recebeu o evento Dia de Campo organizado pelas instituições promotoras do Projeto Rural Sustentável.

Com o tema Gestão Sustentável de uma Propriedade Rural, cerca de 40 produtores rurais participaram desse momento de integração e apresentação de tecnologias para uma agricultura de baixa emissão de carbono. A técnica de recuperação de áreas degradadas em pastagens foi apresentada aos presentes.

Segundo Bruno Pena Laura, proprietário do Boa Esperança, o incentivo financeiro e a oportunidade de divulgar a experiência foram os principais motivos para participar do projeto. “Com isso consegui alcançar alguns objetivos na produção de leite, além de recuperar uma boa parte da pastagem”, disse. O produtor também destacou que pretende utilizar outras técnicas em novas partes da propriedade. “Pretendo irrigar 100% da área financiada pelo PRS e plantar Eucalipto em pelo menos 2,2 hectares”, afirmou.

De acordo com o Assistente Técnico (ATEC) Edson Geraldo Pinto, o município de Poté não é diferente de outras áreas rurais de Minas Gerais onde as pastagens apesar de estarem avançado estado de degradação, são superutilizadas pelos produtores que colocam mais gado do que podem suportar. “Vejo o PRS como uma vantagem técnica e financeira para o produtor, recuperar áreas degradadas, melhorar sua renda, qualidade de vida e intensificar o uso sustentável da propriedade e assim diminuir a pressão que a Mata Atlântica vem sofrendo com a abertura de novas áreas”, ressaltou.

Edson se diz motivado e incentiva que outros Atecs participem do projeto, “é a oportunidade de trazer novas tecnologias e incentivar o produtor a recuperar suas áreas. Muitos proprietários já se mostraram interessados e me procuraram querendo ingressar no projeto”.

Ubirajara Clóvis Ferreira é apicultor e foi conhecer a tecnologia implantada no Sítio Boa Esperança. Ferreira disse que o PRS é muito importante, pois planta uma semente para a mudança de cultura na prática extrativista e extensionista, e que os proprietários precisam entender que há uma necessidade urgente de conservar as florestas e recuperar o que foi degradado. “Valeu a pena vir ao evento, porque é uma oportunidade de conhecer novas tecnologias, ampliar conhecimentos e os incentivos financeiros do Projeto Rural Sustentável são um atrativo para o produtor”, ressaltou.

Mesmo sendo de outro ramo agrícola (Apicultura) Ferreira vê no projeto uma ótima oportunidade. “Além do interesse em aprimorar a produção de mel quero muito poder trabalhar na conservação de florestas, melhorando os 27 hectares de floresta urbana que possuo, por meio de espécies nativas”, destacou.

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